30 abril 2008

Experto

No Rito Escocês Antigo e Aceite - o rito praticado pela Loja Mestre Affonso Domingues -, o Experto é um Oficial de Loja que exerce uma função puramente ritual. Nas normais sessões de trabalho, essa função é relativamente secundária, limitando-se a seguir e auxiliar o Mestre de Cerimónias na execução dos rituais de abertura e encerramento dos trabalhos. Este ofício assume, porém, particular importância e relevo quando a Loja leva a cabo uma Cerimónia de Iniciação. Quase se poderia dizer que o ofício de Experto existe para essa cerimónia, sendo tudo o resto secundário, mero apêndice do papel que exerce nos trabalhos em que um homem livre e de bons costumes abandona a vida profana e renasce maçon.

É encargo do Experto, sempre que há lugar a uma iniciação, ser o elo de ligação entre o profano que busca a luz e a Loja. É o Oficial que a Loja disponibiliza ao candidato para o acompanhar e auxiliar nas suas provas de iniciação. É o Experto que prepara o profano antes de ele enfrentar essas suas provas. É o Experto que ordena ao profano o que ele deve fazer enquanto aguarda o início delas. É o Experto que conduz e acompanha o profano perante a Loja. É o Experto que acompanha e auxilia o profano na superação das provas. É o Experto que dá e retira a luz. É o Experto que acompanha aquele que se submeteu às provas de iniciação enquanto ele se recompõe dos trabalhos realizados. É o Experto que, recomposto quem se submeteu às provas, o conduz à sua plena integração na Loja. É o Experto quem executa e demonstra a primeira instrução do novo Aprendiz. Em resumo, o Experto é a mão amiga que ampara o profano no seu trajecto para a luz, o guia que lhe indica o caminho.

A designação do ofício é uma adaptação fonética - não propriamente feliz - do termo Expert, que, quer em francês, quer em inglês, significa Especialista. O Experto é, assim, o Oficial Especialista no acompanhamento do Candidato à iniciação.

Em rituais antigos, este Oficial de Loja era designado por Irmão Terrível. Esta designação, obviamente irónica, decorria da forma brusca como se preconizava que decorresse a primeira abordagem do Irmão Terrível ao candidato. Dupla ironia, se atentarmos que o Experto só é terrível no suporte e apoio a esse mesmo candidato, que lhe cumpre auxiliar ao longo de toda a Cerimónia de Iniciação...

Na Loja Mestre Affonso Domingues, este ofício não está integrado na informal "linha de sucessão" para o ofício de Venerável Mestre e é usualmente confiado a um Mestre jovem. É um ofício que, por ser de reduzida dificuldade de execução, na maior parte das sessões, permite uma calma e progressiva integração nas responsabilidades de Oficial de Loja aos Mestres mais jovens, enquanto aguardam oportunidade para assumirem mais exigentes responsabilidades. Mas, sendo também um ofício fundamental num momento tão importante para qualquer maçon, como é a sua iniciação, confiá-lo a um jovem Mestre (note-se: jovem, em termos de antiguidade, não de idade; um septuagenário pode, neste sentido, ser um "jovem Mestre"...) é uma prova de confiança nas suas capacidades e na sua contribuição para a Loja.
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Por falar em contribuição... Estamos no último dia da campanha de solidariedade para com a Inês. A sua contribuição, não importa se pequena, será muito bem-vinda e uma demonstração da sua sensibilidade e solidariedade. Recorde aqui como a pode prestar.

Rui Bandeira

29 abril 2008

Variação sobre o silêncio


Já aqui no blogue publiquei um texto onde explanei o meu entendimento sobre o alcance, interesse e virtualidades do silêncio do Aprendiz e um outro texto dedicado ao silêncio do Companheiro.

Não tencionava voltar ao tema tão cedo. Mas o homem põe e a fortuna (acaso, circunstâncias, conjunção astral, divina providência, simples mudança de opinião - cada um escolha e tome o que quiser, em cada situação...) dispõe. O Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues teve a gentileza de me pedir a opinião sobre uma determinada questão relativa à administração dos trabalhos da Loja e a análise e meditação sobre a mesma, em ordem a poder transmitir-lhe uma opinião fundamentada, conduziu-me, quase que por associação livre, a um diferente reflexo do tema silêncio do aprendiz e do Companheira de que me não tinha ainda, ao menos, conscientemente, dado conta.

