20 setembro 2006

Léxico maçónico: Ágape


Nos vários textos anteriores, foi várias vezes mencionado o termo "ágape", aliás num deles definido como refeição tomada em conjunto por maçons, em regra depois, ou imediatamente antes, das reuniões de Loja.
Em circunstâncias ideais, as instalações onde decorrem reuniões de Lojas devem estar preparadas para ter uma sala, de tamanho adequado e devidamente mobilada, onde possa ser servida e consumida a refeição, e ainda local para a confecção desta.
Durante um ágape, são efectuados pelo menos sete brindes, dedicados ao Presidente da República, a todos os Chefes de Estado que protegem a Maçonaria, ao Grão-Mestre, ao Venerável Mestre da Loja, aos demais Oficiais da Loja, aos Visitantes (ou, nos ágapes brancos, às senhoras presentes) e a todos os Maçons, onde quer que se encontrem.
O ágape branco é um ágape em que estão presentes não maçons, em regra familiares e amigos. No ágape branco, o cerimonial é aligeirado ao mínimo, mantendo-se apenas os brindes.
O ágape ritual é considerado o prolongamento dos trabalhos em Loja. Nele, os Aprendizes e Companheiros têm oportunidade de exprimir as suas opiniões, relativamente aos assuntos debatidos em Loja (já que, em sessão de Loja, os Aprendizes e Companheiros devem observar a regra do silêncio, para mais concentradamente poderem dedicar a sua atenção ao que vêm e ouvem) ou colocados em discussão no próprio ágape.
Quando existem condições de privacidade que o permitam, o Venerável Mestre, no início do ágape, informa qual o tema sobre o qual todos os elementos presentes devem emitir as suas considerações, pela forma que entenderem. Seguidamente, cada um dos elementos presentes deve, à vez, levantar-se, apresentar-se e proferir uma alocução breve sobre o tema indicado. Esta rotina possibilita o melhor conhecimento mútuo de todos os membros de uma Loja (pois cada um expõe, em plena liberdade e perante a atenção silenciosa dos demais os seus pontos de vista), facilita a integração dos membros mais recentes (que verificam a prática da igualdade entre maçons e a aceitação das diferenças de opinião entre eles) e contribui para a superação do receio de falar em público de que sofrem algumas pessoas.
Quando existem condições para a refeição ser preparada e consumida nas instalações da Loja, por regra é nomeado um elemento da Loja, que fica com a responsabilidade de dirigir a preparação da refeição e do local onde a mesma vai ser consumida.
Quando não existem as condições de privacidade entendidas necessárias, o ritual do ágape reduz-se aos brindes ou é, mesmo, eliminado, servindo a refeição apenas (e já é bom!) para possibilitar a sã convivência entre os elementos da Loja.
Os ágapes em muito contribuem para a criação e o fortalecimento dos laços de amizade e solidariedade entre os maçons.
Rui Bandeira

19 setembro 2006

Gastronomia Maçónica - 7

Ao Setimo POST ( sera acaso) posso dizer que

AFINAL EXISTE GASTRONOMIA MAÇONICA - eu sabia !!!!!!

Descobri este blog de um Maçon Frances.

http://latelier.rmcinfo.fr/


E para prova imediata aqui fica uma das receitas do dito, que poderá ser a do jantar mencionado no post anterior


Le Gigot D'agneau de 7 Heures dit du ( Maitre Maçon). (RECETTES)
posté le vendredi 28 juillet 2006 14:10

INGREDIENTS : 1 GIGOT DE "KG, 3 CAROTTES, 3 BRANCHES DE THYM , 3 PETITES TETES D'AIL , 3X5CL DE VIN BLANC , 3X5X7 GR DE BEURRE, 3X5X7 CL DE BOUILLON DE BOEUF , 5 FEUILLES DE LAURIER , 7 TOMATES , 7 OIGNONS , 7X3 CL D'HUILE D'OLIVE.
TEMPS DE PREPARATION: Apprentissage : 3° , Compagnonnage : 5 ° , Maitrise 7 °
TEMPS DE CUISSON : 7 heures
PREPARATION : Desosser et garder l'os pour la réalisation du fond . Piquer le gigot de languettes d'ail . Faire chauffer le beurre et l'huile dans une braisiére , bien dorer le gigot sur toutes les faces ,puis l'envelopper dans un chiffon humide et bien le ficeler.Dans la braisiére , faire revenir les os du gigot et les parures. Ajouter les oignons et les carottes en gros dés . Quand les légumes sont dorés , ajouter 3 verres de vin blanc et 7verres de bouillon. Placer le gigot dans une grande cocotte ovale puis verser dessus le contenu de la braisiére .Ajouter les tomates concassées, 3 brins de thym , 5 feuilles de laurier , 3 cuilléres à café de gros sel , 3 puis 5 puis 7 grains de poivre.Porter à ébullition, puis ajouter suffisament d'eau bouillante pour couvrir le gigot. Poser le couvercle sur la cocotte et le lutter avec de la farine malaxée avec un peu d'eau afin de le rendre hermétique


JoseSR

Gastronomia Maçónica - 6

Certo concordamos que não Há.

Mas quero que venha a haver é essa a diferença. Quanto aos pratos talvez nao tao sofisticados, mas para os dois Co-blogueiros Rui Bandeira e JPSetubal e só mesmo para eles porque o trabalho de escrita deve ser recompensado, ( e vai ter que ser so para eles porque na minha mesa so cabem 4 pessoas) eu proponho-me a preparar um jantar, durante o qual discuteremos o Inicio da Gastronomia Maçonica.

JoseSR

Gastronomia maçónica - 5

Meu caro JPSetúbal, não quero que te falte nada! A cunhada Patrícia certamente que explicaria melhor, mas não quis deixar de procurar esclarecer as tuas dúvidas e... fui procurar na Net!

Quanto ao "pavão com aipo", presumo que não tenhas qualquer dúvida quanto ao pavão, simpático bichinho que nos acostumámos a ver, com a sua bela plumagem, e que nos esquecemos que ... também é comestível e que, na Idade Média, não estavam para esquisitices...

Admito então que a tua dúvida esteja no aipo, pelo que transcrevo este texto, que encontrei aqui, acompanhado de imagem do dito cujo:

As pessoas em regime alimentar (dieta) geralmente comem bastante aipo, uma vez que ele contém baixas calorias até mesmo para os padrões geralmente verificados em vegetais. Dois talos contêm menos de 10 calorias. No entanto, seu alto teor de fibras dá a sensação de saciedade.
O aipo ainda é uma boa fonte de potássio, contribui também com pequenas quantidades de vitamina C e uma boa quantidade de folato e vitamina A. Embora não contenha muitos nutrientes, o aipo acrescenta um sabor especial a uma variado número de receitas - desde sopas e guisados a saladas e recheios de aves.
As folhas de aipo não são geralmente aproveitadas, embora constituam a parte mais nutritiva da planta, pois contêm mais cálcio, ferro, potássio e vitaminas A e C do que os talos. As folhas devem ser utilizadas em sopas e saladas por seu sabor.


Passando agora à "perdiz trimolette", aprendi aqui que se trata de um prato medieval (pois...!), e que a receita é a seguinte (tradução minha do inglês, desculpem lá...):

Preparar as perdizes, assá-las no espeto até estarem quase prontas, retirá-las do espeto, parti-las ou deixá-las inteiras (a gosto) e colocá-las num tacho, em lume brando. Cortar cebolas tão finas quanto se conseguir, fritá-las num pouco de gordura, colocá-las sobre as perdizes, mexendo o tacho frequentemente. Pegar em alguns fígados de frango e num pouco de pão, assá-los bem na grelha, embebê-los num caldo de carne, depois filtrar através de uma gaze de algodão, e colocar no tacho das perdizes. Seguidamente, pegar em pó de canela, um pouco de gengibre, alguns dentes de alho inteiros, grãos de pimenta (em quantidade um pouco mais generosa) e pimenta em pó e empapar tudo em bom vinho. Feito isto, colocar tudo no tacho, polvilhar com um pouco de acúcar e tapar o tacho muito bem, para que nenhum vapor escape. Quando quiser retirar o tacho do lume, juntar apenas um pouco de vinagre, mas não o deixe ferver.

E pronto, estamos todos esclarecidos! Só falta saber quem é o voluntário para cozinhar o petisco...

Para terminar: interessante como se vai no quinto texto acerca de uma coisa que todos concordam não existir...

Rui Bandeira

Gastronomia maçónica - 4














É o que se poderá dizer com propriedade que também quero meter a colherada !
O nosso JoséSr levantou uma “lebre” (a propósito de gastronomia...) que me pôs a pensar (gaita, alguma vez havia de ser !) e a procurar informação sobre a questão das comidas e das bebidas dos maçons.
Em boa verdade não me parece que os maçons sejam, ou alguma tivessem sido, de grandes comezainas e de grandes sofisticações alimentares.
Os ágapes são por definição uma extensão dos trabalhos em Loja, portanto com muito mais de espiritual do que de “carnal” no verdadeiro sentido do termo, e mesmo os ágapes comemorativos, fora dos dias de sessão de trabalho em Loja, são sempre levados à condição de trabalho maçónico, muito mais importantes como ocasião de convívio humano do que como oportunidade de empaturramento.
E como diz o JoséSR, os brindes definem o sentido da reunião.
Pensemos um pouco, meus caros JoséSr e RBandeira.
Qual de Vocês, após um dia a carregar e a partir pedras, a endireitá-las, pô-las à forma necessária, assentá-las, ... estaria com estaleca para grandes repastos, molhos esquisitos, sabores variados ?
Mais ainda com a certeza de que no dia seguinte teriam dose idêntica, e depois mais outra, e já na véspera havia sido assim...
Claro que há que contar com o dia de descanso, mas não me parece mesmo assim que a preocupação destes obreiros se virasse para os cozinhados, e realmente não encontrei até agora qualquer referência a receitas, pratos ou coisa parecida que se pudesse relacionar especificamente com a maçonaria.
Sem esta relação estabelecida e apenas a título de exemplo do que encontrei sobre os primórdios da gastronomia organizada, deixo para experiência, o menu que Guillaume Tirel (Taillevent) preparou para Monsenhor d’Estampes em “1300 e troca o passo” (morreu em 1395, portanto teve de ser antes !):
- 1º Serviço
Capão em caldo de canela;
Galinhas com ervas;
Couves novas e ervilhas de caça.
- 2º Serviço
Assado excelente;
Pavões com aipo;
Pâté de capão.
- 3º Serviço
Perdizes à trimolette;
Pombos estufados;
Pâté de caça;
Gelatina e lesches
- 4º Serviço
Bolo;
Creme frio;
Pâtés de peras;
Amêndoas em açúcar;
Nozes e peras cruas.
É mesmo uma "refeição e peras".

