25 maio 2009

Curso de Pós-Graduação em Filosofia e Fundamentação Maçónica - Conclusão

O nosso escriba em pousio, Rui Bandeira, deu aqui noticia em 22/10/2007 e em 16/04/2008 sobre o Curso de Pós-Graduação em Filosofia e Fundamentação Maçónica idealizado pelo Grande Oriente do Estado de Mato Grosso (GOEMT), em parceria com o Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon) e com o Instituto Creatio.

Chega-nos por via electrónica a informação da sua conclusão através do seguinte texto:


"Com muita alegria que escrevo ao irmão para informá-lo de que concluímos o curso de pós "Lato sensu" em Filosofia e Fundamentação Maçônica. Onde chegaram ao final 14 alunos mestres maçons. O que nos deu muita alegria, que fizemos o lançamento de um livro em dois volumes com os artigos das monografias dos formandos. O primeiro volume, foi lançado no XIV Encontro Nacional de Cultura Maçônica, ocorrido em Cuiabá-MT nos dias 17 e 18 de abril. O segundo volume será lançado na cerimônia de entrega dos certificados de pós aos mestres maçons, no dia 20 de agosto na UNIRONDON, com a presença da Reitora e dos três Grãos Mestres, ou seja, do GRANDE ORIENTE DO BRASIL; GRANDES LOJAS DE MATO GROSSO E GRANDE ORIENTE DO ESTAO DE MATO GROSSO. Em anexo a capa do I volume do livro lançado em abril. Desde já nossos agradecimentos, pela palavras publicadas a nós em 2008, que nos serviu de estimulo a continuar e concluir este curso.

S.'.F.'.U.'..
TFA. Ir.'. Medson Janer da Silva.
Coordenador do Curso."

Queremos concelebrar com os nossos Irmãos de Além Atlantico este sucesso com o nosso aplauso apropriado.


José Ruah



22 maio 2009

Como falamos a democracia?

Sou um amante de África !
Quando aos 20 e poucos anos desembarquei em Luanda e fui a correr beber, pela primeira vez na vida, uma Coca-Cola (no Portugal da Europa era proíbido comercializar a Coca-Cola e mais todas as outras "colas") fiquei apanhado.
Foi assim uma espécie de "tiro e queda" cuja explicação só é localizável no conceito de espaço, naquele momento completamente pulverizado.
Entendi de repente que um "metro" é muitissimo "mais comprido" do que eu tinha percebido antes. O conceito de distância era outro, e recebi por essa via um valente e violento soco mental que me fez alterar por completo a visão do mundo.

Não sei se me orgulho disto.

A constatação da "saloíce" bacoca que antes enchia a minha visão do mundo não me parece que possa constituir exatamente uma glória. Mas era assim e portanto não há volta a dar-lhe.
Terá sido então esse choque que me fez apaixonado por aquela terra ?
Agora penso que sim, embora encontre várias outras razões complementares que ajudaram à festa.
O clima é outro componente. A forma de relacionamento aberto entre as pessoas, totalmente diferente da mesquinhez continental é ainda outro a ajudar à paixão. A não utilização de dinheiro inferior a um escudo (os "tostões" não interessavam a ninguém, não valia a pena gastar tempo a contá-los !) também ajudou.


Para quem não saiba o que é isso dos "tostões" adianto que foram, na época, os "cêntimos" atuais. Portanto o que acontecia naquela terra supostamente atrasada, existente num continente supostamente atrasadíssimo (era a ideia ensinada no continente), era que tudo se passava a uma dimensão 100 vezes maior. A unidade mais pequena, lá, valia 100 vezes mais do que a unidade mais pequena do pequeno Portugal europeu.


Esta ideia não foi materializada de imediato mas foi esta a realidade encontrada.
Bem, toda esta explicação para explicar uma paixão... como se as paixões tivessem explicação.

Burro ! Não melhorei nada !!!


Finalmente, como apaixonado por África vou lendo e contactando tudo o que as oportunidades do dia-dia me vão permitindo. Foi assim que apanhei este texto de Mia Couto, curiosamente no dia a seguir a tê-lo encontrado e trocado uma conversa breve com ele, numa passadinha que deu pela Malaposta onde foi ver a apresentação local de "Chuva pasmada", coisa assim a modos que uma autobiografia de criança, conforme me disse que era.

E porque em textos anteriores "brinquei" um pouco com a lingua portuguesa (lembram-se do "bilinguismo" e da "iberofonia" ? Vão lá atrás meia dúzia de textos e verão) encontrei neste comentário do Mia Couto uma aproximação curiosa da ideia central que o tal de Roberto Moreno apresenta no seu conceito de "geolíngua".
Repare-se que um é moçambicano e outro brasileiro e não tenho qualquer indicação de que se conheçam.
Desde logo são personalidades de tal forma diferentes que há mesmo uma forte probabilidade de não saberem um do outro.

Aqui Vos deixo para se entreterem:


Como falamos a democracia?


Os nacionalistas africanos não ficaram à espera que um vocabulário apropriado nascesse nas línguas maternas dos seus países.

Na bela cidade de Durban, falávamos eu e outros escritores africanos da surpresa do modo como, no Zimbabwe, tantos ainda apoiam Robert Mugabe. Havia, no grupo, escritores de vários países de África. Aproveitámos o que melhor há nas conferências literárias: os intervalos.

A nossa perplexidade não se limitava ao caso zimbabweano. Como é que povos inteiros, em outras nações, se acomodaram perante dirigentes corruptos e venais. De onde nasce tanta resignação?

Uma das razões dessa aceitação reside na forma como as línguas se relacionam com conceitos políticos da modernidade. Por exemplo, um zimbabweano rural designa os seus líderes nacionais como entidades divinizadas, fora das contingências da História e longe da vontade dos súbditos. O mesmo se passa em quase todas as línguas bantus.

A questão pode ser assim formulada:
- Como pensar a democracia numa língua em que não existe a palavra «democracia»?
- Num idioma em que «Presidente» se diz «Deus»?

Nas línguas do Sul de Moçambique, o termo para designar o chefe de Estado é «hossi».
Essa mesma palavra designa também as entidades divinas na forma dos espíritos dos antepassados, traduzindo uma sociedade em que não há separação da esfera religiosa. Parece uma questão de ordem linguística. Não é.

