23 maio 2014

A minha Iniciação. Parte -3


Julgado fui, e agora novas provas tinha de passar, pois no fim de tudo a Luz eu ia poder enxergar e o meu Eu, mais íntimo, alcançar.

Às provas me dediquei, depois de as aceitar. Guiado fui e pelas várias provas passei, vento e calor sofri, mas com água no final me refresquei e dela bebi, só não esperava o amargo, que no fim senti.

Sim o amargo da “doce” frescura, pois com sede “ao pote” eu tinha ido, mas do mais importante me esquecia, que quem daquela água bebe, a ela fica ligado.

Provas superadas a Luz me foi mostrada, sim a Luz à minha frente se apresentava.
Estaria eu acordado, ou a sonhar?

Tudo aquilo à minha frente se declarava e a Luz se mostrava.
Estaria a sonhar, ou aquilo era a realidade?
Pois por um sonho já eu havia passado e com uma Luz, sonhado, que a mesma me haveria de ser dada, por alguém que eu não vislumbrava, por alguém que eu desconhecia, mas por alguém, que de mim, já algo sabia.

Recordo-me e sei, que dessa forma um dia sonhei. E dos sonhos para a realidade, algumas coisas se fazem Verdade.

Seria agora esta a minha sentença, por uma cegueira cega, de falsas parecenças, eu estava rodeado?

Seria verdade e eu estava acordado?
Verdade, mentira?
O que é a realidade?
Será que é verdade dizermos coisas, e delas garantia dar, sem que um dia as tenhamos sequer vindo a experimentar?

Que estranhos Rituais e que estranhos movimentos, eu tinha acabado de fazer, que se passava afinal, em todos aqueles novos momentos?

Nada!
Nada e tudo, ou, quase tudo e nada!
Assim eu, naquele momento, pensava.

Da realidade para a ficção, existia, naquele momento, uma parte que se confirmava e a outra não.

Aquilo era tudo e era nada, daquilo, que eu, havia imaginado, aquilo não era nada, de tudo o que eu afinal, julgava um dia ter dominado.

A verdade, é que por tudo, e devido a tudo, o que eu havia imaginado,
Em outra realidade, agora, o tal momento, e a viagem, se tinham tornado!

Não em realidade, ou verdade, do que antes, tinha sido escrito e ou falado, mas a minha, e tão-somente a minha!

Sim! - A minha realidade!
A realidade do momento, que então eu, antes, tanto havia ansiado.
A realidade, não só da minha mente, mas a realidade do que, no momento, verdadeiramente sentia.

Aquela era a realidade, que um dia alguém me tinha dito, sim que me tinha dito, e eu não acreditara, que somente minha seria, e tão-somente minha, aquela nova realidade, se as barreiras, que se me apresentariam, passasse com a verdade.

Agora compreendia o Segredo, do meu mais íntimo e do meu “Ser”.

Afinal o Segredo, o tal Grande Segredo, não era nenhum Segredo, era apenas algo que só a mim dizia respeito, algo que só eu podia entender, por isso o Segredo, nada tinha de Secreto, mas sim, como um dia já ouvira dizer, ele era apenas Discreto.

Por isso só para mim, ele se tinha revelado e por isso mesmo, e de forma alguma, devia, agora, ele, de ser, aos outros, contado.

E assim terminei esta minha viagem e ao destino consegui chegar, pois nela, tal como na vida, tudo de mim tinha dado e agora para começar um novo caminho eu estava preparado.

Se este novo caminho o vou conseguir fazer, só de mim depende, certo eu estou que de o meu melhor eu vou dar, para a perfeição tentar atingir e a Verdadeira Luz receber.

Nota Final: E assim acabou o sossego de uma vida acomodada, de uma vida cheia de certezas e conceitos, ou preconceitos, enraizados, a viagem, naquele dia iniciada, bem essa ainda muito (espero) falta para estar terminada.

Alexandre T.

21 maio 2014

Eleição de Grão-Mestre 2014/2016: manifesto do candidato Júlio Meirinhos


Numa eleição personalizada, como é a eleição para Grão-Mestre, as pessoas dos candidatos são obviamente o mais importante. Mas os respetivos propósitos e projetos também são, claramente, relevantes para uma escolha consciente. Ambos os candidatos, naturalmente, divulgaram documentos com as respetivas propostas. Embora de interesse fundamentalmente para o universo dos eleitores, os Mestres Maçons da GLLP/GLRP, não existe qualquer inconveniente na sua acessibilidade aos interessados em geral. Aliás, isso mesmo entendeu o candidato Júlio Meirinhos, que o publicou no sítio na Internet da sua candidatura, de acesso livre em http://www.juliomeirinhos.pt

Publica-se hoje aqui, na íntegra, o manifesto apresentado por Júlio Meirinhos. Na próxima semana idêntico procedimento se fará em relação ao manifesto do outro candidato.


Meus Irmãos,
Em todos os vossos Graus e Qualidades
,

Consciente do meu papel enquanto maçom, dos meus deveres, do desejo de contribuir para uma Maçonaria mais atuante, optei por candidatar-me à função de Grão-Mestre, no intuito de servir, trabalhar, ao serviço da nossa Causa.

Assim e também em resposta aos inúmeros apelos que recebi de Irmãos de todo o país e de Lojas extra territoriais, decidi candidatar-me ao cargo de Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.

Apresento-me, aos meus Irmãos, como sempre estive na nossa Augusta Ordem em todas as funções que desempenhei, tendo por base os valores da solidariedade e fraternidade.

Sempre à Ordem!

Com uma permanente e total disponibilidade para servir a nossa organização, em todas as circunstâncias em que seja importante representá-la, a bem da Maçonaria Regular, da que fala português e da Maçonaria universal.