Não há referência às bebidas, mas acredito que não fossem grande coisa.
Afinal ainda não haviam os “Alentejos” nem os “Dão” !!!
Desta “coisa” fica-me uma curiosidade danada... como será aquela treta das “perdizes à trimolette” e dos “pavões com aipo” ?
Sugestão final, perguntar pelo assunto à cunhada Patrícia. Ela é especialista !

JPSetúbal

18 setembro 2006

Gastronomia Maçónica - 3

Pois é !!

Estou de acordo com quase tudo o que o Rui diz. Também creio que não há gastronomia Maçonica, que para comer uns petiscos com uns gajos porreiros não é preciso grande coisa, etc.

Mas só estou de acordo com quase tudo. Não espirito que aguente um estomago vazio.

Mas um estomago não se deve encher sem preceito. E é aqui que penso que entra a Maçonaria. Criar um preceito para que os estomagos nos agapes se encham com a mesura do comedimento que deve ter um Maçon.

Não estou aqui a dizer que temos que ter um repasto frugal, tipo uma folha de alface , meio rabanete, um tomate Cherry com uma azeitona espetada num palito. ( com um pouco de vinagre balsamico, azeite de qualidade uma pitada de sal e uma volta de moinho de pimenta fica um "amuse bouche" simpatico)

Mas um repasto após uma sessão em que tentamos elevar a nossa espiritualidade, tem que permitir que no final quando vamos para casa sobre alguma coisa (dessa espiritualidade). Não é por acaso que existem Brindes rituais e sobretudo não é por acaso que o ultimo "brinde" ( nao tanto brinde mas reflexão ou mesmo talvez desejo) nos alerta para os nossos Irmaos por esse mundo fora.

Ora chegar a um restaurante, abancar e comer sem mais ( é bom claro que sim ) mas acaba com qualquer espiritualidade.

Lembro-me que nos idos de sei lá quando no Seculo passado, quando jantavamos naquele restaurante no beco dos passarinhos, o jantar era quase invariavelmente Bacalhau à Bras e Entrecosto no Tacho . Todos comiam a mesma coisa ( ou quase todos porque o Entrecosto por razoes varias não era de aceitaçao Universal), e não eramos menos felizes por isso.

Acho que se compartia mais o Agape.

Talvez seja impressao minha mas os nossos agapes nos " Pregos" são bem mais simpaticos que os outros, talvez porque todos comam a mesma coisa ( bem ha sempre uns que querem a carne mal passada e outros que a querem para la de muito passada mas....) e bebam a mesma coisa.

Aliás no nosso almoço do Solsticio de Inverno ha sempre o cuidado de ter um Menu que seja igual para todos.

A Gastronomia MAçonica pode nao existir, admito que apresentar um bife em esquadro com um Ovo em compasso pode ser dificil, mas poderemos fazer com que exista.

E com isso passar aos agapes ( talvez nao todos porque entendo que é dificil arranjar espaço) uma espiritualidade diferente, estabelecendo preceito de Agape.

Bem sei que este assunto não para tratamento geral.

Agora umas receitinhas !!!!

E se para mais nada servirem, serviram para aguçar o vosso engenho criativo.

JoseSR

Gastronomia Maçónica - 2


No seu texto sobre este tema, que nos deixou aqui há dias, o JoséSR mencionou que, na Net, apenas encontrara, a propósito de gastronomia maçónica, a referência a um livro em espanhol. Provavelmente será "La cocina masónica", de Jose Juan Iglesias del Castillo, referenciado aqui.

Posso ainda mencionar um outro livro, este em francês: "La cuisine des francs maçons", de Edmond Outin, editora Dervy, 205 páginas, custo em França, € 25,00, mencionado neste local.
Posto isto, devo frisar que, na minha modesta opinião, "gastronomia maçónica" é coisa que não existe. Não existem, que eu saiba, pratos especificamente maçónicos. Aliás, parece-me que o livro em espanhol será uma tentativa de "construir" algo em torno do tema, mais do que recensão de algo que exista...
Há cerca de dois milénios, alguém proferiu uma frase que ainda hoje é frequentemente utilizada: "a César o que é de César, a Deus o que é de Deus". Parece-me que podemos lembrar esta frase a propósito deste tema: Maçonaria respeita ao espírito, gastronomia respeita, claramente, à matéria...
É claro que os maçons sabem a importância do ágape (refeição tomada em conjunto por maçons, em regra depois, ou imediatamente antes, das reuniões de Loja) no cimentar das relações fraternais. Mas o que importa é, não o que se come, mas o convívio, o contacto, entre maçons.
De resto, tenho para mim que a internacionalmente sublinhada grande importância do ágape em maçonaria é particularmente acutilante na cultura anglo-saxónica, de matriz individualista e em que cada um foi educado a meter-se só nos seus assuntos e a deixar em paz os outros. Cá pelas nossas bandas, com o nosso gregarismo de matriz mediterrânica, o problema é conseguir que não se metam nos nossos assuntos.
Ou dito de outra forma: para os anglo-saxões, é importante estimular o convívio e levar os maçons a estabelecê-lo, sentando-se em conjunto à mesa; cá pelos nossos lados (e felizmente!), o problema nunca será sentar à mesa, será o de conseguir que o pessoal se levante dela!
Por aqui, não há cá "gastronomia maçónica", há "gastronomia" e ponto final.
No nosso canto, não é preciso ser maçon para apreciar uns bons petiscos e uns bons copos (na conta certa...), na companhia de uns tipos porreiros...

Rui Bandeira

17 setembro 2006

"Lugar ao Sul"


Desde há anos (não sei quantos!) que regularmente ouço a Antena1, aos Sábados de manhã.
A razão desta fidelidade tem a ver com o programa que, tenho para mim, é o melhor programa da rádio portuguesa, de todas as rádios portuguesas, da autoria de um extraordinário radialista, de seu nome Rafael Correia, que faz o “Lugar ao Sul”.

Este “Lugar ao Sul” tem sido um tanto maltratado ao longo dos anos pelos responsaveis da programação da Antena1, com horários a mudarem com frequência excessiva e algumas vezes atirando o programa para a madrugada de Sábado (das 7 às 8 da manhã), hora imprória para consumo.

Mas por agora está bem colocado no período das 9 às 10, e é bom que assim se mantenha, porque os portugueses mais urbanos tem o direito (ou será o dever ?), de conhecerem o seu País a sério, com os seus poetas, os seus músicos, as suas pequenas e grandes estórias que Rafael Correia inscreve semanalmente na história contemporânea de Portugal.

Esperemos que a Direcção da estação pública tome as decisões necessárias à protecção desta informação, coleccionada ao longo de anos e que é preciosa e irrepetível.

Por portas e travessas descobri que há um grupo na “Net” dedicado à música portuguesa tradicional e à poesia, especialmente referente aos amigos do “Lugar ao Sul”: http://www.grupos.com.br/ e depois clicar sucessivamente em “Artes & Entretenimento” e “Rádio”, e aí estamos com os “Amigos do Lugar ao Sul” (só não entendo porque teve de ser usado um endereço brasileiro).

Queridos “blogueiros” ouçam a Antena 1, ao Sábado (das 9 às 10 da manhã), e depois digam-me se vale a pena.
JPSetúbal

15 setembro 2006

Vamos levar isto a sério ?


Ontem resolvi romper um pouco com a seriedade (?) deste cantinho “blogosférico e postei umas larachas que me saltaram à cabeça para tentar pôr a população do blog pelo menos, a sorrir, e hoje tive a alegria de constatar o regresso do nosso JoseSR às lides.
Óh José, não foi por causa da piada ao Benfica, foi?

Claro que não foi, e esta referência vem pouco a propósito deste tema porque nesta fase aqueles palhaços não conseguem fazer rir ninguém, a não ser os “patriotas” daquela nação lá do norte, carago...
Acontece entretanto que uma mensagem de uma “velha” e querida Amiga me fez descobrir um sítio que, considerando interessante, compartilho convosco.

http://www.algebrica.pt/deFrente/Default.asp?qp=54

Aqui podemos encontrar entrevistas interessantes, com gente interessante, e uma das últimas tem a ver com o estudo do “sorriso”, o que é, que consequências tem (ou não tem) e por aí fora, feito por um português excelentíssimo, Prof. Freitas Magalhães.

Quem me conhece sabe bem que este assunto me é muito caro, entendendo eu que, se há terapias que resolvam problemas, então são com certeza as que actuam com o sorriso.
Pode não ser suficiente, mas é necessário ! (como nos bons tempos da matemática...)

Estava nestas conjecturas quando na RTP1 apareceu a sessão de hoje do, sistemáticamente extraordinário, “contra-informação”.
Meus amigos, não percam o de hoje. Se não viram tentem apanhar a repetição no compacto de Sábado. Garanto que vale a pena !

É que neste País (teimoso eu, continuo a escrever “este País” com maiúscula !) o que se passa com muitas coisas só mesmo a rir pode ser suportado. A alternativa é o choro, e essa é pior. Deixo só um cheirinho..., aparecem o Loureiro Boss e o Pinto Boss !
Agora vejam no Sábado.

Regressando ao sorriso, sugiro então uma voltinha pelo “DeFrente” e a leitura da entrevista com o Prof. Freitas-Magalhães para poderem verificar como é importante sorrir.
Creio que no protocolo de Quioto as sapientissimas excelências que produziram o texto final, (aquele tal para o qual o Tio Sam se está ... poluindo (!)) não consideraram o sorriso como coisa que valesse a pena, e no entanto quanta poluição se evitaria se sorrissemos um pouquinho mais, só um pouquinho...
Garanto que pelo menos os espíritos andariam bem menos poluídos !

E para acicatar mais um pouco o V. interesse aqui vai um parágrafo da entrevista (o resto fica procurarem no sítio) acompanhado de um cheirinho de Neruda.

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Extracto da entrevista de Freitas Magalhães ao “DeFrente”

- O que é o sorriso?
- O rosto está no topo da lista da autoconsciência humana e o sorriso é uma fonte poderosa de recompensas interpessoais. É o sorriso – essa curva simples que tudo pode endireitar – que dá movimento e dinâmica ao rosto. O sorriso é considerado uma das primeiras expressões da criança, a par da facilidade de alimentação, profundidade do sono e aceitação da ausência da mãe. O fenómeno do sorriso não é apenas identificado pela retracção das comissuras labiais para trás e para cima. O sorriso é definido em dois eixos fundamentais: o eixo muscular e o eixo da funcionalidade. Quanto ao primeiro, para a exibição do sorriso no palco do rosto, é imprescindível o exercício concreto dos músculos que circulam a boca do indivíduo, designadamente os orbiculares oris e os zigomaticus. Quanto ao segundo, e essa a minha preocupação científica corrente, refere-se à função do fenómeno no desenvolvimento do psiquismo humano no contexto das interacções sociais. O sorriso contribui, decisivamente, para o desenvolvimento afectivo e cognitivo do indivíduo como sinal de meta-comunicação que é."