Trata-se do modo como se organizam as percepções e as representações que uma sociedade constrói sobre si mesma. A sacralização do poder não pode casar com regimes em que se supõe que os líderes são escolhidos por livre votação, numa sociedade em que os súbditos se convertem em cidadãos.

Esse assunto escapa muitas vezes a quem se especializou em organizar seminários sobre cidadania e modernidade em África. A problemática política é vista, quase sempre, na sua dimensão institucional, exterior à intimidade dos cidadãos. Quando o participante do seminário explicar à sua comunidade o conteúdo dos debates usará a sua língua materna. E sempre que se referir ao Presidente ele fará uso do termo «deus».

Como pedir uma atitude de mudança nestas circunstâncias?
O que se pode fazer?
Será que os falantes destas línguas estão condenados à imobilidade por causa desta inércia linguística?

Na realidade, existem tensões entre a lógica interna de algumas destas línguas e a dinâmica social. Estas tensões não são novas e sempre foram resolvidas a favor da adaptação criativa e da criação de futuro.
Já no passado, as culturas africanas (e todas as outras em todos os continentes) tiveram que se moldar e se reajustar perante aquilo que surgia como novidade.

Eu mesmo testemunhei o modo veloz como as línguas moçambicanas se municiaram de instrumentos novos, roubando e apropriando-se de termos não próprios. Com o uso generalizado esses termos acabaram indigenizando-se. Sem drama linguístico, sem apoio de academias nem de acordos ortográficos os falantes dessas línguas «pediram» de empréstimo palavras de outros idiomas.
Moçambique é, nesse domínio, um caldeirão dessas mestiçagens.
Os nacionalistas africanos não ficaram à espera que um vocabulário apropriado nascesse nas línguas maternas dos seus países. Eles começaram a luta e essa mesma dinâmica contaminou (mesmo com uso de termos e discursos inteiros em português) as restantes línguas locais.

Tudo isto nos traz a convicção do seguinte: a capacidade de questionar o presente necessita de língua portadora de futuro. A necessidade de sermos do nosso tempo e do nosso mundo exige línguas abertas ao cosmopolitismo.
África – tantas vezes pensada como morando no passado – já está vivendo no futuro no que respeita à condição linguística: quase todos africanos são multilingues. Essa disponibilidade é uma marca de modernidade vital.

O destino da nossa espécie é que cada pessoa seja a humanidade toda inteira.

(Crónica de Mia Couto, escritor moçambicano, publicada na edição de Abril da revista África 21 )

Como viram aqui está outro defensor do bilinguísmo sendo que, para mim, este é bem mais representativo.

Mas de facto há uma enorme aproximação no conceito base.

JPSetúbal

21 maio 2009

Antecipação do "fim de semana"

Desta vez por arranjo editorial temos a coisinha leve do fim de semana com um dia de avanço.
Assim trago esta semana um curioso exercício musical provando que os pés não servem só para andar ou chutar a bola.
São capazes de muitas e brilhantes atuações musicais. Só precisam do instrumento adequado.

Ao fim e ao cabo nada que não aconteça com os outros "artistas", desde que o instrumento seja adequado... até eu toco bem as campaínhas das portas !


Vejam, ouçam e divirtam-se.

Eu não disse que com os pés era fácil ?


JPSetúbal


19 maio 2009

Volume da Lei Sagrada

Num dos comentários ao post Indiferença entre semelhanca e diferença o nosso leitor JPA deixou a seguinte questão, todavia precedida ainda de uma consideração sobre o abandono de irmãos.


"No final do Ritual de Iniciação, o Neófito, faz o seu juramento sobre o VSL. Como escolhem o Livro, se o candidato acreditar sómente no GADU?"

Comecemos pelo assunto mais antigo e que tem a ver com abandonos.

As razões do abandono são distintas consoante ele se produz enquanto aprendiz / companheiro ou já como mestre.

Nos primeiros casos devem-se essencialmente a uma desadequação entre as expectativas e a realidade, e nisso as responsabilidades podem ter várias origens, nomeadamente o perfil, ou o padrinho nao ter explicado correctamente o que era a Ordem, a expectativa quanto ao tipo de trabalho feito, entre outras,

Quando o abandono se dá já enquanto mestre aí as razões tendem a ser resultantes de diferendos, ou muitas vezes apenas de mal entendidos.

Vamos então agora à pergunta de hoje.

A iniciação em si é o culminar de um processo pelo qual um profano se torna maçon. Este processo que dura alguns meses, ou mesmo anos, o processo mais longo que conheço durou 9 anos não necessariamente de conversas mas desde o momento em que houve um primeiro convite, inqueritos, pausa, relançamento do convite, novos inqueritos e finalmente iniciação.

Este processo longo e tentativamente exaustivo permite o conhecimento do profano a iniciar, permite saber das suas crenças, e dos seus desejos.

As Lojas referem sempre o livro como Volume da Lei Sagrada e não como Biblia, Corão, Torá, Bhagavad Gita, etc. Esta generalização permite uma maior abrangencia.

As Lojas não estão obrigadas a ter um exemplar de cada um dos Livros da Lei Sagrada, aliás nalgumas grandes Lojas o unico volume que existe é o Volume da Lei Sagrada editado pela propria Grande Loja e com fim unico de se ser usado nas Lojas.

Nestes casos os candidatos são informados que é assim que está determinado e é-lhes perguntado se isso lhes causa algum problema. Mas mesmo nestes casos nada obriga a que só haja um VLS em Loja



Noutras Grandes Lojas não há um livro unico e as Lojas podem escolher qual o que usam, ou mesmo quais os que usam.



Há assim um grau de liberdade para cada Loja, no que ao VLS diz respeito.