O silêncio do Aprendiz e do Companheiro significam que, salvo para apresentação das respectivas pranchas de proficiência no grau, os Aprendizes e Companheiros não têm o direito ao uso da palavra em sessão ritual. Mas significa ainda uma outra coisa. Ter a palavra é ter o poder de ENSINAR. E, nesse sentido, só os Mestres ensinam, só os Mestres detêm a palavra. Numa Loja maçónica, toda a formação de Aprendizes, de Companheiros e também dos Mestres está exclusivamente a cargo dos Mestres, só é encargo dos Mestres.

Nesse sentido, a asserção de que os Aprendizes e Companheiros não têm direito à palavra significa também - quiçá essencialmente, bem vistas as coisas - que estes não ensinam. Compreende-se: a fase em que se encontram é a da sua formação. Estão a aprender, não estão a ensinar. Devem concentrar-se no seu próprio crescimento, não em transmitir aquilo que apreenderam para formação dos demais. Tempo virá em que essa tarefa também repousará sobre os seus ombros. Mas quando esse tempo vier, serão já Mestres maçons.

Sob este ponto de vista, assume inteira lógica a verificação de que o silêncio dos Aprendizes e Companheiros é quebrado para a apresentação das respectivas pranchas de proficiência. Porque, ao fazê-lo, não estão a ensinar, estão a prestar provas, a dar testemunho, a mostrar a sua evolução.

Portanto, o silêncio dos Aprendizes e Companheiros significa também, se é que não principalmente, que estes não ensinam, só aprendem. E por isso não tomam a palavra. Porque esta deve servir para ensinar, para transmitir algo de útil aos demais e não para discutir, tergiversar, ou simplesmente exprimir palavras volúveis e sem valia.

Corolário desta asserção é que os Mestres têm a palavra para ensinar, para serem úteis aos seus irmãos. Só devem, portanto, usá-la com esse propósito e utilidade. O direito à palavra dos Mestres não é um privilégio, é uma responsabilidade acrescida.

Isto foi algo que aprendi agora, após dezoito anos de maçonaria, e que logo decidi partilhar convosco. Maçonaria aprende-se todos os dias. E cada conclusão nova, ou diferente, ou mais aprofundada, a que o Mestre maçon chega só deve, afinal, confirmar no seu espírito uma verdade que ele não deve nunca esquecer: pode ser Mestre entre os maçons, mas não deixa nunca de ser um eterno Aprendiz. Porque, se deixar de o ser, deixará de ser Mestre...
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Maçonaria aprende-se todos os dias. A solidariedade deve estar sempre no nosso pensamento, sejamos ou não maçons. De certeza que se sensibilizou com a situação da Inês. Porque espera para ajudar? Veja aqui como. E ajude!

Rui Bandeira

28 abril 2008

Iniciativa social da Maçonaria de Cuiabá

Li em O documento, jornal electrónico de Mato Grosso, Brasil, que ontem, dia 27 de Abril, a Maçonaria de Cuiabá, cidade capital do Estado brasileiro de Mato Grosso, efectuou, na Escola Estadual de 1ºGrau Malik Didier Namer Zahafi, no bairro Pedra 90, das 8 às 12 horas, uma iniciativa que designou por 1.ª Acção Social Perseverança pela Paz.

Esta iniciativa providenciou à população local diversos serviços, gratuitamente prestados: cortes de cabelo, higienização dental, exame preventivo dos diabetes e da tensão arterial e consultas médicas na especialidade de dermatologia.


Foram também realizadas palestras de prevenção contra as drogas e doenças sexualmente transmissíveis, com psicólogos especializados, e um curso sobre educação rodoviária.

A iniciativa teve ainda o apoio da Justiça Eleitoral, que destacou elementos para efectuarem actos de recenseamento eleitoral.

Para a Maçonaria de Cuiabá, o objectivo da acção foi a melhoria da qualidade de vida da comunidade, proporcionando acesso a variados benefícios.

Acorrer à satisfação de necessidades básicas é uma forma de a Maçonaria ajudar. Este é mais um bom exemplo de como acções simples podem auxiliar e fazer a diferença. É bom poder registá-lo e dele aqui dar conta!
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A propósito de ajudar! Não se esqueça de ajudar, na medida do que puder e quiser, a Inês. Recorde aqui como o pode fazer.