Teu Riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria

Pablo Neruda


JPSetúbal

14 setembro 2006

Gastronomia Maçónica

Procurei na net em varias linguas e nao encontrei nada, excepto uma referencia a um livro em espanhol.

Ja mandei um mail para ver se o consigo.

Mas deixo aqui um repto

Criar um receituário próprio.

A Ideia é cada um de vós e eu proprio ir propondo receitas que achem que possam ter a ver com a MAçonaria ou pelo menos com um bom repasto.

Depois poderemos marcar um dia para uma prova das ditas ( a ser organizado com alguma antecedencia) e finalmente criar uns menus tipo.

Abraços

JoseSR

Exposição na Escudero - Galeria de Artes e Letras
















A ESCUDERO - Galeria de Artes e Letras apresenta neste momento, e até 30 de Setembro, de segunda-feira a sábado, entre as 15 e as 20 horas, a exposição de pintura intitulada Hymne à la vie, da pintora Corinne Le Ciclé.

Segundo a própria se define, "meu estilo se afirmou sob diversas formas: o abstrato, o naif e o expressionismo. Gosto de trabalhar a cor que fornece vida, e as formas, notadamente as mais simples como o círculo e o traço que evocam a doçura e o rigor, o feminino e o masculino. A simetria engendra o ritmo e, como os países e as pessoas que me inspiram, vou ao essencial".

Uma curiosidade: Corinne Le Ciclé é autora de uma das vacas que presentemente (ainda) se encontram nos espaços públicos de Lisboa, no âmbito da iniciativa Cow Parade. Com efeito, é de sua autoria a decoração da Family Cow.
Quem quiser dar uma vista de olhos na obra da pintora - o que certamente motivará para ir mesmo ver "ao vivo e a cores" a exposição - pode visionar um razoável número de obras da pintora aqui.

Rui Bandeira

13 setembro 2006

Foto de Família !

Tenham paciência, não tenho pachorra para tantos temas sérios... Ficaria mal disposto para o resto da vida se deixasse passar esta ! A boa disposição é o sal da vida !




Já agora, sabem porque é que a equipa do Benfica anda toda torcida ?

Oh pá, então com 6 milhões de torcedores... muito aguentam eles.

JPSetúbal

7º Campo de Trabalho da Amnistia Internacional


A Amnistia Internacional Portugal irá realizar entre os dias 5 e 8 de Outubro o seu 7º campo de Trabalho. O Campo de trabalho tem como objectivo educar os mais jovens (15-18 anos) em matéria de Direitos Humanos. Temas como a Pena de Morte, A Violência Sobre as Mulheres, serão debatidos durante estes dias de uma forma lúdica e educativa. Caso esteja interessado ou conheça alguém que esteja interessado, junto enviamos a ficha de inscrição e o programa do evento. O preço da inscrição inclui todos os dias de alojamento e alimentação. Pedimos a todos os participantes que se façam acompanhar de saco-cama. Se já não tem idade para participar no evento, poderá sempre ajudar na divulgação reenviando este email para os seus contactos.
EM NOME DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL.... OBRIGADO!
Fernando Marques
Amnistia Internacional Portugal
Coordenação e Gestão de Projectos / Project CoordinatorTelf: 21 386 16 52Fax 21 386 17 82
e-mail: f.marques@amnistia-internacional.pt

Tentemos tornar o mundo melhor, mais justo, mais humano.
Aqui fica para quem se interessar por estes temas e puder participar.

JPSetúbal

Vigilantes


Anéis de 1.º e de 2.º Vigilante, com as iniciais das designações em língua inglesa: Senior Warden e Junior Warden)



Os membros das Lojas Maçónicas estão divididos em três categorias, Aprendiz, Companheiro e Mestre, segundo a sua antiguidade e a sua evolução na tarefa de auto-aperfeiçoamento que constitui o desiderato maçónico.
Os Vigilantes são os elementos das Lojas que têm a função de acompanhar, orientar e auxiliar, os Companheiros (1.º Vigilante) e os Aprendizes (2.º Vigilante), quer na sua integração na Loja, quer no conhecimento e compreensão dos princípios e valores maçónicos, instrumentos para o pretendido auto-aperfeiçoamento pessoal, ético e moral.
Esta tarefa é sobretudo individual, pelo que os elementos que as Lojas designam para acompanhar esses obreiros não têm como função ensinar, antes auxiliar, estar atentos às necessidades e ao desenvolvimento de cada elemento a seu cargo, em suma, estar de vigília junto dos elementos que tem a seu cargo, em ordem a poderem, sempre que e quando necessário, intervir, sugerir, esclarecer e, assim, auxiliar a desejada evolução de cada um deles. Daí a designação de Vigilantes.
Constituindo a principal tarefa de uma Loja Maçónica o auto-aperfeiçoamento, constante e contínuo dos seus membros, com o auxílio do grupo (tarefa nunca finda), obviamente que se tem especial cuidado com os elementos mais recentes, que é suposto serem os que mais necessitam desse apoio. Assim, os Vigilantes são, imediatamente após o Venerável Mestre, os elementos que exercem as funções de maior responsabilidade da Loja. Normalmente, são designados para as funções de Vigilantes maçons experientes, que exerceram já diversas funções em Loja e que, por isso, a conhecem bem. Procura-se assim auxiliar a rápida e frutífera integração dos novos elementos no grupo e nos seus Princípios, Valores e Ideais.
O 1.º Vigilante simboliza a Força (fortaleza de carácter, força moral, mas tembém a força concreta das acções, no sentido em que toda a obra, toda a construção, humana só persiste se tiver força para se manter, por si só); o 2.º Vigilante simboliza a Beleza (beleza das virtudes morais, mas também a beleza que se deve procurar imprimir em todos os nossos actos e em tudo o que construímos; "forte e feio" é, manifestamente, menos perfeito que "forte e belo").
Ao conjunto constituído pelo Venerável Mestre e pelos Vigilantes é costume dar-se a designação de "Luzes da Loja", pois que a iluminam com as três qualidades que devem nortear todos os actos e obras de um maçon: Sabedoria, Força e Beleza.
Todas as decisões relativas à Loja que necessitem de ser tomadas entre reuniões são tomadas em conjunto por estes três elementos.
Rui Bandeira

12 setembro 2006

Novo Venerável Mestre na Loja Mestre Affonso Domingues

No passado fim de semana ocorreu a cerimónia de Instalação na Cadeira de Salomão, isto é, da tomada de posse, do novo Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues, PauloFR, que também já tem publicado textos neste blogue.

PauloFR fora eleito em Julho, por unanimidade de votos, para o exercício da função.

Esteve presente no acto o Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP, Alberto Trovão do Rosário.

A cerimónia foi conduzida pelo Vice-Grão-Mestre, Mário Martin Guia.

Seguidamente, PauloFR deu, de imediato, posse aos elementos que designou para o exercício das demais funções na Loja.

Um dos elementos a quem PauloFR conferiu posse foi o assíduo colaborador deste blogue JPSetúbal, que assumiu as funções de 1.º Vigilante.

Um abraço a todos os empossados, mas em especial a estes dois co-blogueiros, manifestando a esperança de que o exercício, sempre absorvente, das funções que lhes foram confiadas e que estão agora a exercer não os impeça de continuarem a partilhar connosco os seus textos.

Rui Bandeira

11 setembro 2006

Cinco anos depois

Passaram já cinco anos, 1.826 dias e 1.826 noites, considerando que um desses anos foi bissexto, mas a recordação do horror permanece tão nítida que nos custa a crer que cinco anos tenham já decorrido.

Hoje, é dia de homenagear as vítimas, mas também de reflectir sobre esta barbárie e as suas consequências.

O 11 de Setembro constituiu o aparecimento de uma até então inexistente estratégia de terrorismo global. Pouco importa quem é vitimado, onde caem as vítimas. O que importa é destruir e matar de forma brutal, mas sobretudo espectacular, fazendo crer a todos a cada um que pode estar entre as próximas vítimas, esteja onde estiver, faça o que fizer. Aos aviões do 11 de Setembro, seguiram-se os comboios de Atocha e o metropolitano e o autocarro de Londres (sempre a dia 11...), só para falar do Ocidente; mas também a discoteca da Indonésia e oa atentatos na Turquia, na Índia, no Paquistão, em Marrocos e por aí fora, em macabra pontuação do mapa do planeta.

Esta estratégia de terrorismo global , seguida por extremistas de que nem sequer conseguimos entender devidamente as linhas de pensamento, se é que estes energúmenos também pensam, obriga-nos a todos a reflectir e a evitar o erro de reagir epidermicamente.

Em primeiro lugar, temos de ter a Lucidez de entender que os Muçulmanos e a religião muçulmana não têm nada a ver com esta patética estratégia de terror. Este Terror deve-se a extremistas que invocam abusivamente a religião islâmica, mas que, ao invés de a seguirem, a atraiçoam e violam os seus princípios. Porque, ao contrário do que estes sectários assassinos invocam, a religião islâmica é uma religião de Paz e Tolerância, não o acervo de violência, terror, intolerância e malvadez que esta cambada de sociopatas proclama. Basta ler o Corão para o perceber.

Em segundo lugar, temos de ter a Firmeza de exigir que as necessidades de Segurança sejam sempre compatibilizadas com a Democracia e a Liberdade. A necessidade de nos defendermos destes bandos de psicopatas pseudo-religiosos pode implicar, e necessariamente que implica, a adopção de medidas de Segurança, de Controlo, de Investigação, que são excepcionais e que, de alguma forma ponham entre parentesis as Liberdades Civis. Mas importa que fique sempre salvaguardado que a Segurança não revoga a Liberdade. Pode ser necessário derrogá-la em situação de emergência, por períodos e por forma limitados. Mas todas as medidas tomadas devem ser, seguidamente, sujeitas ao escrutínio de um Tribunal e por ele validadas ou, se for caso disso, revogadas. Prioridade à Segurança quando tal se mostre necessário. Mas, passada a crise, retomam-se as regras normais de controlo e de garantia das Liberdades Civis (incluindo o direito de defesa, mesmo de quem integre essas cáfilas de trogloditas). Porque nós não somos iguais a eles. Porque entendemos a necessidade de Segurança, mas não prescindimos da Liberdade nem da Democracia. Porque não admitimos, nem nunca admitiremos que, pela via indirecta da nossa capitulação, aquelas quadrilhas de bárbaros vençam!