Todavia a pergunta tem mais uma pertinencia, e que é o facto de o candidato sendo crente no Grande Arquitecto, não reconhecer como Volume da Lei Sagrada nenhum dos propostos.
Temos aqui tres soluções:
O Candidato indica o livro que pretende, este é avaliado pela Loja, que deverá contudo solicitar um parecer à Grande Loja, e se tudo estiver certo a cerimonia é feita.
O Candidato aceita prestar os seus juramentos sobre o(s) livro(s) existentes na Loja e o problema deixa de existir.
O Candidato não apresenta alternativa e não aceita o(s) VSL(s) existentes. Caso em que a decisão da Loja só pode ser a de terminar o processo e não proceder à iniciação.
Ao longo dos quase 18 anos que estou na Maçonaria, e tendo assistido a centenas de iniciações directamente, e por via indirecta saber de todas as que acontecem - quanto mais não seja porque nada soube sobre elas o que quer dizer que correram sem problemas - não tenho noticia que similar problema se tenha posto alguma vez.


José Ruah

A primeira Sessão

Por “sornice” (50%), por dificuldade de tempo (50%), por falta de disposição (50%) e por falta de outras coisas (50%), ainda não trouxe ao blogue as minhas últimas notícias da Madeira relacionadas com os nossos Irmãos da nova Loja João Gonçalves Zarco.

(Vejam só em que estado anda a minha matemática. Façam as contas… 200%.
Não tenho desculpa !)

O que tenho para Vos trazer, e não tenho saber nem engenho para reproduzir com o realismo que gostaria, é a 1ª sessão ordinária desta nova loja a Oriente do Funchal.
Dei-Vos em momento oportuno uma ideia do que foram os trabalhos do levantamento de colunas da R. Loja João Gonçalves Zarco e as impressões que as cerimónias me deixaram.
Acontece que entretanto tive a possibilidade adicional de acompanhar os nossos Irmãos madeirenses na 1ª sessão da Loja e isso é mais um momento que ficará no meu espírito para sempre, dure esse “sempre” aquilo que durar.
Foi outra oportunidade única.
Como é natural uma 1ª sessão absoluta, tem de ser uma sessão de organização, de aferição das funções dos Irmãos e do funcionamento da Loja, de treino do ritual indispensável.
Há dúvidas, há hesitações que é necessário esclarecer, há arestas para limar.
Obviamente foi isso que aconteceu e o VM tomou as suas decisões, fez a formação necessária, tratou do enquadramento dos cargos e das funções, deixou o regulamento interno da Loja como grande orientador de todo o funcionamento futuro.

As instalações são exemplares em termos de adequação à função de Templo Maçónico. Infelizmente estão muito degradadas, e os nossos Irmãos vão ter muito que trabalhar (e que pagar…) para tornar aquelas instalações verdadeiramente apropriadas às sessões da Loja.
A instalação elétrica precisa de ser cuidadosamente revista antes de ser ativada e esse facto teve uma consequência. Mesmo tendo iniciado a sessão bem cedo, com muito dia pela frente, os últimos atos foram já cumpridos à luz das velas.
Apeteceu-me comparar, e tive a oportunidade de o fazer, os trabalhos que ali decorriam com os trabalhos de construção do Templo de Salomão.
É que por lá também não havia eletricidade e após o Pôr do Sol a iluminação possível teria de corresponder a algo semelhante ao que ali tivemos.
Participei numa das Cadeias de União mais emocionantes da minha existência maçónica.

Votos de longa vida e uma existência justa e perfeita para a nova Loja João Gonçalves Zarco.
JPSetúbal

18 maio 2009

Reconhecimento Publico


Do nosso leitor José Restolho recebi as seguintes questões ainda no ambito do "desafio" pergunta resposta 2009.

"Para começar gostaria de subscrever o comentário do Nuno_R em relação ao livro que insinua que Oliveira Salazar era maçon. Parece-me algo despropositado e sem sentido dado que ele perseguiu os maçons. Em relação à parte de o livro mencionar partes dos ritos do REAA, deixo esta pergunta: Será errado dizer que a descrição de um rito maçónico, quando este não é vivenciado é como se apenas descrevesse uma encenação
+/- teatral, tal como quando nas artes marciais se executa um Kata
(sequência de movimentos que simulam um ou vários combates) se não for sentido, não passa de uma mera coreografia vazia e desprovida de sentido?

Mas passemos então à questão que eu gostaria de pôr. Segundo li no livro "Freemasons at work", um M:. M:. reconhece outro executando os cinco pontos de fraternidade. Pela descrição que li, não me parece que seja algo que passe despercebida à outra pessoa, sendo ela maçon ou não. Se a suspeita em relação a essa pessoa estiver errada não será um pouco embaraçoso??? Eu sei que esta não é das questões mais brilhantes que se poderia colocar, mas ainda assim foi algo que me deixou extremamente curioso."

Com relação ao livro sobre Salazar devo informar que não o li pelo que não posso comentar sobre o que o autor escreveu. Por maioria de razão também não posso ajuizar sobre as descrições feitas acerca de rituais.
Os livros de maçonaria descrevem muitas vezes os rituais, sendo inclusivamente uma fonte de aprendizagem. Estes livros acessíveis nas livrarias e bibliotecas, fazem com que o segredo seja algo relativo e sobretudo algo que neste blog já deu azo a trocas de opinião.
Da mesma maneira que se pode ler uma peça teatral e assistir à sua representação, assim acontece nos rituais. A vivência é uma parte importante.

Quanto ao reconhecimento.

Há reconhecimento e reconhecimento.

O que quero dizer é que há múltiplas formas de reconhecimento entre os maçons. Umas são praticáveis ao “ ar livre” e outras apenas a coberto. Ou seja umas são mais discretas que outras.
Nesse sentido a forma de reconhecimento de que fala é apenas usada a coberto e depois de respeitados alguns pontos prévios.

O reconhecimento publico é sempre difícil e complicado, podendo de facto o outro ao não ser maçon não perceber, mas como não percebeu também não entendeu que se tratava de uma tentativa de reconhecimento. Se percebeu e respondeu então o reconhecimento mutuo fica feito.

A partir daí há que explorar mais um pouco para se poder perceber a que obediência pertence e qual o grau que diz ter.

Publicamente o processo não passará de muito mais do que isto. As formas públicas de reconhecimento assentam em pequenos toques ou sinais, ou mesmo na utilização de um determinado tipo de vocabulário, inserido na conversa tida.
No entanto quando um maçon pretende visitar uma Loja, e não é conhecido por ninguém dessa mesma Loja, situação que acontece com frequência em visitas no estrangeiro, então o processo de reconhecimento é distinto.

