17 dezembro 2006

Eleições na Maçonaria (2)


A 6 p.p. o nosso querido Blogueiro JoséSR falou e explicou as eleições na Maçonaria.
Pois bem, o período eleitoral chegou ao fim, foi feita a eleição, os maçons votaram e escolheram e desde ontem há um novo Grão-Mestre eleito que se sentará na "cadeira de Salomão" no próximo equinócio da Primavera.
Como esperàvamos o dia de ontem foi um dia longo em Tomar, com alguma emoção mas muita, principalmente, muita fraternidade !
Os maçons presentes mostraram a vitalidade da Maçonaria Regular/Maçonaria Legal em Portugal, que o presente está firme e que o futuro está assegurado, na continuidade da estabilização da obediência regular, a única legalmente reconhecida internacionalmente pelas Maçonarias Regulares do Mundo, que tem tido no Irmão Alberto Trovão do Rosário um Grão-Mestre de enorme saber e que com grande serenidade tem conduzido nos últimos 2 anos a nossa Respeitável Ordem, mau grado as tentativas de desestabilização que têm vindo a ser publicadas em alguma (pouca) comunicação social.
Não percam a leitura do post do Rui Bandeira, de 20 de Novembro passado, "Como prosseguir".
Depois daquele texto, cá temos, como prosseguir.
Dos 2 candidatos que se apresentaram à eleição um obteve maior número de votos e será Grão-Mestre, o outro teve menor número de votos e não foi eleito ! Exactamente como devia ser, para prosseguir !!!
No final ambos se mantiveram fraternalmente disponíveis para continuar, sem qualquer hesitação, a trabalhar pela Paz, pela Solidariedade, pela melhoria material e espiritual do Homem.
De todos os Homens, por todo o lado onde existe Humanidade, sempre a prosseguir... com Beleza, com Força e com Sabedoria, tal qual como deve ser !
Pode ser que seja um defeito... mas é assim a Maçonaria Regular.
JPSetúbal

15 dezembro 2006

Mãos Limpas

Mãos limpas foi o nome dado a uma operação anti corrupção e anti máfia levado a cabo no final da decada de 80 inicio da decada de 90 do seculo XX, em Itália

Os rostos mais emblemáticos desta operação foram os Magistrados Falcone e Borsellino, ambos assassinados pela Mafia em 1992 com 2 meses de intervalo e da mesma maneira - bomba na estrada que explodiu à passagem dos respectivos carros.

Nesta operação ( mais detalhes aqui ) foram investigados politicos, empresarios, etc.
Não exactamente igual a esta coisa que cá temos que se chama Apito Dourado mas respeitadas as escalas ...
Na ultima semana e fruto de uma biografia de uma tal de Carolina surgem factos e revelações relacionados com este caso do Apito que dura vai para mais de 2 anos, e que nem as mais aturadas investigaçoes da PJ e do DIAP de Gondomar conseguiram deslindar.

Eis que, qual D. Sebastião ( bem talvez Sebastiã), nos aparece das brumas a Procuradora Maria Jose Morgado para combater a Máfia Portuense ( tal como já ficou demonstrado em post anterior).
Será que é desta ?
Ou caberá aqui uma celebre frase de Eça, devidamente adaptada ao Procurador Pinto Monteiro,
- Eis mais um pinto aos pés de uma que se disputa.

JoseSR

O Pai Natal é maçon!!!