Em terceiro lugar, não podemos prescindir nunca da Esperança de que, no fim, a Democracia, a Liberdade e o Progresso acabarão por vencer e estes vermes infra-humanos não conseguirão impor as suas grotescas hipóteses de ideias.

Devemos isso às vítimas do Terror e a nós próprios!

Rui Bandeira

Maçonaria, M.Soares e uma notícia triste.

Maçonaria - Ex-Presidente da República foi iniciado em frança
Soares adormecido
Mário Soares é, neste momento, um maçon adormecido, expressão utilizada para os membros da maçonaria que deixaram de ter actividade em lojas maçónicas.
Iniciado na Grande Loja de França nos anos 60, quando esteve exilado em Paris, o ex-Presidente da República terá sido, segundo apurou o CM junto de várias fontes, irradiado daquela obediência por ter deixado de pagar quotas, num processo semelhante à expulsão de 31 membros do Grande Oriente Lusitano (GOL) em 2004, entre os quais aparecem nomes conhecidos como António Vitorino, Vitalino Canas, ambos deputados do PS, e Torres Couto, ex-secretário-geral da UGT. “Ele foi iniciado maçon na Grande Loja de França nos anos 60, mas depois, quando regressou a Portugal, abandonou, nunca se transferiu [para uma loja em Portugal] e nunca mais pagou [quotas]”, disse ao CM uma fonte próxima de Mário Soares. “Se não pagou as quotas à obediência onde foi iniciado, as regras são muito claras: é decretada a irradiação”, frisa uma fonte conhecedora do meio maçónico.“Antes do 25 de Abril, a maçonaria era um núcleo de liberdade política. Depois [com a Revolução dos Cravos], ele passou a ter uma vida política muito activa e não precisava disso”, explica uma outra fonte próxima. E outra figura próxima de Mário Soares conclui: “Ele tem amigos íntimos nesses quadrantes, mas nunca foi membro activo em Portugal.”António Reis, grão-mestre do GOL, atribui a expulsão de membros por “desinteresse para continuarem a trabalhar lá dentro [da loja]”. Se pedirem o reingresso, pagarem as quotas e justificarem a falta de pagamento, os irradiados poderão ser reintegrados. Vitalino Canas, um dos visados, escusou-se a fazer comentários. Em Portugal, existem duas obediências: o GOL e a Grande Loja Legal de Portugal (GLLP). Enquanto a GLLP exige uma crença num princípio, por exemplo Deus, o GOL não exige uma crença.





Esta notícia foi publicada, tal qual, no “Correio da Manhã” de 08/09/2006.
RBandeira já publicou alguns comentários sobre uma notícia de teor próximo desta, publicada no “24Horas”.
Esta, do “CM”, é particularmente elaborada porque junto do título “Soares adormecido”, a vermelho, publica-se uma foto de M.Soares com M.Barroso, em cerimónia aparentemente pública e ambos, também aparentemente, adormecidos.
Ora, de aparentemente em aparentemente, não me parece que esta montagem da notícia tenha, seja o que fôr, de aparentemente inocente.
A notícia tem a ver com a ligação M.Soares/Maçonaria.
A foto não tem qualquer relação com a ligação M.Soares/Maçonaria.
Aparecem juntas, certamente, porque o jornalista não encontrou outra foto de M.Soares mais adequada, o que se percebe bem já que não há muitas fotografias de M.Soares.
Foi sempre um sujeito fugídio e raramente permitiu ser fotografado nas rarissimas aparições públicas dos últimos 40 anos !...

Vamos lá ver as 2 questões que se sobrepõem nesta pseudo-notícia.

1- A utilização conjunta daquele título com aquela fotografia tem a intenção clara de chamar a atenção dos leitores para o facto de M.Soares adormecer em público, durante reuniões, assembleias, congressos... É lamentável, sob todos os aspectos a utilização deste truque baixo para denegrir a imagem de M.Soares, Presidente da República durante 10 anos, 1º Ministro deste País durante vários governos, principal responsável pela recuperação de duas bancas-rotas, principal responsável pela integração de Portugal na Europa e, mais do que tudo isso, principal responsável pela reposição da Democracia em Portugal após 26 de Abril/74. Não sou “Soarista”, recuso-me inteiramente a ser qualquer “ista” e a aderir a qualquer “ismo”. Tive em tempo oportuno a minha “deriva” política e fiquei curado, e vacinado, dessa doença. Mas sou Português, considero a Democracia o menor dos males e portanto tento defendê-la, e vou mantendo as memórias do que se passa no meu País. E tento não ser mal-agradecido. E os portugueses devem muito a M.Soares, gostem ou não, queiram ou não. É uma situação de facto ! E M.Soares sempre soube mais a dormir que a grande maioria dos jornalistas acordados. Há quantos anos M.Soares adormece em público ? há quantos anos todos sabemos desse “pecadilho” de M.Soares (e os jornalistas sempre sabem antes do público em geral) ? Porquê agora esta brincadeira de mau gosto ? É que de acordo com a minha interpretação além de mau gosto é cobardia.
2- A outra questão tem a ver com o teor da notícia e com a relação M.Soares/Maçonaria.
Fica bem claro que quem escreve a notícia está a tentar apalpar um terreno que não conhece. Não sabe sobre o que está a escrever. Não sei quem é o jornalista, não o conheço, e provavelmente é um senhor muito estimável, mas “esticou-se” desta vez. Não há maçons irradiados e “estar adormecido” maçónicamente não tem nada a ver com ser irradiado de qualquer obediência maçónica. Os Maçons podem ser suspensos e/ou excluidos, mas não irradiados. É conceito que não existe em Maçonaria.
Porquê esta insistência na relação da Maçonaria com a política e com os “lobis” políticos ?
A notícia refere apenas nomes de políticos, e é claro que quanto mais sonantes forem, maior é a “gulodice” do jornalista.
Tentemos esclarecer uma coisa. A Maçonaria não é um antro de vilões, de golpistas ou de interesseiros em jogadas de bastidores. Como em todas as grandes organizações também a Maçonaria tem bons e maus Maçons. Cumpridores e desleixados. Tristes e alegres. Altos e baixos. Gordos e magros. ...
Mas então esperar-se-ia outra coisa ? Que raio de ideia !... Queremos que os maçons sejam todos exemplares, como homens, como profissionais, como cidadãos, mas às vezes não são ! E então ? vem daí o mal do mundo ?
A tradição da Maçonaria em Portugal é a de se manter na clandestinidade, ainda sob o efeito da estupidez salazarista de braço dado com uma Igreja de Roma retrógrada, completamente desajustada da realidade e do tempo. E o desconhecimento do que se passa origina que a imaginação produza imagens completamente desviadas da verdade do que é ser Maçon. Por quase todo o mundo a qualificação de Maçon é uma honraria que se ostenta publicamente, inclusivé no cartão de visita. De facto deve significar que quem está autorizado a apresentar tal qualificação é pessoa de Bem, confiável nas suas atitudes perante a vida e os homens. Por cá ainda há muito secretismo que não tem sido fácil ultrapassar. Como sempre, lá chegaremos.
A Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular de Portugal, obediência maçónica onde a Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues se integra (a notícia do CM refere-se a uma outra obediência), é campo de todo o ecumenismo, livre, aberto, fraterno, no qual todas as crenças religiosas e políticas, todas as raças e convicções se encontram e convivem aberta e livremente, sem quaisquer complexos ou diferenças, com a obrigação única de aceitar como objectivo a luta pela paz, pela fraternidade, pela liberdade de todos os homens.“Senhores fazedores de opinião” deixem-se de invenções e principalmente de truques.
(Quando fui "postar" este texto constatei que RBandeira resolveu avançar com outra lição sobre a mesma matéria. Aconselho vivamente a que não percam os 2 textos anteriores da autoria de RBandeira.)
JPSetúbal

09 setembro 2006

A reserva de identidade do maçon


No texto anterior, aflorei a questão da reserva de identidade do maçon, assunto sobre o qual me sinto particularmente à vontade, pois eu próprio decidi deixar pública a minha condição de maçon e, por isso, assino todos os meus textos com o meu nome e apelido completos. Faço-o, obviamente, porque posso fazê-lo: a minha actividade profissional de Advogado e a forma como a exerço, em profissão liberal, em escritório próprio, liberta-me de constrangimentos com patrões ou superiores hierárquicos que porventura me pudessem prejudicar pela assunção da minha integração na Ordem Maçónica. Muitos outros, porém, não podem revelar publicamente a sua condição de maçons, por receio de represálias de quem ainda vê na Maçonaria um bicho de sete cabeças...
A reserva de identidade do maçon é uma das mais antigas regras da Maçonaria e, no fundo, traduz-se na simples regra que todo o maçon jura cumprir: não revelar a profanos a identidade de um seu irmão. Note-se: não há nada de secreto na condição de maçon. Cada qual pode assumir-se como maçon e pode e deve fazê-lo quando entenda que tal assunção não o prejudica, nem à sua família, pois um maçon sente-se honrado em sê-lo.
A reserva de não identificação de seu Irmão como maçon advém do facto de, durante muito tempo, e em função, quer das guerras religiosas, quer, pura e simplesmente, dos fundamentalismos religiosos (quem não se lembra da Santa Inquisição e das guerras entre Católicos e Protestantes que durante dezenas e dezenas de anos sangraram a Europa, com a inutilidade de cada lado matar os do lado oposto... em nome do mesmo Deus?), não ser seguro para um maçon divulgar essa sua condição. Com efeito, desde sempre que, nas Lojas Maçónicas, se praticou a total abertura e tolerância religiosa. Pode ser maçon o crente de qualquer religião, ou até mesmo o crente não vinculado a uma religião particular. Basta que seja Homem Livre e de Bons Costumes e que creia no Criador, chame-lhe o nome que chamar. E nenhuma distinção é feita entre maçons em função da religião de cada qual. De facto, até para garantir que nunca nenhuma dissensão entre maçons possa surgir em virtude de diversas opções religiosas, a Religião é um dos dois temas cuja discussão não é admitida em Loja (o outro é a Política)!
É claro que em tempos de guerras e fundamentalismos religiosos, a tolerância e a protecção mútua entre elementos de diferentes religiões não era bem vista; pior, não era sequer admitida. Para os fundamentalistas de qualquer dos lados, o Maçon era sempre o tipo que privava com o "inimigo", que o protegia. E, se assim era, também não era de confiança ou era, mesmo, também um inimigo, que devia ser abatido, imolado pelo fogo ou passado a fio de espada... A reserva da condição de maçon era, pois, uma verdadeira questão de sobrevivência!
Claro que nos dias de hoje o problema já se não coloca nos mesmos termos: ninguém é abatido por ser maçon.
Mas, ainda hoje, há muitos preconceitos à solta contra a Maçonaria e os maçons. Em parte, também por culpa desta e destes, verdade seja dita... Esperamos que o preconceito vá desaparecendo. Para tal, sabemos que também nós próprios, maçons, temos de contribuir para ajudar a esse desaparecimento, dando-nos a conhecer, e aos nossos ideais e propósitos, enfim, afastando a fama de mistério que ainda rodeia a Maçonaria (e é evidente que o Desconhecimento gera Desconfiança, se não mesmo Temor...). Este blogue é uma pequenina contribuição para isso.
Mas, por enquanto, e infelizmente, persistem ainda motivos para a reserva pública quanto à identidade de muitos maçons. É pena que assim seja, mas contra factos não há argumentos. E, portanto, a decisão da revelação da condição de maçon é exclusivamente individual e é e deve ser pelos demais integralmente respeitada.
Foi por isso que me indignei com a fuga de informação que motivou a exposição pública da condição de maçons ainda que "expulsos" ou excluídos). E que me indignei ainda mais com a exposição da identidade de pessoas que, tendo pretendido ser admitidos maçons, foram rejeitados.
Rui Bandeira

08 setembro 2006

Negligência ou algo mais?