Não se pretende saber se quem está em frente de nós é maçon, pretende-se também ter a certeza que o grau que diz ter corresponde à verdade, pelo que é função do Guarda Interno verificar o visitante, solicitando-lhe que se faça reconhecer nos 1º, 2º e 3º graus de forma sucessiva.

Compreenderá certamente (aliás compreenderão quase todos os leitores) que não entrarei em detalhes sobre as formas sucessivas de reconhecimento, mas elas permitem com um grau de confiança importante, e sobretudo porque com elas deverão existir documentos, como sejam o passaporte maçónico, cartão de membro, documento da Loja mãe, que corroborem que quem está perante nós é maçon de uma obediência reconhecida e tem o grau que diz ter.

Isto tudo para dizer que os maçons não andam aí pelo meio da rua a fazer figuras estranhas para tentar reconhecer / ser reconhecidos como tal.
José Ruah

15 maio 2009

Amor !

Não sei o que Vos possa dizer relacionado com as imagens que aí vão.

Quando me entraram pelo mail fiquei estupefacto sem perceber muito bem se era brincadeira ou a sério.
Pois bem, é a sério !!!

Esta "história aos quadradinhos" trazia como título "Amor". Mantenho-o por não encontrar nada melhor !
Só que para além do Amor há aqui muito (muitíssimo) de solidariedade, persistência, doação ao outro e sei lá que mais.
O ser humano tem capacidades que, dizem alguns, são inesgotáveis.
Não sei se são ou não inesgotáveis, mas que por vezes parecem sê-lo, isso não há dúvida.

Pelo menos para alguns !

Este exemplo de QUERER, de FORÇA e de ALEGRIA está para além daquilo que a imaginação média consegue alcançar.

Vejam e apreciem. Já agora um exercício especial para o fim de semana:
- Experimentem imaginar-se na mesma situação. Como seria ?



































Imaginem só que estas imagens faziam escola e as relações humanas agarravam o exemplo.
Mundo bom, hein...
Façamos então por isso. Para além do mais, é essa a nossa obrigação.
Tenham um bom fim de semana.
JPSetúbal

14 maio 2009

Indiferença entre semelhança e diferença

O nosso leitor e comentarista JPA deixou a seguinte pergunta.

"Sendo a Loja formada por irmãos com diferentes formações e interesses, não leva a que uns fiquem aquém do trabalho em loja, i.e. não atinjam os objectivos, e outros achem os objectivos curtos, i.e. pouco para eles. E se tal acontece, não pode levar ao abandono quer de uns quer de outros?"


Permito-me começar a responder com uma nova pergunta :

Sendo a Loja formada por irmãos com semelhantes formações e interesses, não leva a que uns fiquem aquém do trabalho em loja, i.e. não atinjam os objectivos, e outros achem os objectivos curtos, i.e. pouco para eles. E se tal acontece, não pode levar ao abandono quer de uns quer de outros?


Todos os homens são diferentes, e isto independentemente da sua formação. A capacidade de trabalho, não está em meu entender ligada à formação ou aos interesses, é algo intrínseco e logo cada um tem a sua capacidade, velocidade, empenho.

Uma Loja deve sempre tentar ter objectivos de grupo. Estes sim deverão ser atingidos, e é através destes que os membros individualmente se vão melhorando.

Quero com isto dizer que o abandono tem pouco a ver com a formação ou interesses de base, mas muito a ver com a vontade de cada pessoa, ou às vezes por situações conflituantes. Os abandonos também se devem em parte a “erros de casting” ou seja pessoas que foram iniciadas mas que não o deveriam ter sido.

Finalmente, em minha opinião, creio que é mais vantajoso para a Maçonaria que as Lojas tenham pessoas com formações e interesses diferentes pois isso obriga-os a encontrar as pontes que os unem e não quando todos são por exemplo advogados, onde cada um tentará sobressair face aos outros.

Aqui fico a aguardar mais perguntas.


José Ruah

13 maio 2009

Abriu a caça aos Pirilampos...


Como de costume Maio é o mês do Pirilampo, e 2009 não foge à regra.
Desde o fim de semana passado que o Pirilampo anda por aí… desejoso de ser apanhado para poder iluminar muitos seres que ainda vivem na penumbra.
O tempo é de dificuldades, todos sabemos, mas os portugueses são solidários, também sabemos. E não é publicidade eleitoral, não !
É comprovadamente assim desde há séculos. Já assim foi nas deambulações pelo mundo que os portugueses tiveram ao longo de muitos séculos.
Não há razão para duvidar dessa característica que é bem portuguesa.
Pois bem, vamos todos à caça do Pirilampo Mágico. Se só pudermos caçar um, pois que seja, mas se for possível 2 ou 3, melhor será !
Mas não desperdicemos a oportunidade de dar uma ajuda às “crianças com limitações” que as Cerci’s apoiam.
Esta campanha anual é fundamental para a sobrevivência destas organizações, constituindo um dos pouquíssimos meios de financiamento de que dispõem.
Não recusemos a ajuda às Cerci’s e às suas crianças.

Áh… e não esqueçam os “pinos” ! Também existem e este ano são lindos. Ponham-nos na lapela, ou na blusa, ou na camisa, ou… onde quiserem. Mas comprem e usem-nos.

E o Pirilampo é lindo… Já viram ? Bem na côr da moda !!!
JPSetúbal

12 maio 2009

Leçon d'un Maitre à son Apprenti - II


Mon Très Cher Frère,

Cette cérémonie, dont tu fus l’acteur principal, a fait de toi un Initié.

Cette initiation a débuté lorsque tu étais seul, face à toi-même, dans le cabinet de réflexion. Nous t’avons ensuite révélé une partie de nos savoirs car nous t’avons jugé digne de les recevoir.

Nous avons décelé en toi, lors de ton passage sous le bandeau, l’aptitude nécessaire pour te joindre à nous. Nous t’avons donc initié.

Que signifie le mot « initiation » ? Il vient du latin initiatio et on peut lui donner la signification de « commencer ». Tu laisses derrière toi ta vie profane pour commencer ta vie de Maçon.