Persistentes, difíceis e demoradas investigações permitem finalmente confirmar uma notícia de que alguns suspeitavam desde há muito tempo.
Não, não é a notícia de que o Pai Natal existe! Essa, qualquer criança de três anos conhece!
Este autêntico "furo" jornalístico - que nos faz mesmo sonhar com a possibilidade um Prémio Pulitzer... - é a confirmação, prova provada, à vista de todos, para que vejam com aqueles dois que a terra há-de comer, de que... O PAI NATAL É MAÇON!
A iomagem que acompanha este texto é inequívoca: nela, o simpático e obeso idoso de barbas brancas e roupa garrida ostenta, sorridente e orgulhosamente, o avental que todos os maçons devem usar em Loja, no caso um avental usado no grau de Aprendiz.
As nossas investigações não lograram (ainda) apurar se o uso do avental neste grau resulta de o Pai Natal, também conhecido por Santa Claus e Père Noel, ter sido iniciado recentemente e, portanto, ainda se encontrar no estágio inicial do seu processo de aperfeiçoamento, ou se, como muitos esclarecidos maçons por vezes fazem, ostenta o avental neste grau para evidenciar a todos que um maçon esclarecido se considera sempre um Aprendiz, independentemente do grau e da antiguidade que possua.
Mas estamos em crer que será esta última a hipótese correcta, já que observamos que, ao contrário do que é normal, o Pai Natal usa o avental, não sobre um sóbrio fato preto ou, pelo menos, escuro, mas sobre o seu garrido fato de trabalho. Ora, como o nosso JoséSR vem repetiidamente ensinando, esta prerrogativa de utilizar, em vez de fato escuro, a roupa de trabalho, familiarmente conhecida por "exceptio pelicanum", só é concedida a maçons com alguma antiguidade, e mesmo assim apenas em Lojas mais tolerantes e descontraídas, como é o caso da Mestre Affonso Domingues...
Para mais informações e imagens comprovativas da ligação do Pai Natal à nossa Augusta Ordem, podem ir aqui.

ULTIMÍSSIMA HORA: CORRECÇÃO DA NOTÍCIA

Após leitura do comentário - oportuno, como sempre! - do JoséSR, cumpre corrigir e discordar:

1. Com efeito, o Pai Natal não está usando uma avental da Aprendiz, mas sim o de Companheiro (a minha visão está cada vez pior...). Assim sendo, das duas, uma: ou está no segundo período de aperfeiçoamento, o que inculca que a sua iniciação ocorreu já no século XXI, em circunstâncias normais, ou, a exemplo das representações do esquadro e compasso destinadas a serem vistas por profanos, foi propositada a sua escolha do uso do avental deste grau. Continuo a inclinar-me para a segunda hipótese.

2. Entende o JoséSR que a "exceptio pelicanum" é exclusiva da Loja Mestre Affonso Domingues, assim tacitamente reivindicando para esta o exclusivo da tolerância e descontracção. Permito-me aqui discordar do meu nunca suficientemente elogiado Amigo e Irmão: não me parece que a minha assiduidade nas sessões da Loja Mestre Affonso Domingues seja tão reprovavelmente baixa que não tenha dado conta da iniciação e do aumento de salário do Pai Natal!!!! Creio, assim, poder dizer, com certeza certa, que o Pai Natal (embora com pena minha e, sobretudo , das minhas filhas...) não integra o quadro da Loja Mestre Affonso Domingues. Logo, a "exceptio pelicanum" há-de vigorar, pelo menos na Loja onde está integrado o Pai Natal. A não ser que, lá na Lapónia, as regras quanto ao traje a utilizar pelos maçons sejam diferentes. Mas então poderíamos dizer que em toda a Lapónia vigorava a "exceptio pelicanum"...

Rui Bandeira

14 dezembro 2006

Oitavo Landmark

Os Maçons juntam-se, fora do mundo profano, nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem: um volume da Lei Sagrada, um esquadro, e um compasso, para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência.

A unidade fundamental da Maçonaria é a Loja, um conjunto autónomo de maçons utilizando o mesmo rito, isto é, o mesmo conjunto de textos e actos pelo qual se busca a concentração dos presentes e que é utilizado como fonte de significados simbólicos a serem apreendidos e desenvolvidos pelos maçons, como forma e método do seu aperfeiçoamento moral.