O jornal 24 Horas de ontem publicou, com título e enorme fotografia na primeira página, a notícia de que um conhecido político tinha sido "expulso" da Maçonaria. No interior do jornal, a notícia foi desenvolvida e procedeu-se à publicação de uma lista de algumas dezenas de indivíduos que tinham também sido "expulsos da Maçonaria", entre os quais mais alguns políticos. Publicou-se ainda uma mais reduzida lista de nomes de indivíduos cuja "admissão na Maçonaria" teria sido rejeitada.

Nada tenho a apontar ao jornal com esta publicação: um jornal existe para descobrir e publicar notícias! Mas considero inadmissível que o jornal tivesse tido acesso aos elementos que lhe pemitiram publicar essa notícia.

Compreendo que a "Maçonaria" seja mais notícia do que um grupo excursionista ou um clube desportivo e que, portanto, haja interesse em publicar a notícia de que figuras públicas tinham sido excluídas da "Maçonaria", por falta de pagamento de quotas, ao passo que dificilmente seria notícia idêntica exclusão, por idênticos motivos, de grupo excursionista ou clube desportivo.

Preciamente por essa razão é que a Organização que excluiu alguns indivíduos por falta de pagamento de quotas não deveria ter permitido que essa informação passassse para o domínio público!

No caso, quem excluiu foi o GOL (Grande Oriente Lusitano), a mais antiga Organização de tipo maçónico actualmente existente em Portugal, embora não internacionalmente reconhecida como detendo a Regularidade Maçónica.

O GOL existe desde há muitos anos, está perfeitamente organizado e a "passagem" desta informação para o exterior ou ocorreu por grosseira negligência - o que é grave!, - ou deliberadamente - o que é pior!

É um dos princípios básicos da Maçonaria o de que nenhum maçon expõe outro maçon, isto é, divulga publicamente a identidade de outro maçon, a não ser que o mesmo tenha, ele próprio, divulgado essa condição, ou que tenha já falecido.

No caso, o GOL, ou alguém no seu seio, cometeu uma grave infracção a esse princípio.

Nem mesmo o facto de se tratar de pessoas excluídas (e não expulsas: a expulsão ocorre por indignidade; a exclusão, por mera falta de cumprimento de obrigações, como a de pagar as quotas devidas; o elemento expulso não pode ser readmitido, salvo se previamente reabilitado; o excluído pode ser readmitido, se manifestar interesse nisso e regularizar o pagamento das quotas) justifica a divulgação: o maçon, ainda que excluído, continua a sê-lo e mantém o seu direito a não ver o seu nome divulgado como maçon, a não ser que ele próprio proceda a essa divulgação.

No caso concreto, acresce que a "passagem" da informação "cheira" a vingançazinha rasteira contra figuras públicas que, quiçá, se desinteressaram do GOL (eles lá saberão porquê...) e, por isso, decidiram deixar de pagar quotas e de se integrar em tal organização...

Pior ainda, verificou-se um "dano colateral" absolutamente grotesco: a divulgação da identidade de pessoas que terão solicitado a sua admissão como maçons e que terão visto esse propósito recusado pelo GOL. O GOL tem o direito de recusar quem muito bem entender; o que não tem é de divulgar que não aceitou A, B ou C. Ao fazê-lo, ou ao ter permitido que essa divulgação tivesse ocorrido, traiu o dever de reserva que se garante a quem pede para ser admitido maçon, isto é, traiu quem se quis juntar a si!

É por estas e por outras que, em Portugal, a única organização maçónica internacionalmente reconhecida como tal, isto é, como Regular, é a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP...

É por estas e por outras que o rico e antigo GOL é internacionalmente considerado irregular, isto é, não reunindo as condições para ser considerado uma verdadeira Organização Maçónica.

Mais uma vez, infelizmente parece que, por aquelas bandas, não se pratica Maçonaria, antes se busca, e se faz, simplesmente, Política sob a capa de pseudo-maçonaria. E porque o que ali se faz e se busca é política é que se fazem jogadas políticas como a que resultou na notícia em causa...

Rui Bandeira

05 setembro 2006

Por Terras de Castelo Rodrigo - 2

O nosso querido blogueiro RBandeira postou sobre o passeio por "Terras de Castelo Rodrigo" no último fim de semana, que desagradávelmente coincidiu com o fim de férias...
Com a vénia devida ao RB venho complementar com algumas fotos, que Ele não tem (ainda), e que mostram alguns dos pormenores sobre os quais gostamos de "partir pedra", nomeadamente alguma da sinalética com que os operários marcavam os seus trabalhos e que serviam para a
medição do salário que lhes era devido.

Encontramos esta sinalética nas pedras do Mosteiro de Santa Maria de Aguiar (Torre das Águias como explica RB), que visitamos.

Nesta primeira foto nota-se nitidamente, um pouco à direita em relação ao meio da pedra central, uma gravação que podemos comparar com uma letra "p" manuscrita.

Claramente que o significado é outro, o de marcar o trabalho feito, espécie de assinatura identificativa do operário que o fez.

Na segunda foto a marca é bem diferente.
Nota-se mais ou menos a meio da imagem a gravação de uma marca, espécie de sinal "+" ou cruz com as pontas traçadas.

Foram operários diferentes que assentaram estas duas pedras do Templo e assim se distinguiam as suas identidades.

Outra imagem mostra que os Cavaleiros do Templo também passaram por Santa Maria de Aguiar deixando igualmente as suas marcas na pedra trabalhada.

O Convento sofreu obras de reabilitação há poucos anos pelo que se encontra, na generalidade, em muito bom estado de conservação o que, infelizmente, não é o mais vulgar.

JPSetúbal

Venerável Mestre


Este blogue, como repetidamente tenho frisado, destina-se a ser lido por maçons e por não maçons. Os maçons estão habituados a usar termos ou expressões cujo significado lhes é familiar, mas que pode ser de difícil ou impossível entendimento para quem não for maçon. Sempre que me apercebecer que pode ser esse o caso, procurarei inserir um texto que torne claro, para todos, o significado de palavra ou expressão utilizada.

No texto publicado ontem, é referido, a dado passo, o "Venerável Mestre". Será esta a primeira expressão a ser esclarecida.

Venerável Mestre é a designação dada ao membro que exerce a função de direcção dos trabalhos de uma Loja maçónica.

Na Loja Mestre Affonso Domingues, o Venerável Mestre é eleito, usualmente em Julho, e toma posse após a pausa para férias, que decorre sempre durante todo o mês de Agosto. Logo, e ressalvada a ocorrência de situações que imponham uma alteração pontual (doença, por exemplo), o Venerável Mestre eleito em Julho toma posse no decorrer do mês de Setembro subsequente. Isto dá-lhe tempo para escolher e convidar os membros da Loja que, durante o seu mandato, irão exercer as várias tarefas necessárias ao funcionamento de uma Loja maçónica. Com efeito, à excepção da função de Tesoureiro - cujo titular é eleito, por regra em simultâneo com o Venerável Mestre - todas as demais funções são exercidas por elementos escolhidos pelo Veneável Mestre eleito. Pretende-se assim garantir o funcionamento de uma equipa que seja, tanto quanto possível, coesa e, portanto, eficaz no exercício das suas tarefas.

O mandato do Venerável Mestre (e também o do Tesoureiro) é de um ano, de Setembro a Setembro, podendo o Venerável Mestre ser reeleito apenas uma vez (o Tesoureiro pode ser reeleito sem qualquer limitação). Assegura-se, assim, que a Loja não fique dependente da direcção de um dos seus membros, por muito influente, eficaz ou consensual que seja.

Na Loja Mestre Affonso Domingues, a prática tem sido a de o membro eleito para Venerável Mestre exercer um só mandato. Privilegia-se assim a rotatividade e a aplicação do princípio de que todo o elemento admitido na Loja tem capacidade para a dirigir, pelo que, a seu tempo, o fará.

Com a eleição de um membro para Venerável Mestre, a Loja delega-lhe o poder de direcção da mesma, quer em temos administrativos, quer em termos de direcção de reuniões, quer em termos de execução das deliberações tomadas.

A confiança que a Loja deposita no membro que elegeu para exercer a função de Venerável Mestre inclui a delegação de poder para, sempre que, sobre qualquer assunto em debate, não se verifique a existência de uma posição consensual, ser o Venerável Mestre quem assume a decisão, a qual deve, porém, ser ponderada, prudente e tendo em atenção as posições expostas. Essa decisão poderá, assim, ser a de opção por uma das posições expressas (normalmente, quando o Venerável Mestre verifica ser essa a posição largamente maioritária, ainda que não consensual), a opção por uma das posições expressas, alterada ou complementada parcialmente por contributos provenientes das outras (procurando-se atingir a melhor solução racionalmente possível) ou uma solução intermédia entre duas ou mais das posições expressas (normalmente quando se não forma uma maioria clara, procurando-se atingir uma solução em que, ainda que não totalmente, todos, ou quase, os elementos da Loja, se possam rever).

Na sequência da discussão de qualquer assunto, em que todos os Mestres maçons têm a oportunidade de se pronunciar, a decisão anunciada pelo Venerável Mestre, decorrente do seu prudente juízo sobre a vontade da Loja, assume o carácter de deliberação da Loja, que é então, sem mais discussão, aceite e executada pelos seus membros.