L’initiation est seulement la première étape sur la route qui te mènera, si tu en as les capacités, vers la lumière. C’est la restauration de ton état édénique, te replaçant dans un état d'innocence primitif. Il te reste tout à apprendre.

A partir de cet instant, tu vas progresser dans ton émancipation personnelle et spirituelle aidé, pour cela, de tes Maîtres qui seront attentifs à l’application que tu apporteras dans l’exécution des travaux qui te seront confiés.

Ainsi, au fil de ta compréhension des enseignements ésotériques du degré auquel tu appartiens, celui d’apprenti, tu chemineras progressivement d’étape en étape jusqu'à obtenir l'équivalent du degré de ton maître, voire de le dépasser. C’est tout le mal que nous te souhaitons.

Je parle de l’ésotérisme car c’est ainsi que l’on dénomme l’enseignement que nous allons te prodiguer au sein de cette Respectable Loge.

L’ésotérisme fait usage de symboles, qui sont nombreux et divers dans la pratique de l’Art Royal qu’est la Maçonnerie, que tu auras l’occasion de découvrir auprès de celui qui aura la charge de ton enseignement, notre frère Second Surveillant.

Tu vas être confronté à des mots, à des objets, à des attitudes qui ont tous une signification particulière. Tout est symbole et rien n’est le fruit du hasard.

- Apprends ces mot et comprends les puisqu’un jour, tu pourras les prononcer ;
- Sois attentif lorsque tes Frères manient les objets car tu auras, toi aussi, à les utiliser plus tard ;
- Observe nos gestes et nos attitudes en Loge, tu devras toujours t’y conformer.

Une seule recommandation : ouvre tes yeux et tes oreilles mais, et ne l’oublies jamais, ce que tu vois et ce que tu entends ici ne peut, et en aucun cas, franchir la porte de ce Temple.

Bienvenue, mon Très Cher Frère, nous sommes heureux et fiers de t’accueillir parmi nous.
Jean-Pierre Grassi

11 maio 2009

Geminação


As Geminações são um instrumento de extrema importância para facilitar a aproximação entre os maçons e entre lojas maçónicas de diferentes países.

Hoje é um dia de festa para a R:.L:. Mestre Affonso Domingues, já que teve lugar a cerimónia de geminação com a Lodge Hippokrates, Loja Regular da Gross Loge von Österreich, A:. F:. A:. M:. (Grande Loja dos Maçons Antigos e Aceites da Áustria) a Oriente de Viena de Austria.

Para o efeito, deslocaram-se a Portugal cerca de uma dezena de Irmãos, tendo sido celebrada uma sessão conjunta, na qual foi efectuada a geminação entre as duas lojas.

Foi realmente interessante ver dois Ritos (REAA e Schröder), com claras diferenças, a interagir juntos.

Com esta cerimónia, a R:. L:. Mestre Affonso Domingues reforça a sua vertente de abertura ao exterior, vindo esta geminação juntar-se às outras duas oportunamente feitas:

  • R:.L:. Fraternidade Atlântica, N.º 1267 da Province de Bineau da Grande Loge Nationale Française
  • R:.L:. Rigor, N.º 57, a Oriente de Bragança, da GLLP / GLRP.
A sessão foi seguida por um jantar na qual estiveram presentes elementos das duas Lojas, tendo sido feita a entrega de diplomas alusivos ao acto.

A Maçonaria está de parabens.

08 maio 2009

As 6.ªs da música, com Silêncio...

De verdade podemos começar a anunciar uma rubrica regular, tal como nas programações da rádio ou da TV.

Já que tenho dedicado parte das últimas 6.ªs feiras à música, hoje resolvi chamar-lhe isso mesmo.

Como diria qualquer apresentador:

- Senhoras e senhores, preparem-se porque vamos ouvir um som do outro mundo...

Não acreditem. É mesmo deste mundo, mas para quem não conheça ainda o vídeo certamente irá repeti-lo, repeti-lo, repeti-lo...

A míuda é sensacional !



Pronto, já está, já podem respirar !

É assim que se ensina o que é "deixar os metais à porta do Templo"...

Aí está ! A simplicidade do que é bom, mesmo.

Bom fim de semana.

(Vá lá, oiçam outra vez...)

JPSetúbal

07 maio 2009

Shake Some Hands


I want to thank my brothers of the Grande Loja Legal de Portugal who write the blog “A Partir Pedra” for allowing me this opportunity to write an article for their magnificent site.

My name is Nick Johnson and I am a brother from the Grand Lodge of Minnesota, AF & AM. I am the Senior Warden of my Lodge, Corinthian Lodge #67, yet I am still very much a neophyte in my Masonic journey as I am 26 years and have been a Freemason for a little over three years.

The topic on which I will focus is visitation and how important it is in a Mason’s life and how often it is ignored.

In Minnesota, we follow the Ancient Landmarks of Freemasonry which have been codified in our Grand Lodge regulations of which one of them is the right to travel. (“That to visit Masonicly is an inherent right of Masons, but no visitor shall be received into a Lodge if any member present objects.” §C2.03(8)) I have always been of the opinion that our Craft arose from the cathedral builders of Europe and the secret traditions that they carried from city to city as they traveled to find work. Our ancient brethren who practiced both operative and speculative Masonry needed this right to find work. These Fellow Craft Masons were cared for by their brothers and given a chance to practice their Craft in any place they found themselves.

I can only imagine the welcome that these brothers would receive in places that spoke different dialects or languages yet carried the same secret knowledge that allowed them to be received as brothers. Sadly, this tradition has become rather forgotten in many places of my state and many Grand Lodge jurisdictions throughout the world. The desire to travel has now become the province of Grand Lodge officers and maybe few adventurous souls. Therefore, I propose a challenge: get out and shake some hands.