A Loja é um espaço de união e de liberdade. Cada um sabe o que nela tem de fazer como contribuição para o grupo, como se comportar, como colaborar com os demais. Cada um, respeitando esses princípios, é livre de pensar como entender, de se expressar em conformidade com o seu pensamento, de agir como entender, em consonância ou dissonância com os demais. A essência da Maçonaria, neste aspecto, pode ser resumida numa frase: "O maçon é um homem livre numa Loja livre". A Loja, enquanto estrutura que integra e enquadra cada maçon individualmente, assume assim a indicada característica de fundamentalidade, de centro da vida maçónica dos maçons que a integram, de espaço de fraternidade, solidariedade e união entre todos os seus membros e de meio essencial para o aperfeiçoamento de cada um e, por essa via, da melhoria colectiva da própria Loja. Cada Loja maçónica é diferente das outras, ainda que praticando o mesmo rito, ainda que seguindo os mesmos princípios, porque cada Loja tem um percurso, resultante dos laços entre os seus membros, da interacção entre eles, do respectivo desenvolvimento, das vitórias e dos fracassos de cada um e de todos, que a diferencia de todas as demais. É por isso que a Ordem Maçónica encoraja os seus membros a, além de participarem nos trabalhos de sua Loja, visitarem outras Lojas, como forma de se aperceberem das semelhanças e das diferenças que, naturalmente, se vão estabelecendo entre as diferentes estruturas, através dos respectivos processos evolutivos. Naturalmente que só uma sólida aceitação e prática dos princípios fundamentais da Maçonaria e um total cumprimento das regras e regulamentos maçónicos possibilita que essas diferentes evoluções não sejam de tal forma divergentes que passem a ser realidades completamente diversas. Dentro da Maçonaria impõe-se o estrito cumprimento dos princípios fundamentais e das regras e regulamentos, mas , assegurado este, há um vasto campo de evolução, de diferenciação, de estudo, mesmo de experimentação, que permite que cada Loja evolua segundo as suas próprias características e os percursos dos seus membros.

Essencial é que as reuniões de Loja decorram sempre na presença do que os maçons denominam as três grandes luzes da Ordem: o volume da Lei sagrada, o esquadro e o compasso. O volume da Lei Sagrada (ou os volumes, se as opções religiosas dos membros da Loja o impuserem), como testemunho de que todo o trabalho realizado decorre tendo como pano de fundo a crença de todos os maçons num Criador e símbolo da equidade e da sabedoria; o esquadro, símbolo, além do mais, da matéria e da rectidão; o compasso, que simboliza, designadamente, o espírito e a justiça.

Rui Bandeira

13 dezembro 2006

Justos de entre as Nações.

O exterminio do povo Judeu pelo regime Nazi foi uma realidade. Se foram exatamente 6 milhões de Judeus ou 5.999.999 ou 6.000.001 é pouco relevante. Foi esta a ordem de grandeza.

O Campo de Treblinka "processou" isto é gaseou e cremou cerca de 1 milhao de Judeus num ano, antes de ser integralmente destruido.

Birkenau ( Aushwitz) não tem conta.

Mas no meio da Barbarie surgiram os Justos de Entre as Nações, pessoas, que a perigo da sua vida e da vida das suas familias, ajudaram Judeus ( nem que fosse um) a sobreviver.

O Estado de Israel, através da Instituição Yad Vashem - Museu do Holocausto, decidiu na Decada de 60 distinguir estas pessoas e por cada caso comprovado foi plantada uma arvore in Memoriam, aparecendo assim um Jardim chamado Alameda do Justos.

Estes Justos, hoje mais de 20 000 têm as mais diversas origens e historias que poderão ser lidas aqui .

De entre estes Justos há um Português. Este homem a sacrificio da sua carreira e da sua familia e fortuna salvou algumas dezenas de milhares de pessoas, muitas delas judeus.