Durante o período do seu mandato, os poderes delegados ao membro da Loja eleito Venerável Mestre são, assim, consideráveis e devem ser exercidos com a Sabedoria e a Prudência que a tradição atribui a Salomão. Costumam, assim, os maçons dizer que o Venerável Mestre da Loja toma assento na Cadeira de Salomão.

A expressão "Venerável Mestre" decorre da adaptação da expressão inglesa "Worshipful Master". São expressões que se utilizam desde o século XVIII e que, embora nos dias de hoje, tenham uma aparência pomposa e deslocada do uso actual da língua, continuam a ser comummente utilizadas pelos maçons, sempre rigorosos na aplicação da Tradição e dos bons ensinamentos dos que nos precederam. Também noutas ocasiões, todos utilizam expressões que cairam em desuso no dia a dia: quem não dirigiu já a sua correspondência a um "Exmo. Senhor"?

Rui Bandeira

04 setembro 2006

Por terras de Castelo Rodrigo

Pormenor de torre do Castelo Rodrigo



No passado fim de semana, membros da Loja Mestre Affonso Domingues, entre os quais os colaboradores deste blogue JPSetúbal, PauloFR e Rui Bandeira, e respectivas famílias, no âmbito da actividade social da Loja, efectuaram uma visita à zona de Figueira de Castelo Rodrigo.

O programa da visita foi elaborado pelo Venerável Mestre da Loja, que fez questão de por este meio assinalar o termo do seu mandato, que se aproxima.

Visitou-se a barragem de Almofala, de onde se avista um fantástico panorama serrano, onde se enquadra a "Torre das Águias", antigo templo romano que terá albergado os primeiros então monges beneditinos, que vieram, depois de já terem aderido à Ordem de Cister, a construir o Mosteiro de Santa Maria de Aguiar, ponto seguinte da visita.

Ainda na manhã de Sábado, a comitiva dirigiu-se a Barca de Alva, . A meio do trajecto, fez uma paragem num miradouro, de onde se avista a paisagem de fronteira entre Portugal e Espanha, na zona onde o rio Douro entra no nosso País. A beleza da paisagem é indesmentível e similar em ambos os lados da fronteira, confirmando-se assim que para a Natureza não contam as divisões artificialmente criadas pelo Homem...

Na tarde de Sábado, visitou-se o Castelo Rodrigo e especialmente, dentro deste, a casa da Roza, construída sobre e encostada a rocha, aliás bem visível no seu interior, no piso térreo. Todos os visitantes se deslumbraram com as deliciosas soluções de disposição e decoração da casa, cujo recheio, de valor museológico, é demonstrativo do apurado gosto do seu proprietário. Uma verdadeira casa de maravilhas, cuja visita, por si só, valeu a viagem!

No Domingo, efectuaram-se breves visitas a Almeida e Ciudad Rodrigo, após o que toda a comitiva se dirigiu a uma localidade próxima desta cidade leonesa, apropriadamente chamada "Diosleguarde", pois aí todos se deliciaram com a especialidade da terra, o "Tostón", leitãozinho partido em pequenos bocados e confeccionado de maneira a comer e chorar por mais. Efectivamente, este petisco só merece um comentário: que "Diosleguarde"...

Foi um fim de semana e encerramento de férias de agradável convívio entre membros da Loja e respectivas famílias, apreciado por todos e, particularmente, pela criançada, que, toda junta, só por si fez a festa dentro da festa...

Maçonaria é também convívio e o desfrute, em ameno companheirismo, das belezas naturais e construídas pelo Homem.

Assim se encerraram as férias e, com as baterias bem carregadas, se regressa ao trabalho.

Rui Bandeira



Regresso de FÉRIAS !

Seus desgraçados que se empaturraram de doces, wisky, caipirinhas, grandes farras... e sabe-se lá mais o quê, durante as férias, agora andam para aí com uma data de "kilos" a mais e colestrol a subir...
Pois aqui vai uma sugestão de verdadeiro AMIGO !
Eu cá sou assim... Para AMIGOS, mãos rôtas.
Não me poupo e quero o melhor para Vocês todos !
Aqui vai para que possam recuperar das gorduras a mais... comam saladas, deixem-se de comezainas e de "vinhatainas".
Alimentos saudáveis, dentro do prazo de validade e devidamente embalados e certificados.
Saladas, meninos... saladas é que é bom !







JPSetúbal

31 agosto 2006

O aquecimento global é uma treta


Foi no blogue A Verdade da Mentira que li o artigo "O Pânico Climático, A política do medo", de Rui G. Moura, Engenheiro Mestrado em Climatologia, ali publicado em 1 de Agosto.

Este artigo é notável! O seu autor fala do que sabe e sabe do que fala. E demonstra, por A + B, que o propalado "aquecimento global" é uma treta, que, pelo contrário, nas últimas décadas a temperatura média do planeta diminuiu, não aumentou, que o chamado "efeito de estufa" não causa, ao contrário do que por aí se propala, o dito aquecimento, que as temperaturas numa determinada zona do globo - incluindo as sufocantes temperaturas deste Verão - são causadas por outros factores, que estes são naturais e bem conhecidos dos especialistas no clima, que a fusão do gelo nas calotas polares não passa de um mito, enfim que toda a propaganda acerca do aquecimento global não passa de uma treta!

Não estou, obviamente, preparado para emitir um juízo crítico sobre a tese. Mas parece-me bem fundamentada e, sobretudo, corajosa, na medida em que, com argumentos exclusivamente científicos, se opõe à tese que agora está na moda. Desmonta-a com lógica e serenidade. Enfim, trata-se de alguém que manifestamente sabe do que escreve.

Rui G. Moura desenvolve e demonstra a sua tese, com maior pormenorização e com mais elementos no seu excelente blogue MITOS CLIMÁTICOS .

Vale - e muito! - a pena ler!

Cá por mim, os elementos fornecidos levam-me a concordar com Rui G. Moura e, portanto, a acreditar que, ao contrário do peixe que nos vêm vendendo, essa história do aquecimento global afinal está mal contada e que aquilo não passa de uma treta.

E agora deixem-me ir beber um copo de água fresquinha que, mesmo a esta hora, está um calor de ananazes! Mas também se não fizer calor no Verão, quando é que faz?

Rui Bandeira

30 agosto 2006

A Ilha do Maçon


No Estado da Louisiana, a 107 Km a Leste de New Orleans, integrada no condado de Saint Bernard, situa-se a Freemason Island. a ilha mais ao Sul das "back islands" do arquipélago Chandeleur.

É uma pequena ilha - aliás reduzida em 2004, em consequência do furacão Ivan - mas, para quem puder, é uma curiosidade visitá-la.


Rui Bandeira

29 agosto 2006

MAIS INVESTIGAÇÃO GENUINAMENTE PORTUGUESA

(Publicado em revista do Hospital Egas Moniz)

Doentes traumatizados da medula espinal
Transplantes autólogos de mucosa olfactiva

O projecto do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) “Transplantes autólogos de mucosa olfactiva em doentes traumatizados da medula espinal” obteve mais uma importante realização, a publicação do primeiro artigo de investigação original sobre os resultados dos doentes operados, no número de Junho da revista internacional com “peer review”, o The Journal of Spinal Cord Medicine, órgão oficial da American Paraplegia Society.
São autores do trabalho intitulado “Olfactory Mucosa Autografs in Spinal Cord Injury: a Pilot Clinical Study” os Drs. Carlos Lima, Pratas Vital, Pedro Escada, Hasse Ferreira, Clara Capucho e Jean Peduzzi. O Dr. Carlos Lima, neurologista e neuropatologista, é o coordenador do estudo. O Prof. Pratas Vital e o Dr. Hasse Ferreira são os neurocirurgiões e o Dr. Pedro Escada e a Dra. Clara Capucho os otor­rinolaringologistas que participam nas operações. A Professora Jean Peduzzi pertence ao Departamento de Anatomia e Biologia Celular da Wayne State University Medical School, Detroit, Michigan.
Recorde-se que o CHLO (através do Hospital de Egas Moniz) já tinha recebido em 2005, das mãos do actual Ministro da Saúde, Dr. António Correia de Campos, o prémio “Hospital do Futuro”, na categoria de “Serviço Público” pelo mesmo projecto.
O estudo acima mencionado é o primeiro ensaio clínico realizado a nível mundial em seres humanos, que explora o potencial terapêutico dos autotransplantes da mucosa olfactiva colhida das fossas nasais, no tratamento dos doentes com lesão traumática da medula espinal.
A noção de que os axónios do sistema nervoso central não são capazes de regenerar após secção tem vindo a ser questionada nas últimas décadas por estudos em experimentação animal, nos quais diferentes tipos de células foram transplantados para o local da lesão. As células olfactivas provaram ser as mais promissoras, abrindo a possibilidade de se considerarem aplicações clínicas, baseadas na sua utilização, em seres humanos com lesão traumática da medula espinal.
Estes doentes representam um problema médico importante, devido à elevada morbilidade associada à sua condição de paraplégicos ou tetraplégicos. A incapacidade funcional inerente à sua condição neurológica reflecte-se também nos aspectos familiares, profissionais e económicos da sua vivência, constituindo por isso um problema importante de saúde pública.
Jean Peduzzi
Hasse Ferreira
Carlos Lima, Pedro Escada, Clara Capucho, Pratas Vital

A validação deste trabalho é um passo muito importante para o reconhecimento científico internacional da ideia original e da técnica concebida e desenvolvida pelos investigadores portugueses do CHLO

A possibilidade de melhorar a sua função neurológica reflectir-se-á, necessariamente, em todos estes aspectos.
O aspecto mais inovador deste trabalho é a utilização de um transplante autólogo (autotrans­plante) de mucosa olfactiva, em vez de células que foram cultivadas e manipuladas em laboratório. Um dos aspectos mais importantes da técnica utilizada resulta da utilização de células que são colhidas das fossas nasais do próprio indivíduo adulto. Assim, elimina-se a necessidade de imunossupressão, uma vez que o tecido utilizado é do próprio hospedeiro e ultrapassam-se considerações éticas que seriam pertinentes se a origem das células fosse intracraniana ou se utilizassem células estaminais de origem embrionária.
Os objectivos principais do estudo agora publicado, e que ficaram assim demonstrados, foram a comprovação da exequibilidade e segurança do transplante de células olfactivas para a medula espinal. Adicionalmente, verificaram-se melhorias significativas nos défices motores, nos défices sensitivos e no controle dos esfíncteres vesical e anal dos doentes operados. O estudo, descrevendo os resultados dos primeiros sete doentes operados, é suficientemente encorajador para estimular a continuação dos estudos em prossecução e o desenvolvimento de estudos com um design semelhante ao estudo pioneiro do CHLO. De facto, já hoje outros centros na Europa (Grécia) e no resto do Mundo (Colômbia, Arábia Saudita) iniciaram estudos experimentais com um design semelhante, sob a orientação dos médicos envolvidos no estudo do CHLO. Outros países, como a Índia, o Japão e a Nova Zelândia estão já também numa fase de preparação para a realização destas operações.
Recorde-se que o projecto, desde o início, contou com patrocínio empenhado da Direcção Clínica e do Conselho de Administração do Hospital de Egas Moniz e, actualmente, do CHLO. O reconhe­cimento e a validação deste trabalho pela comissão editorial e pelo trabalho de “peer review” da revista médica acima mencionada são um passo muito importante para o reconhe­cimento científico internacional da ideia original e da técnica concebida e desenvolvida pelos investigadores portugueses do CHLO.