In this fast moving age of information, we have the tools to find Lodges located in nearly all Grand Lodge jurisdictions on this planet. The only major challenge is the willingness to leave the comfortable confines of a brother’s Mother Lodge. Yes, it is true; it’s really cozy in the Lodge Room and yes, there is nothing better than snuggling into one of those sideline chairs, listening to the calming humdrum of Lodge life, ultimately leading down the dimly lit cave to Morpheus’ ebony bed. Zzzzz… Hrmph… Sorry, I drifted off there thinking about it. We cannot fall into the trap of thinking that the only Masonic life that we have is our local Mother Lodge, Appendant Body, or Shrine Club. We can and should join the greater Masonic world.

The Masonic world is huge. My Grand Lodge sent a contingent of brothers to Cuba to meet brothers in that country for fellowship and humanitarian relief. We have made an unbreakable connection with those brothers because of this visit. At the MN Grand Lodge Annual Communication, we got to hear the proposed recognition of different Grand Lodges in other parts of the world. I have never been to Mexico, nor have I been to any of the other places that my Grand Lodge has recognized yet I felt closer to those countries than I could have ever been before. I have been truly fortunate to have visited Lodges near me and it has been a treat. I have always been received warmly. I have also been fortunate to have brothers from other Lodges visit my Lodge.

Here is my proposal for all Masonic Officers: create a Masonic Ambassador program. It’s our duty to make friends with the officers of the other Lodges in our jurisdiction and abroad. We can absorb their ideas and take their advice and put it into practice. If a Lodge meets on the same day as yours, create a Lodge Exchange program where half of the brothers of one Lodge visit a different Lodge and vice versa. Promoting inter-Lodge fellowship can promote the exchange of ideas and, in my opinion, lead to the improvement of the overall Masonic experience of everyone.

Even if we cannot meet brothers in physical Lodges due to distances, it is still possible to meet brothers through the “magic” of Internet (I’ve heard that it involves spells cast by the Google guys.). I am a blogger, and through my experiences writing my own site, I have made many new friends that I probably would have never made otherwise. Facebook and Myspace, or in other parts of the world, Bebo or Orkut, has aided in helping brothers meet. There is even a Masonic social networking site called Masonic Planet dedicated to bringing Freemasons and OES members together. We now have the tools to connect to any brother in the world. Even if we can’t extend our hand physically to another brother online, we can still extend our figurative hand and make those meaningful connections.

This paper represents my shaking of the hands of the brothers of “A Partir Pedra” and I want to thank them for this opportunity. Our world is getting smaller. The universal aspects of Freemasonry give us an edge over many other organizations in promoting global perspectives. We are not a national organization but an international movement to promote the brotherhood of man under the fatherhood of G-d.

Nick Johnson
nota: Nick Johnson escreve no blog The Millennial Freemason

06 maio 2009

Grande Loja - o novo Sitio da Internet


Entrou em linha ( online) anteontem o novo sitio da Internet da Grande Loja. Os "nossos" Rui Bandeira e A. Jorge, quais abelhinhas, andaram no passado mês a preparar a coisa, mais ou menos em segredo.

O resultado está à vista AQUI, e o melhor mesmo é que os nossos leitores passem por lá e digam de sua justiça, porque nós aqui somos um pouco parciais, porque do Rui e do A.Jorge conhecemos bem o trabalho e a capacidade.

Temos para nós a ideia que por trás desta nova fase está um conceito de comunicação bem mais vasto e estruturado, mas o Grande Correio Mor Rui Bandeira terá sempre a última palavra.

Os nossos votos de sucesso nesta nova fase são o minimo que podemos deixar aqui.

Os Editores do A Partir Pedra

05 maio 2009

Salvé 2/5/2009


Afinal a frase mais ou menos anedótica do “já chegámos à Madeira…” desta vez aplica-se
na perfeição.
Na verdade já chegámos à Madeira.

A 2 de Maio levantou colunas uma nova Loja Maçónica Regular.

Com a presença do Grão-Mestre da GLLP/GLRP, de Grandes-Oficiais e de Mestres da R.L. Mestre Affonso Domingues levantou colunas na Madeira, a Oriente do Funchal, a Respeitável Loja João Gonçalves Zarco, n.º71.

Sendo um sonho antigo foi finalmente possível reunir as condições necessárias a que a Maçonaria Regular pudesse ter representação portuguesa na Madeira, pela 1ª vez, e com a concordância expressa da autoridade autonómica.
De facto têm funcionado na Madeira Lojas Maçónicas sob obediência inglesa, mas nunca houve qualquer Loja de origem exclusivamente portuguesa.
Frequentemente temos sido procurados por turistas, de todas as nacionalidades, procurando por uma Loja Maçónica na Madeira já que na sua passagem pela ilha gostariam de contactar Irmãos portugueses. Pois a partir de agora já será possível indicar a RL João Gonçalves Zarco. Finalmente.

É mais uma pedra de grande alegria e orgulho para a Mestre Affonso Domingues ser origem e dar apoio ao nascimento de mais uma Loja da GLLP/GLRP.

Estou a pôr estas linhas em ordem ainda sob a emoção dos momentos vividos com os nossos Irmãos que na Madeira irão ficar a dar testemunho do trabalho da Maçonaria Portuguesa.
Todas as cerimónias, e foram várias, decorreram em ambiente de grande fraternidade, alegre fraternidade diga-se, já que tanto o MR Grão-Mestre como os que o acompanharam não são gente para deixar a alegria à porta do Templo.

Também, e como acontece com alguma frequência entre nós, os procedimentos rituais foram “ajustados” às emoções que se soltaram, pelo que as quase 4 horas que os trabalhos demoraram foram passadas como apenas 5 minutos, não fosse essa outra “emoção”, a interna, começar a reclamar pela feijoada.

Belíssima cerimónia que ficará como um marco inesquecível para a memória de todos os presentes.

Como comentário final destas linhas o voto de que os Irmãos madeirenses consigam, de facto, pôr em prática os princípios que orientam a maçonaria Regular a que pertencem e que a Fraternidade que anunciam seja o cimento agregador entre todos (TODOS) os Irmãos que agora tiveram a oportunidade histórica de fazer o levantamento da Loja n.º 71, a Oriente do Funchal, sob a obediência da GLLP/GLRP, Respeitável Loja João Gonçalves Zarco.
(As fotos são de Acácias em flôr, tiradas Madeira, na levada de S.João de Latrão)
JPSetúbal

04 maio 2009

Tomato , To-mah-to

TOMATO, TO-MAH-TO; Shibboleths Beyond the Craft
By Michael A. Halleran,
M:.M:. Emporia Lodge No. 12, Emporia, Kansas, USA.