Rui Bandeira

24 abril 2008

A lógica segundo Einstein

À beira de um fim de semana prolongado, feriado comemorativo do 25 de Abril incluído, mais uma historieta que nos ensina algo.

Acho-a adequada para esta ocasião de comemoração do 25 de Abril. Também há 34 anos houve alguns que fizeram o que muitos pensavam não ser possível fazer...

A historieta chegou-me por correio electrónico, atribuída a Albert Einstein. Não posso jurar que a autoria esteja correcta, nem incorrecta. Como habitualmente, o seu texto foi editado por mim.

Conta certa lenda que estavam duas crianças a patinar num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo quebrou-se e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo o seu amiguinho preso, e a congelar, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo, por fim, quebrá- lo e libertar o amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:

- Como conseguiste fazer isso? É impossível que tenhas conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!

Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:

- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:

- Pode dizer-nos como?

- É simples! - respondeu o velho. - Não havia ninguém à sua volta para lhe dizer que não seria capaz!


Muitos dos erros, das omissões, dos fracassos, das oportunidades perdidas que temos na vida decorrem de nos auto-limitarmos, de nos convencermos ou deixarmo-nos convencer que não somos capazes. Desde uma coisa tão simples, mas tão limitadora para tantos, como falar em público, à mais complexa empresa, somos nós que temos de decidir se somos capazes, que condições temos de reunir para o ser, que precauções devemos seguir, enfim, como tentar. Mas cabe-nos a nós fazê-lo, não deixar que os outros nos influenciem com derrotistas avaliações de que não somos capazes.

Muitos interrogam-se sobre como se forja o elo de fraternidade entre os maçons. Uma das formas é, não só não dizer a nenhum de nós que ele não é capaz, mas auxiliá-lo, assisti-lo, nas iniciativas a que se propõe. Mesmo que, no íntimo, se tema que ele não seja capaz... E, se for caso disso, auxiliá-lo a superar as consequências de um inêxito.

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Também apelo a que o caro leitor seja capaz de ficar tocado pela situação da Inês, seja capaz de se decidir a contribuir com um auxílio monetário para a sua família (nenhum auxílio é demasiado pequeno; a junção dos pequenos, de todas as proveniências, fará, espera-se, o suficiente), seja capaz de não ser indiferente...

Rui Bandeira

23 abril 2008

Escoteiros da Pontinha comemoram 40 anos

O Grupo 19 da Pontinha, da Associação dos Escoteiros de Portugal celebra hoje, dia 23 de Abril (que é também o Dia do Escoteiro), o seu 40º aniversário.Actualmente com mais de 60 elementos, o Grupo 19 é o maior Grupo do concelho de Odivelas e tem, nos últimos anos, integrado uma parceria com a Loja Mestre Affonso Domingues em iniciativas, promovidas por uns e por outros, de acções de doação de sangue.

Apesar dos poucos recursos existentes, os Escoteiros da Pontinha têm dado um importante contributo ao nível social, não só através da participação em actividades organizadas por outras entidades, com é o caso do Banco Alimentar contra a Fome, Jantar dos sem Abrigo, Campanha Jovem Solidário, mas também através de projectos seus, como por exemplo a parceria realizada com o Instituto de Apoio à Criança instalado no bairro do Olival do Pancas, ou as já mencionadas campanhas de recolha de sangue, que cada vez têm tido maior adesão da população.


Todas as semanas, os Escoteiros da Pontinha reúnem na sua sede para definirem os seus objectivos, planearem as suas actividades, realizarem os seus jogos e aprenderem os Valores e os Princípios em que se fundamenta o Escotismo.
Mantêm também um interessante blogue, o Abracadabra.

A ideia generalizada de que o Escotismo é pouco mais do que “vender calendários” ou “ajudar a velhinha a atravessar a estrada”, esconde a verdadeiro trabalho desenvolvido em cada Grupo e o quanto ele contribui para a educação e formação dos jovens.