JPSetúbal

2 MOMENTOS PORTUGUESES 2

REVOLUÇÃO NA ENERGIA SOLAR

Vem no Suplemento de Economia do último “Expresso”.
Conforme alguma “pedra partida” há pouco tempo, por aqui, deixa-me satisfeito ter a confirmação de que as coisas estão a mexer para o lado das alternativas (falo de energias, claro!).
Como defendo há muito tempo há quem aposte, e bem, no desenvolvimento das chamadas novas energias que realmente não são nem mais nem menos, do que as energias originais do Universo.
Vejam só há quanto tempo elas são as “novas energias”...
Neste artigo fala-se do desenvolvimento de placas fotovoltaicas que utilizam materiais diferentes dos usados anteriormente, mais baratos e com melhor aproveitamento da energia captada.

Aposto que também nos casos das energias eólica e das marés os processos então em movimento, e ainda bem.


DESPORTO x FUTEBOL

Já atentaram bem na “coutada do futebol” ?
Não, não é o “coitado do futebol”, é mesmo a “coutada do futebol” !
É verdade, é uma “coutada” propriedade dos sócios “Liga & Federação” que, tal como as de caça, tem uma área grande de flora, “mono-casta”, constituida apenas por “loureiros” que se multiplicam a olhos vistos entre os quais se criam ninhadas de “pintos”, às dúzias.
É vê-los multiplicarem-se...
Nesta coutada, tanto a caça com o abate de plantas estão completamente fora de causa, vá-se lá saber porquê, o que provoca uma infestação geral do desporto português.
É que nem o fogo entra nesta floresta, nem a gripe quer nada com estas aves.
É preciso ter azar !

JPSetúbal

Subsidios Agricolas - retomando o tema

Aqui há uns tempos escrevi sobre os subsídios dados à Agricultura.

Um distinto leitor, e permitam o aparte - para um novel escritor de blogs como eu, aliás novel escritor de blogs ou mesmo de outra coisa qualquer, é uma sensação simpática saber que sou lido.

Dizia eu um distinto leitor escreveu um comentário apoiando a minha visão, e um outro não menos distinto leitor um comentário com opinião diversa.

Sabe quem me conhece, que gosto de dizer coisas que causem polémica e que gosto de uma boa discussão.Sobretudo digo o que penso, e por isso respeito quem diz o que pensa.

Mas voltando ao comentário assinado por HCORTES leitor anónimo e que não faço a menor ideia quem seja.
Quero evidentemente agradecer o trabalho de me ter lido e o trabalho de me ter respondido.
Bem, responder responder não o fez. Respondeu ao lado manifestando uma série de outras preocupações, mais Zoológicas que agrícolas.

Mas não faz mal.

Caro amigo, creio que não entendeu bem o que escrevi, ou se entendeu quis dizer de sua justiça (o que acho muito bem) e a única forma era comentar o Post.

Posta esta introdução, volto hoje ao tema da agricultura, para em parte responder ao meu comentador e para desenvolver o tema.

A PAC e a reforma da PAC - Politica Agricola Comum - afectou Portugal mas também a Grécia, a Espanha, a França, a Alemanha, a Itália ........
Sem ir mais longe, passemos a fronteira para a vizinha Espanha

Os nossos vizinhos receberam os Fundos da CEE e agora da UE e o que fizeram?

Pensaram! E pensar faz falta!

E perceberam que esses dinheiros eram muito melhor empregues se fossem usados para investir em modelos de produção rentáveis. Hoje exportam os seus produtos agrícolas para a Europa inteira - incluindo Portugal.

"FRESA DE LEPE" ; " NARANJA DE ANDALUCIA"; " ACEITUNAS DE SEVILLA".

Pensar que as Fresas são melhores que os Morangos ou que as Naranjas são melhores que as Laranjas ou que as de Sevilha são melhores que as Elvas.

Na verdade são e não são.

No sabor na qualidade o mais provável é não serem melhores que as Nossas PORTUGUESAS.
Mas na performance de mercado estão a Anos Luz.
Eles vendem e nós não.
Vendem porque perceberam que os fundos europeus eram para Investir.

E nós? Também recebemos os fundos. Mas achámos que era o Maná dos Céus, e que quando aquele acabasse havia mais. E por isso, o melhor é gastar enquanto há e depois logo se vê.

O que se esqueceram foi de ir ler a Bíblia e perceber o que era o Maná dos Céus, e para quem não sabe era mais ou menos assim:
Deus providenciava o suficiente para o sustento de cada pessoa, e cada pessoa apanhava apenas o que precisava para esse dia. Se tentasse guardar para o dia seguinte, tudo o que guardasse estragava-se.
Quando não foi mais necessário o Maná, porque o povo já tinha formas de produzir, Deus parou a dadiva.

A título de exemplo de mentalidades aqui vai uma historia.

A minha avó era de educação espanhola e apesar de ter vivido em Portugal mais de 60 anos nunca falou bem português. Um dia cheguei a casa cansado e preocupado e libertei um AI ! AI ! . A Senhora já de idade muito avançada respondeu :

“ Si Hay guarda para cuando no Hay ! “

A mentalidade de viver hoje e amanha logo se vê, fez com que a agricultura que hoje existe neste País seja absolutamente marginal.

Com o risco de cometer algumas imprecisões, deixo aqui uns números.

A Produção de Trigo forrageiro em Portugal é suficiente para abastecer o consumo português durante 6 a 8 semanas. O Gado pode viver do ar nas restantes 44 a 46.

A Produção de Trigo de Moagem (qualidade para pão) é uma Miragem.

A Produção de Milho abastece o mercado em cerca de 3 a 4 meses, os demais podemos comer pipocas importadas.

Uma grande parte do Azeite que consumimos é Made in SPAIN.

Evidentemente que o nosso gado, e a nossa produção animal, e mesmo nós os humanos temos que comer todos os dias, e por isso não nos sobra outra alternativa que a de comprar estes produtos básicos no estrangeiro. E Pasmem se quiserem, mas trazer Milho do outro lado do Atlântico ( USA ou Argentina ) é muitas vezes mais barato que produzi-lo em Portugal, só que há que pagar uns direitos aduaneiros ( outra perversão ao Mercado) para que fique com um custo nivelado.

Quanto aos hortícolas basta ir aos supermercados e perceber que na generalidade as frutas e os legumes são importados ( não sabem a nada mas são bonitos)

E por aí a fora.

Hoje por acaso o Ministro da Agricultura veio anunciar as produções de Trigo Forrageiro e de Milho e os números que estão acima (escritos há já algum tempo) estão perfeitamente consonantes.

Ora face ao acima, e à insistência dos agentes agrícolas em insistir em subsídios, reafirmo o que já tinha escrito.

Dar subsídios à agricultura portuguesa serve apenas para continuarmos com a noção dos anos 40 e 50 (do Séc. XX) que somos uma potência agrícola, quando na verdade somos uma impotência de pensamento.

Mas admito que alguns subsectores merecem uma ajuda, e falo especificamente do sector vinícola, que tem progredido tecnologicamente e que actualmente é tão bom quanto o francês ou italiano.

Imaginem o que poderia ser se os subsídios fossem canalizados para a Enologia, com a criação de escolas e a continuação de investimento em estruturas produtivas modernas e num marketing internacional em maior escala.

Aí sim haveria retorno económico ao subsídio.

Agora Subsídio porque chove, ou porque não chove, ou porque nem chove nem seca, ou porque ….. isso é que não.

JoseSR

Curiosidades Maçónicas

O Nosso amigo e " co-blogueiro" Rui Bandeira tem trazido aqui uma serie de curiosidades maçónicas.

Acho que é um tema interessante e decidi (sei que ele não se importa) pegar no dito tema e pesquisar a net para trazer aqui as que encontrasse.

E hoje encontrei um Curso de Caça promovido por uma Loja Maçónica. Se quiserem ainda vão a tempo de se inscreverem, bastando para tal ir ao seguinte site:

Hunter Education Course

Procurando mais um pouco encontrei uma carta dirigida às mulheres dos Maçons. Esta Carta tem a particularidade de explicar um pouco o que é a Maçonaria, mas sobretudo o objectivo de fazer com que as familias ( via a mulher) se sintam parte da Fraternidade.

Mason's Lady


JoseSR

28 agosto 2006

Vinhos maçónicos


A Grande Loja da Pensilvânia está a comercializar um vinho branco de 2004 com a marca Jachin, um vinho tinto do mesmo ano com a marca Boaz, cada um deles ao preço de 9,99 dólares a garrafa, e ainda um vinho de castas italianas do ano de 2002, ao preço de 14,99 dólares a garrafa, com a marca Regius Master's Blend.

Do preço de cada garrafa, um dólar destina-se a ser entregue a um programa de solidariedade.

Mais informações e possibilidade de encomendar aqui.

Rui Bandeira

24 agosto 2006

Celulas Estaminais

E para mim é A noticia do dia.

Confirmando-se que de facto o Laboratorio Americano " Advanced Cell Technology" conseguiu o que diz ter conseguido e que é a produção de células estaminais a partir uma só celula de embrião, permitindo assim que o embrião continue viável, esta é e repito

A Noticia do Dia

vai ainda demorar tempo até que se tire proveito desta nova tecnologia, mas abre-se aqui uma janela de oportunidade para a Medicina e para a eventual cura de um sem numero de maleitas que nos vêm afligindo.

Vale por agora o alento que tal noticia dá.

JoseSR

Camara de Setubal - a afirmação da genuinidade do produto

A proposito da renuncia de Mandato do Pres. Camara de Setubal, e num artigo na TSF online o Sec. Geral do PCP é citado como tendo dito que " havia a necessidade de novas energias e dinamicas".