That sore battle, when so many died
Without reprieve, adjudged to death
For want of well pronouncing Shibboleth.
--John Milton



A shibboleth is defined as any word, or indeed any usage of language, that identifies one’s region of origin or identifies one as a member of a group. For Freemasons, the concept of shibboleth is important. It forms a part of our rituals, and our fellows are taught about an historical occurrence in which the use of shibboleths originated. In actuality, it is very likely that shibboleths of some kind have been in use since the dawn of Man, but certainly the story found in Judges must be one of the first recordings of the practice. In our order, the newly admitted fellow is told of the story, but he is never told why it is important and is simply left to ponder the significance of the term, and indeed, of the event.

Jephthah's shibboleth is by no means the only example we encounter of these verbal tests. In my particular corner of the world, the North American state of Kansas, the word “rural” is a shibboleth of sorts and if one pronounces it by dropping the middle “r” and ignoring the last syllable – rendering it as “rule” – one proclaims himself a true Western Kansas man, and not at all an Eastern Kansas fop. There are many examples of these harmless shibboleths and our daily lives are full of them.

More ominous, however, are the military applications of test-language, and more often than not they are used, as Jephthah used them, to determine life or death. A few examples:
In 1002, Saxons tested Danes with the phrase “Chichester Church,” a phrase which certainly would have excluded Americans, as well. In 1282 the Sicilians revolted against the occupying French, and many French men-at-arms were murdered. The Sicilians used the local word for “chick pea” (cicera) as the test word, as it was difficult for the French to properly pronounce it.

In the early years of the 16th Century, the Netherlands were embroiled in fierce factional fighting between various warlords, bandits and foreign troops. One of these warrior chiefs was a Frisian strongman named Piers Gerlofs Donia. According to legend, his soldiers used the shibboleth "Bûter, brea, en griene tsiis; wa't dat net sizze kin, is gjin oprjochte Fries", ("Butter, bread, and green cheese, whoever can't say that is no sincere Fries"). The phrase worked as a shibboleth between the Dutch, German and Frisian pronunciations of "butter, bread, and green cheese." In Frisian, these sound like our English pronunciation. But the Dutch would say "Boter, brood, en groene kaas", while the German would pronounce it “Butter, Brot und grüner Käse.” The wrong answer meant no green cheese for you and quite possibly a pole ax to the head.

There are several examples of the practical use of shibboleths among the Arabs. In 1840 Ibrahim Pasha, commander of Egyptian rebels fighting against Turkish rule gathered his forces, many of them Syrians, who were press-ganged to join the rebels. Ibrahim Pasha fought the Turks in the Lebanon, and he was successful at first. However, with the assistance of British, French and Russian naval forces, the Turks put Ibrahim Pasha to flight.


He turned about and retreated, coming down through Aleppo and Damascus and crossing the Jordan at the same fords that the Ephraimites had crossed, and met with such disaster in mispronouncing a word. Now, in all retreating armies there are stragglers, and many of them. As I have intimated, the Syrians hated the Egyptians, and when the soldiers, the stragglers, came to the ford the Syrians would ask them: "Are you a Shami (Syrian)?" "Yes, indeed," the Egyptian would say to gain favour and perhaps food. "Then say Jamel (camel)." "Gamel," the Egyptian would inadvertently say. Now there is no "J" sound in the Egyptian dialect of Arabic. The letter that is written the same is in the Syrian dialect sounded like a soft "J," really like the French "J," whereas the Egyptians always pronounce it like a hard "G," and accordingly said "Gamel." … So the Syrian soldiers said "Jamel," they said, "Pass on, my brother"; but when the Egyptians said "Gamel," they said, "Iktul 'ameru," (cut off his life!) and they killed them just as the Gileadites slew the Ephraimites, three thousand years before at the same place.[1]

Shibboleths, it seem, run deep near the Jordan. Seventy-eight years after Ibrahim Pasha’s rout, Lord Allenby’s forces re-enacted the scene with retreating Turkish forces by the famous fords, and the Arabic word for onion (بصل – Buzszle) became a matter of life or death;

The Turks in the Great War drafted the Syrians into their army and most of them were very unwilling soldiers. They were not in sympathy with the Germano-Turkish aims and plans. When Allenby made that wonderfully complete crumpling up of the Ottoman army in Palestine and across the Jordan in September, 1918, many who did not get caught in the net at first tried to escape by crossing from the east of the Jordan to the west side by these same fords of the famous river. There they met many Syrians, some soldiers and some civilians, and each fleeing soldier was asked whether he were Syrian or a Turk. If he said he was a Syrian, they said to him: "Say Buzszle"; and if he were a Turk he would say "bussel," for the Turkish language makes no difference in pronouncing the "Sod" and the "Seen," both varieties of the letter "S." The "Sod" is a heavy "S" sounded with the tip of the tongue down below the roots of the front teeth and the Turks pronounce it just like an ordinary "S." The Syrian ear is very discriminating to these sounds; and when they heard the word for onion come hissing out instead of lisping out like a tongue-tied child, they said "Iktul 'ameru" (cut off his life), and they slew many Turks at the fords of the Jordan.[2]

The New World also has its share of shibboleths used in war. In 1937, Rafael Trujillo, the military dictator of the Dominican Republic, launched a pogrom against Haitians living in that country. That purge, known as The Parsley Massacre, resulted in an estimated 17,000 to 35,000 Haitians murdered by death squads.

“What is this?” the death squad commander would ask, holding a sprig of parsley. If the person could pronounce the word – perejil - with the correctly rolled Spanish “r,” he stood a good chance of survival, if not, death was the inevitable result.

Our ritual does not tell us why shibboleths are important, but we can venture a guess. Among other things, they demonstrate a sense of belonging, and a means of detecting those who do not belong. Our ritual is full of them, and we are everyday reminded how to know who is a Mason and who is profane.

Thankfully, none of them involve the application of a pole ax.