No âmbito das comemorações do 40º aniversário, no próximo fim de semana, dia 27 de Abril irão para o Pinhal da Paiã, onde farão algumas actividades, segundo o seguinte programa:


10h00 – Concentração e montagem do Içar da Bandeira
10h30 – Formatura e Içar da Bandeira
10h45 – GPS dinamizado pela Alcateia (G)rupo (P)ara a (S)ede - foi o nome que arranjaram para o fim de semana em que todas as Divisões do Grupo estão juntas e que normalmente se realiza no último fim de semana de cada mês.
11h45 – Lanche (pequeno reforço a meio da manhã)
12h20 – Cerimónias (em formatura)
- "Traz um Amigo" - Divulgação do resultado dos Jogos da actividade "Traz um amigo" e entrega de Prémios e Certificado de Participação a escoteiros e não escoteiros
- Insígnia de Escoteiro da Pátria - Entrega da Insígnia de Escoteiro da Pátria por parte de um elemento da Chefia Nacional a um elemento do Grupo que atingiu o grau máximo de formação a que qualquer escoteiro pode aspirar
12h55 – Arrear da Bandeira
13h00 – Encerramento

No dia 3 de Maio, irão organizar um Café Concerto, a partir das 19h00 no Quartel dos Bombeiros. O programa ainda é provisório, de qualquer das formas aqui fica um primeiro alinhamento:

19h00 – Abertura ao público
19h00 – Tempo livre
20h00 – Bingo 1
20h15 – Música Ambiente e Karaoke 1
21h00 – Bingo 2
21h30 – Música ao Vivo “LEVEL FM”
23h00 – Partir o bolo e cantar de Parabéns
23h20 – Sorteio das Rifas
23h35 – Música Ambiente e Karaoke 2
24h00 – Encerramento

No dia 4 de Maio, irão assegurar a recolha de alimentos para a Campanha do Banco Alimentar Contra a Fome no Odivelas Parque, durante o período de funcionamento do Feira Nova (das 9h00 às 14h00)

É com todo o gosto que saudamos o 40.º aniversário do Grupo 19 da Associação d
os Escoteiros de Portugal, da Pontinha, e que a elas nos associamos, publicando aqui no A Partir Pedra o programa previsto para a sua comemoração. Este Grupo de Escoteiros é um exemplo de juventude solidária, que muito nos sensibiliza quando se junta a nós nas nossas acções de recolha de sangue e muito nos honra quando aceita gentilmente a nossa muito modesta retribuição, quando nos juntamos às acções que eles próprios organizam. Bem hajam e que tenham um futuro radioso!
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Aproveite este exemplo de actividade solidária e seja também solidário com a Inês. Veja aqui como.

Rui Bandeira

22 abril 2008

Mais umas quantas palavras

Nas últimas semanas, tenho procurado sensibilizar os leitores deste blogue para efectuarem donativos a favor da Inês, uma menina que sofre da rara doença de Wilson. Os seus tratamentos são dispendiosos. A Inês e a sua família precisa de ajuda. Um pouco que cada um de nós possa dispensar - e não precisa de ser muito, nenhuma quantia, por pequena que seja, é de menos -, junto ao que outros contribuem e ao que algumas organizações procuram angariar, possibilitará ajudar esta menina e esta família.

Expus o caso aqui.

Uma semana depois, insisti, juntando duas imagens, que espero tenham valido mais do que duas mil palavras.

Hoje, junto mais algumas palavras. Muito mais significativas do que quaisquer que eu pudesse juntar. São palavras da Inês, tais como foram publicadas aqui pelo Agrupamento 737 Marrazes do Corpo Nacional de Escutas:

“(…) a minha vida resume-se a umas horas de

fisioterapia”.
Inês Clemente

Os meus pais marcaram-me uma consulta
(…) onde me encaminharam para o Hospital
de Leiria (…) onde fiquei internada. O meu
mundo foi-se abaixo pois nunca tinha ficado
internada em nenhum hospital”.
Inês Clemente

Eu tinha uma doença rara, doença de Wilson”
Inês Clemente

“Desde de Setembro a Dezembro de 2006 fiquei
completamente acamada, não falava, não andava, não
conseguia comer, não fazia nada, estava
completamente pendente de terceiros e tinha muitas
dores”.
Inês Clemente

“Assim fui para a lista das urgências dos transplantes
e tive 6 meses à espera, continuando a fazer
fisioterapia (…) terapia da fala e ocupacional”.
Inês Clemente

“ Com tanto internamento deixei de ir à escola, de
estar com os meus amigos, de ter interesse pela vida.
Só queria morrer, queria desaparecer (…)”
Inês Clemente

“(…) não sei se Deus existe e porque é que ele me
cortou a minha adolescência, eu tinha tantas coisas
para viver, tantas descobertas para fazer, e já há
quase dois anos que não tenho direito de ir
simplesmente com os meus amigos a um cinema”.