De seu nome Aristides Sousa Mendes ( de boa memória) , e o resumo da historia é como segue:
( as minhas desculpas por ser em Ingles)


(fonte site do Yad Vashem http://www.yadvashem.org/)

Aristides de Sousa Mendes

June 2000 marked the 60th anniversary of a massive rescue operation which took place in Bordeaux, France, and was orchestrated by Aristides de Sousa Mendes. He was born in 1895 into an aristocratic Portuguese family.
His father was a Supreme Court judge. Aristides chose for himself a diplomatic career. After filling posts in various capitals (the United States and Europe), he became the Portuguese consul-general in Bordeaux, France. In May 1940, with the onset of the German invasion of France and the Low countries, thousands of refugees headed for Bordeaux, hoping to cross into Spain, in advance of the conquering German army.
Included among the many who feared the wrath of the Nazis because of previous anti-Nazi political stances, were to be counted thousands of Jews who hoped to transit via Spain and Portugal, in the hope of reaching a safe haven across the seas, far from the Germans and their pronounced antisemitic policies. At this critical juncture, the Portuguese government, headed by dictator Antonio Salazar (who also filled in as Foreign Minister), forbade the issuance of Portuguese transit visas to all refugees, and particularly to Jews. This virtually also closed the Spanish border to the refugees.
Against the grim background of France on the verge of collapse, and with the Germans within striking distance of Bordeaux, in mid-June 1940, Consul-General Mendes came face-to-face with the fleeing Jews, who pressured him to urgently issue them Portuguese transit visas.
Rabbi Haim Kruger, one of the refugees, told Mendes: “If we should be trapped here, I don’t know what will happen to us.” The rabbi rejected Mendes’ initial offer to issue visas only to the rabbi and his family, insisting that visas also be issued to the thousands of Jews stranded on the streets of the city. After further reflection, Mendes reversed himself and decided to grant visas to all persons requesting it. “I sat with him a full day without food and sleep and helped him stamp thousands of passports with Portuguese visas,” Rabbi Kruger relates.
To his staff, Mendes explained: “My government has denied all applications for visas to any refugees. But I cannot allow these people to die. Many are Jews and our constitution says that the religion, or politics, of a foreigner shall not be used to deny him refuge in Portugal. I have decided to follow this principle. I am going to issue a visa to anyone who asks for it – regardless of whether or not he can pay...
Even if I am dismissed, I can only act as a Christian, as my conscience tells me.” It was an unseemly sight as people of all ages, including pregnant women and sick persons, waited in line to have their passports stamped with the Portuguese visa. The reaction of the Portuguese government was not long in waiting. Two emissaries were dispatched to accompany home the insubordinate diplomat. On their way to the Spanish border, the entourage stopped at the Portuguese consulate in Bayonne. Here too, Mendes, still the official representative of his country for this region, issued visas to fleeing Jewish refugees, again in violation of instructions from Lisbon. It is estimated that the number of visas issued by Mendes runs into the thousands. To his aides, he stated: “My desire is to be with God against man, rather than with man against God.”

Upon his return to Portugal, Mendes was summarily dismissed from the diplomatic services and a disciplinary board also ordered the suspension of all retirement and severance benefits. He countered with appeals to the government, the Supreme Court and the National Assembly for a new hearing of his case – but to no avail. Bereft of any income, and with a family of 13 children to feed, Mendes was forced to sell his estate in Cabanas de Viriato. When he died in 1954, he had been reduced to poverty. Two of his children were helped by the Jewish welfare organization Hias to relocate to the United States. In 1966, he was posthumously awarded the title of “Righteous Among the Nations,” by Yad Vashem, and a tree planted in his name in the Avenue of the Righteous. In 1987, President Mario Soares of Portugal awarded Mendes the Order of Liberty, and publicly apologized to his family for the injustice against the man perpetrated by the previous government. Finally, in March 1988, Aristides de Sousa Mendes was official restored to the diplomatic corps by unanimous vote in the Portuguese National Assembly. Recently, the Portuguese government decided to create a memorial and learning center in the name of Mendes, and ordered damages to be paid to his family. In 1988, Mendes was awarded the Israeli commemorative citizenship, and in 1998, his name and picture appeared, together with other diplomats recognized by Yad Vashem as Righteous, on a special stamp issued by the Israel Philatelic service.
After his dismissal, Mendes reportedly told Rabbi Kruger (whom he met again in Lisbon): “If thousands of Jews can suffer because of one Catholic (i.e., Hitler), then surely it is permitted for one Catholic to suffer for so many Jews.” He added: “I could not have acted otherwise, and I therefore accept all that has befallen me with love.”