© 2009 Michael A. Halleran

[1] Adams, Walter B. “Then They Took Him, and Slew Him at the Passages of the Jordan!,” The Builder, Vol. IX, No. 4, April 1923.
[2] Ibid. C.f., Mackey, Albert G. Encyclopedia of Freemasonry, vol. II. Masonic History Co., New York, 1919 p. 686

03 maio 2009

Autores Convidados - Michael Halleran



Dando continuidade aos textos escritos por autores convidados , trazemos hoje aqui a biografia do Irmão Michael A. Halleran.


Michael A. Halleran 32°, is a freelance writer and a practicing attorney in the Midwestern United States.


Bro. Halleran received the Scottish Rite’s (Southern Jurisdiction) Mackey Award for Excellence in Masonic Scholarship for his article in Heredom, vol. 14 (2006), and he is the author of the “Brother Brother” column appearing regularly in the Scottish Rite Journal.

A member of the Board of Directors of the Scottish Rite Research Society, he also maintains membership in the Quatuor Coronati Correspondence Circle through which he studies and speaks on military Masonry in both the US and the UK. His first book, The Better Angels of Our Nature: Freemasonry in the American Civil War, will be published in 2010 by the University of Alabama Press.


Os artigos deste nosso convidado podem ser encontrados em Audi Vide Tace e em freemasoninformation/aude vide tace


Os Editores
JPSetubal
A.Jorge
José Ruah

30 abril 2009

Cantando...

O Rui habituou-nos a que as 6.ªs feiras são para coisinhas leves
Tenho trazido aqui, às sextas, alguns vídeos para ouvir. Eventualmente para ver mas sobretudo para ouvir.
Desta vez, que é à 5ª porque amanhã é feriado, tem mesmo as duas funções.
Um coral de pândegos que em ar de brincadeira cantam lindamente.

Aqui fica para se entreterem.


Bom fim de semana.

JPSetúbal

29 abril 2009

Republica ou Monarquia

Marco Moreyra, leitor e seguidor deste blog desde há já algum tempo colocou a seguinte pergunta:
"REPÚBLICA OU MONARQUIA?
Qual das correntes políticas é a mais "filo-maçonica"?
Olhando para os exemplos dos EUA e do Reino Unido, podemos dizer que, eventualmente, não existem diferenças no modo como a Monarquia e a República olham a Maçonaria. Inclusivé desde a fundação dos EUA os founding-fathers estiveram ligados à maçonaria e desde os primórdios da mesma a Casa Real Britânica tem tido variados mestres maçons nas sua fileiras.Mas à excepção destes dois exemplos, o que dizer dos restantes países...?"
A maçonaria é transversal à corrente politica. É um facto que os dois exemplos mais emblematicos são os mencionados e que de facto a fundação dos Estados Unidos foi pensada entre outros por Maçons, e que em Inglaterra o Grão Mestre é tradicionalmente membro da Familia Real - embora seja eleito todos os anos - tendo muitas vezes sido o próprio Rei.
A maçonaria existe num grande numero de países sejam eles republicas ou monarquias em que vigorem regimes abertos e não ditatoriais, não existe em países sejam eles republicas ou monarquias em que o regime politico é ditatorial.
No entanto e como em tudo há excepções como sejam a Grande Loja de Cuba, cuja existencia é tolerada.
Vejamos como exemplo os países da União Europeia.
Holanda, Belgica Luxemburgo, Espanha, Suécia, Dinamarca, Reino Unido são Monarquias e a Maçonaria existe e é reconhecida como Organização. Na Suécia o Grão-Mestre é o Rei. e no Reino Unido o duque de Kent. Nos demais países isso não acontece e o Grão-Mestre é um cidadão como qualquer outro.
Nos demais países da União Europeia, desconheço contudo o que se passa na Eslovenia e na Eslováquia, o regime é o republicano e a Maçonaria também existe e sem problema.
Penso que podemos dizer que não é relevante se o regime é Monarquico ou Republicano para a Maçonaria. É relevante sim se o regime é ou não totalitário ou democratico.
Quanto às opções de cada membro da maçonaria, essas são as individuais e não são relevantes para a pertença. A condição é a crença no Grande Arquitecto e não num ou noutro regime politico.
Como sabemos e já foi dito aqui no blog muitas vezes uma das bases de vida da maçonaria são os landmarks. De entre estes penso que é importante destacar o seguinte:
10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às leis e o respeito pela Autoridade constituída. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.
Nada aqui refere um sistema politico, apenas refere que qualquer que seja a Maçonaria obedece à Autoridade constituida.
Também ritualmente isto é verdade pois nos Ágapes um dos brindes é feito ao Presidente da Republica / Monarca do país e um outro aos Soberanos e Chefes de Estado dos demais países.
Espero que tenha ficado claro o conceito.


José Ruah

28 abril 2009

Pergunta - Resposta versão 2009

Os tempos vão dificeis. Há muita coisa de ambito maçónico para fazer nos próximos dias, e de algumas aqui daremos noticia, quando for oportuno.

Como as coisas não se fazem sózinhas e o dia continua a ter apenas 24 horas, mesmo para os Maçons, tem sobrado muito pouco para a criação de inéditos para publicação.

Entendo que os leitores estejam um pouco tristes, se sintam "abandonados", mas também por outro lado têm tido a oportunidade de ler alguns textos de autores convidados que são inegavelmente de boa qualidade.

Como especie de compensação e aproveitando a sugestão de um dos leitores mais assiduos deste espaço reabro o tema de perguntas e respostas.

À semelhança do que ja fiz no passado tentarei dentro dos meus conhecimentos responder às perguntas que forem colocadas.

O processo é similar ao que já ocorreu, os leitores colocam as suas questões na caixa de comentário ou por mail, e eu farei por responder em Posts colocados para o efeito.
Todavia, e como Maçon prevenido vale por dois, desta vez haverá condições. Só serão respondidas questões que achar dignas de resposta. Ou seja provocações e abertura de polémicas desnecessárias serão simplesmente ignoradas.

Por outro lado, agradeço que as questões sejam precisas e concisas, pois como disse o tempo é pouco e não será possivel estar a ler "testamentos" com "links" etc.

Fico a aguardar o vosso eventual interesse.


José Ruah