Inês Clemente

Quando for grande, quero ajudar pessoas que sejam
portadoras da doença de Wilson”.

Inês Clemente

Se o meu relato não o motivou, se as imagens não o tocaram, espero que estas palavras tenham feito uma e outra coisa! Contribua, por favor. Pela Inês! Pela menina que disse estas palavras, de sofrimento, mas também de esperança!

Quem quiser e puder efectuar um donativo, por favor efectue uma transferência ou um depósito na conta do Banco Best com o NIB 0065 0921 00043890008 19, com a indicação INÊS e envie uma mensagem de correio electrónico para mestreaffonsodomingues@gmail.com confirmando esse facto. Para quem, estando fora de Portugal, quiser efectuar um donativo, pode fazê-lo mediante transferência para essa conta , indicando o IBAN (International Bank Account Number) PT50006509210004389000819. O código SWIFT / BIC do Banco Best é BESZPTPL.

Os fundos recebidos serão na totalidade entregues aos pais da Inês. Mediante o envio da mensagem de correio electrónico confirmativa do donativo, os doadores possibilitarão meio de contacto através do qual receberão confirmação da boa recepção das respectivas transferências e da entrega dos donativos aos pais da Inês.

Esta campanha durará aqui no blogue até ao fim do mês. Bem hajam os que já contribuíram. Bem hajam os que não vão deixar que a inércia se converta em indiferença e vão ainda contribuir.

Rui Bandeira

21 abril 2008

Teoria do "Gato Flutuante"

De um Amigão (JMS) recebemos esta infomação de caracter científico que, obviamente, constitui um ensinamento profundíssimo que não posso deixar de partilhar com os participantes/visitantes/indefectiveis do "A-Partir-Pedra".


Vamos pois à exposição da descoberta, por extenso, já que a imagem saiu muito manhosa.


Organizemos o nosso raciocínio em torno das 2 teorias base, de Murphy (homem genial esse tal Murphy !):


1- Teoria do Gato que cai:


Todos os gatos lançados ao ar caiem sempre com as patas para baixo.


2 - Teoria da bolacha com manteiga:


A bolacha com manteiga (há uma versão que refere a torrada. É um pouco mais
plebeia, mas verdadeira na mesma !) quando cai, cai sempre com o lado da
manteiga para baixo. Este fenómeno é ainda mais evidente quando a alcatifa é
nova.


3- Conclusão, "Teoria do gato Flutuante":


Por dedução absolutamente lógica, podemos concluir que se passarmos
manteiga, com uma espátula adequada, sobre as costas de um gato e depois o
largarmos de um 3º andar (pode ser também de um 4º, 5º ou 6º andar, a
teoria mantém a sua consistência) ele flutuará.
Obviamente os efeitos das 2 primeiras teorias de Murphy anulam-se e o Gato
ficará flutuando até a manteiga ser totalmente absorvida.
Nessa altura cairá com as patas para baixo, como não pode deixar de ser (1ª
teoria de Murphy).
Como facilmente se conclui, quanto mais manteiga se aplicar mais tempo
demorará para ser totalmente absorvida e, como tal, mais tempo o gato
flutuará.
Isto porque não há qualquer experiência que demonstre que as patas dos gatos
se desgastem durante o movimento flutuante.


Não fizemos qualquer experiência prática, mas é possível que a partir desta dedução extraordinária e absolutamente irreprovável possamos finalmente perceber a razão de tantos políticos flutuarem durante tantos anos, inesperadamente.
É da quantidade e da qualidade da manteiga utilizada, que ainda por cima é reposta de vez em quando !

Claro, só pode ser essa a razão.

E aqui está meus Amigos.
Na falta do Rui com a sua extraordinária pena (refiro-me ao teclado, claro!) cá estou eu, foleiro, a pôr ordem na casa.


Boa semana para todos.


JPSetúbal