Novas energias e dinamicas podem acho eu ser interpretadas como REGENERAÇÃO e vai daí não resisti em a colocar num anagrama e concluir facilmente que nos ultimos 30 anos nada mudou no PCP ( continua a ser o produto genuino), vejamos

A mudança em Setubal no fundo foi feita

Para
Regenerar
Esta
Camara

Ainda bem que há sectores da vida publica que nunca mudam, porque assim pelo menos sabemos o que podemos contar.

JoseSR

O Trambolhão de Plutão

Hoje no site da TSF está a seguinte noticia:

"Plutão perde estatuto de planeta
A Assembleia-geral da União Astronómica Internacional (IAU) decidiu esta quinta-feira, em Praga, retirar a Plutão o seu estatuto de planeta, passando assim a oito o número oficial de planetas do sistema solar
."

É assim o progresso cientifico. Melhoram os telescopios e os metodos de sondar o insondável, encontram-se formas cientificas de demonstrar novas verdades e aqui vai disto.

Demite-se o Plutão, que grande malandro estes anos todos a viver de louros que não lhe pertenciam.

De Planeta a outra coisa qualquer, talvez Lua ou Asteroide ou bola pendurada no modelo.

Mas da fama de Penetra é que já não se livra. Tantos anos e tanta gentinha enganada a ter que memorizar os Planetas do nosso sistema solar.

Eu é que não me lembro se alguma vez tive que responder num exame sobre este assunto, mas se tive e me esqueci do Plutão e por isso a minha nota foi mais baixa, acho que vou pedir revisão da nota.

Fico apenas feliz porque esta decisão não vai permitir que os manuais escolares sejam corrigidos a tempo do novo ano escolar, e por isso os meninos ainda vao lá ter o Plutão ( mas pronto basta só dizer aos meninos que o este é um Pluto - da Disney - mas maior ).

Quanto aos Srs. Astronomos que determinaram o fim do Plutão, para serem coerentes deviam decretar medidas penalizadoras ao dito como seja uma indeminização por "Burla ", ou será que é ao contrario e o pobre do Plutão que nem queria ser planeta foi enganado pelos astronomos ....

Com esta duvida existencial vos deixo até ao próximo Post ( que espero nao mude de nome daqui até lá)

JoseSR

23 agosto 2006

Até um dia destes

Em Junho quando escrevi sobre Medula e dação da mesma, mencionei um colega de trabalho.

Ontem ele morreu.

Tinha conseguido o seu transplante, com medula de um familiar, mas nao foi suficiente. Se nao tivesse feito o transplante o desfecho seria o mesmo ( talvez ha mais tempo).

O transplante não sendo a garantia de cura, é pelo menos mais uma hipotese de vida.

Este episodio, reforça a minha determinação para que cada vez MAIS de entre os que precisam tenham a sua chance.

Até um dia destes .....


JoseSr

22 agosto 2006

Para os que estão ou vão de férias ao Brasil

Queridos Amigões, estou de volta... (!) e já deu para encontrar uma curiosidade que Vos
transcrevo, a partir do sítio brasileiro "Pagina 20 on line"

Aldyr Júnior (E) e Antônio Borges

são os promotores do evento

Maçons promovem Festival de Chopp
Objetivo é arrecadar fundos para obras do templo maçônico e de uma escola profissionalizante
Aldyr Júnior (E) e Antônio Borges são os promotores do evento
Renata Brasileiro


Seis mil litros de chope serão distribuídos pela Maçonaria “Glória do Ocidente” em um festival beneficente que visa a conclusão das obras do templo maçônico e o início da construção de uma escola profissionalizante para os membros do grupo.
Para participar do evento, os interessados devem comprar uma caneca no valor de R$ 20 e, assim, terá acesso livre à Associação dos Empregados da Eletroacre (ASEEL), onde a grande quantidade de chope deverá ser consumida. Segundo os organizadores, não existe limite de consumo, todos poderão beber a quantidade que desejarem, desde que apresentem a caneca – que representa o ingresso – na entrada do clube.
Para acompanhar a bebida, os organizadores confirmaram a comercialização de comidas típicas regionais no ambiente. E para completar a festa, os participantes desfrutarão de sons ao vivo com as bandas locais Terreirão do Samba, Fora de Sério e Pura Inocência. Abrilhantará o evento ainda o cantor e compositor carioca Nego, que é puxador de samba de enredo da Escola de Samba Império Serrano, do Rio de Janeiro.
“Essa é a terceira vez que o festival é realizado pela nossa loja maçônica. O evento é um grande sucesso e estamos com boas expectativas para esta nova edição”, destacou o mestre da loja “Glória sobre Rio Branco”, Antonio Borges de Oliveira.
As canecas estão à venda na Pejon, na Aseel, no Calçadão e no Terminal Urbano de Rio Branco. A terceira edição da festa começa às 15 horas e se estenderá até às 21 horas do dia 2 de setembro.
Segundo Oliveira, o chope será da marca Schincariol. Ele reforçou ainda que a expectativa é que o grupo consiga angariar o máximo de recursos possível para que as obras da loja maçônica, que é a prioridade, sejam concluídas ainda este ano. A loja está sendo construída na rua Liberdade, número 36, bairro Mariana.


Portanto, para os que estão de férias "brasileiras" (ou vão estar...) aqui fica uma sugestão, tragam uma canequinha, tem piada e ajuda os Manos.
Um conselho, bebam o "chopp" com conta, peso e medida ou seja, de forma justa e perfeita.

JPSetúbal

A Co-Incineração e o Caciquismo Local

Ora aqui vai mais uma.

A Camara Municipal de Coimbra no exercicio dos poderes que lhe estão atribuidos aprovou uma Postura Municipal a regulamentar o direito de circulação de matérias e materiais perigosos na freguesia de Souselas.

Acho muito bem que as Camaras Municipais emitam Posturas e outras directivas, e que sejam empenhadas na gestão dos seus municipios e que zelem pelo interesse dos Municipes.

Mas sou franco esta Postura ( o documento) e a postura ( atitude) eu não entendo.

Na verdade o que é regulamentado é que só dentro da freguesia de Souselas é que os Materiais e Matérias são perigosos. Nas outras freguesias do Concelho não.

Bizarra esta forma "cientifico-legal" de determinar a perigosidade das coisas !

Eu cá se fosse da freguesia ao lado da de Souselas, barrava a estrada, fazia greve e invectivava o Sr. Presidente da Camara por acto discriminatorio.

Este o primeiro "pecado" da dita postura.

As verdadeiras razões todos sabemos que são politicas e que o que C. M. Coimbra está a querer fazer é oposição ao Governo. Acho que o está a fazer apenas por dever politico.

Dediquei uns minutos a pesquisar a NET e facilmente encontrei as directivas e normas Europeias e apenas por curiosidade a respectiva transposiçao ( da directiva) para a vida real na Escócia.

http://www.eurits.org/pages/coincineration.asp

http://www.scotland.gov.uk/Publications/2002/08/15285/10401

A Directiva é de 2000 a Escocia transpos em 2002.

Nós em Portugal somos muito melhores, o Governo de Guterres estudou o assunto e Decidiu, o Governo de Barroso (e o desgoverno de Santana Lopes) arrumou o assunto na gaveta, vem agora Sócrates e retoma o assunto.

E a seguir vem um Presidente da Camara com uma Postura ( discriminatoria ) e tenta parar o processo.

E o de Setubal só nao fez a mesma coisa porque anda muito ocupado com outros problemas de reformas de pessoal etc, que lhe vao custar a reforma a ele.

E com isto estamos em 2006 ( quase 2007) e ainda nao fizemos nada. Continuamos a deixar que se acumulem lixos e desperdicios, ou a pagar a terceiros no estrangeiro para fazerem o que nós não fazemos.

Para a Camara Municipal de Coimbra a Co-incineração desde que fora do Municipio, ou no estrangeiro é um bom metodo.....

Como pode este País progredir se mentes brilhantes se dedicam a encontrar formas de meter areia na engrenagem.

Eu cá se mandasse, despedia todos esses "caciques" que pensam que podem manietar o País, e na leva incluia também o Alberto João !!!

JoseSR

Salvé 21 de Agosto !



DIA DE ANOS

Com que então caiu na asneira
de fazer na quinta-feira
vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
de quem tem muito miolo!
Não sei quem foi que me disse
que fez a mesma tolice,
aqui o ano passado...
Agora, o que vem, aposto,
como lhe tomou o gosto,
que faz o mesmo. Coitado!
Não faça tal; porque os anos
que nos trazem? Desenganos
que fazem a gente velho;
faça outra coisa; que, em suma,
não fazer coisa nenhuma,
também lhe não aconselho.
Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
às vezes por brincadeira,
mas depois, se se habitua,
já não tem vontade sua,
e fá-los, queira ou não queira!
João de Deus
Querido Irmão RBandeira, só não tenho a certeza de que sejam "vinte e seis..." nem que seja "quinta-feira" como diz o Poeta, mas para o caso tanto faz.
Todos os Teus Irmãos se juntam para Te homenagear, mesmo os que não sabem..., tenho a certeza !
E para o ano haverá mais, então com maior oportunidade com a referência aos "26"...
JPSetúbal

21 agosto 2006

A Carris e a Electronica

Hoje um dos titulos da imprensa é que a Carris vai abandonar em definitivo os bilhetes em suporte papel e passar a usar um sistema de bilhética electronica.

Há muito que que já não havia Revisor e que os bilhetes não eram furados assinalando a zona de entrada e a zona de saída.

http://bilhetes.no.sapo.pt/carris.htm

( uma pagina fascinante com fotos de todos os bilhetes da Carris - desde sempre )


Há muito que já só havia uma máquina obliteradora e que os "modulos" se chamavam BUC - Bilhete Unico de Coroa ( eu acho que deviam ser Bilhete de Coroa Unica mas a lingua portuguesa é muito traiçoeira ....!!!! ).

E Agora pomposamente passa a haver o cartão " Sete Colinas" que custa 50 cent, e é recarregavel e reutilizavel.

Assim é só passar o cartão na maquina que esta bordo e o passageiro está apto a andar UMA HORA em qualquer transporte da Carris, até o conceito de ZONA e de COROA UNICA acaba.

Por curiosidade simulei no site da Carris um percurso da Praça do Comercio até Telheiras e o tempo de viagem indicado é de 56 Min.

Que acontece se houver um engarrafamento e passar a ser mais que uma hora ? Será que o bom do viajante tem que ir passar o seu cartanito na máquina e comprar mais uma horita de viagem. ?

E no caso do dito viajante morar no Lumiar e lhe apetecer um Pastel de Belém - situaçao que requer um percurso de 81 Min ?

Estas coisas da electronica são muito boas, mas têm que ser muito bem pensadas !!!


Com estas reflexões de "grande profundidade", vos deixo até uma proxima oportunidade

JoseSR