JoseSR

TEERÃO Dezembro/2006

A fina flôr do entulho juntou-se em Teerão, em reunião dita "Conferência sobre o holocausto".

Segundo as notícias que nos chegaram tratou-se de uma "Conferência (?)", de facto, sobre o "não holocausto" que juntou vários dos cérebros mais negros da história da humanidade (Pinochet já não conseguiu passagem a tempo !) e entre eles, brilhando, o "campião" da KuKluxKlan, David Duke.

Tudo gente fina portanto.

Esta piratagem (a rapaziada do "nacional renovadorismo" teria estado representada, ou nem para isso servem ?) quer provar à viva força que o holocausto não aconteceu, que Auschwitz é um cenário para filmes e que Hitler foi "um gajo porreiro".

Estive em Auschwitz há cerca de 1 ano, e o espectáculo aterrador que lá se encontra é de molde a convidar, seja quem fôr, pensar no Ser, a pensar no Humano, a pensar no Pensar.

Não é descritível, sem um novo arrepio, a lembrança do sítio, dos edifícios, dos passeios externos rodeados de cercas de arame farpado, dos candeeiros pendurados agredindo, não iluminando, dos interiores de celas de 1m2 e menos, sem qualquer entrada de ar ou luz, as câmaras onde milhares de seres foram "testados" com o famoso ZyklonB, os fornos, os carris para os comboios e para os carros que carregavam os corpos...

Creio que ao fim de 70 anos ainda se conseguem ouvir os gritos e sentir o cheiro... absolutamente terrível (se existe "absoluto" ele está aqui!) de corpos, de suor, de gases, de fumo... de morte.

E estes gajos querem-me convencer que não existiu, que não foi verdade, que tudo isso é invenção.

Vi pessoas, em visita turística, que não resitiram à comoção do sentimento que salta vivo, naquele templo de morte, tal como vi pessoas que simplesmente não foram capazes de passar do meio da visita.

E estes gajos querem-me convencer que não existiu, que não foi verdade...

JPSetúbal

12 dezembro 2006

Sétimo Landmark

Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles o carácter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.

Este Landmark reforça o carácter deísta da Maçonaria.

Só quem é crente atribui significado ao "carácter solene e sagrado" de um juramento! É também através deste preceito que apreendemos que o ateu ou o agnóstico não pode integrar a Maçonaria Regular. Este é, pois, um dos Landmarks que distingue a Maçonaria Regular da dita maçonaria irregular ou liberal.

Para o maçon regular, o assumir dos seus compromissos é um acto solene, daí que tal assunção se faça pela forma do mais sagrado dos juramentos, o que é proferido sobre um volume da Lei Sagrada.

Porque o cumprimento dos seus compromissos tem uma alta importância para um maçon, tal inevitavelmente que se reflecte na sua vida profana, no seu dia a dia. Deve, consequentemente, o maçon, entre outras coisas, distinguir-se pelo cumprimento da sua palavra, constituindo exemplo de lealdade e seriedade para todos aqueles com quem lida.

O juramento é prestado sobre "um volume da Lei sagrada". Não diz o preceito qual seja e compreende-se porquê: o maçon deve ser crente, mas é indiferente qual a religião que pratica. O juramento deve, pois, ser prestado sobre o Livro da Lei Sagrada da religião praticada pelo autor de tal compromisso.

Seguindo à risca esse entendimento, e atendendo às orientações religiosas dos membros que actualmente a integram, na Loja Mestre Affonso Domingues estão disponíveis a Bíblia, Livro Sagrado para os católicos e protestantes, e a Torah, Lei Sagrada para os Judeus. Estando assumido e interiorizado que a escolha religiosa individual só ao próprio diz respeito e que todas as opções religiosas são respeitáveis, a prática que naturalmente se estabeleceu nesta Loja é a de que TODOS os seus membros prestam os seus juramentos sobre AMBOS os volumes da Lei Sagrada.

Rui Bandeira