Apresento-me em nome do modelo de governação da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP que privilegia a boa relação com todas as potências maçónicas regulares mundiais que primam pela preparação, estabilidade e continuidade das suas lideranças, a bem da regularidade maçónica, designadamente a concertação das Obediências europeias e as de língua portuguesa.

Apresento-me ao serviço de uma estratégia a longo prazo, o único registo que, em Maçonaria, faz sentido.

Apresento-me com a convicção de poder vir a ser o garante da unidade, da pluralidade e da diversidade.

Apresento-me no entendimento de ser capaz de continuar o nosso crescimento qualitativo, quantitativo e territorial assim como de pugnar pela integração, no nosso seio, de maçons oriundos de outras obediências e de todos os ritos regulares.

Apresento-me na convicção de poder contribuir para reforçar a credibilidade internacional da nossa Obediência.

Apresento-me com o intuito de ser capaz de dar continuidade a tudo aquilo que de bom foi feito, e é muito, e de melhorar tudo aquilo em que podemos evoluir, aberto às sugestões de todos, integrando os sentimentos coletivos.

Meus Irmãos,
Em todos os vossos Graus e Qualidades
,

Para o efeito, quero assumir alguns compromissos. Só assim sei estar na vida e, logo, na nossa organização.

Comigo, há lugar para todos os que trabalham a bem da Ordem, valorizando as propostas e atitudes que servem a sua Loja ou a nossa Obediência, atentos ao impacto negativo de eventuais manipulações ou desvios.

Regularidade

As nossas regras são imutáveis. E o seu cumprimento é o primeiro dever de um Maçom.

Logo, por maioria de razão, um Grão-Mestre deve cumprir e fazer cumprir a estrita observância da Regularidade Maçónica, dos Landmarks, da Constituição, dos Regulamentos, dos Rituais e dos nossos valores.

Infelizmente, alguns Irmãos, por vezes, esquecem-se desse dever. Individualmente ou em projetos que, de maçónicos, pouco têm; e que prejudicam a nossa imagem.
Em conjunto, teremos de saber preservar os nossos valores e erradicar, do nosso seio, comportamentos que nos afetaram negativamente no passado e lesam no presente.

Respeitarei, naturalmente, todos os Ritos Maçónicos que são praticados na Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.

Harmonia

Defenderei intransigentemente a Harmonia, a Paz e a Concórdia no seio da nossa Augusta Ordem. Não admitirei, no nosso seio, comportamentos que violem esses valores.

Quero estabelecer com os Altos Graus uma parceria e um diálogo permanente de aprofundamento do nosso trabalho conjunto.

Quero contar com o contributo dos Past Grão-Mestres para o nosso trabalho maçónico.

Governação Participada e Colegial

A governação da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP é, cada vez mais, delicada e complexa em termos administrativos e financeiros, em razão do seu enorme crescimento, qualitativo e quantitativo, dos compromissos financeiros existentes e de tudo o que a sua gestão já implica.

Não podemos regredir ao amadorismo e temos, ao invés, de aprofundar a eficiência do seu modelo de gestão e governação.

A Grande Loja Legal de Portugal/GLRP é uma Obediência. E não deve ser confundida, na sua prática interna, com organizações de qualquer outro tipo. O Grão-Mestre tem os poderes constantes da sua Constituição e Regulamentos.

Quero uma governação participada. É esse o modelo que vou implementar.

Quero uma Grande Loja complementar ao trabalho das Lojas.

Quero ouvir os meus Irmãos em todos os seus Graus e Qualidades.

Quero reunir o Conselho de Veneráveis.

Quero instalações de Veneráveis, participadas e descentralizadas, em que estarei disponível para acordar a forma de o fazer.

Quero uma gestão administrativa e financeira cada vez mais eficiente.

Relações Institucionais

A nível nacional, assumo o compromisso de manter um relacionamento sadio com as autoridades civis e religiosas.

A nível local e regional, procurarei, em articulação com os Veneráveis Mestres e colhendo previamente a sua opinião, no estrito respeito da autonomia de cada Loja, estimular o relacionamento com os diferentes poderes religiosos e civis.

Sede e Templos

A Grande Loja Legal de Portugal/GLRP é hoje a grande potência maçónica portuguesa.

Está implantada em todo o território continental e possui inúmeras Lojas nas Regiões Autónomas e no estrangeiro. Cresceu em qualidade e quantidade. É a maçonaria regular portuguesa.

A sua Sede Nacional e os seus Templos devem ser, nos próximos anos, adequados a este crescimento qualitativo e quantitativo.

A aquisição de uma nova sede para a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP, na capital do país, em Telheiras, foi um marco para a nossa organização. Vamos melhorar as suas funcionalidades e utilização.

Similarmente, vamos consolidar a nossa presença, com templos, em todo o país. O Porto é uma prioridade, mas vamos lutar para que todos os distritos tenham espaços condignos e bem localizados.

Esta área será uma das minhas prioridades. A excelente gestão financeira que temos tido, que não vai sofrer desvios, permite afirmar este objetivo.

Relações Internacionais

Nas relações internacionais, tal como na maçonaria em geral, a opção é a de manter o rumo e consolidar o trabalho que tem vindo a ser feito ao longo dos anos.
A nossa aposta estratégica assenta na relação com as maçonarias regulares dos países de língua portuguesa em paralelo com a manutenção da ligação ao eixo Atlântico, valorizando o nosso posicionamento de centralidade entre a Europa, a América e a África.

Assim sendo, procurarei reforçar a relação com as principais potências maçónicas, com particular incidência com os países Ibero‐americanos e com os países lusófonos e, em especial, com as potências regulares brasileiras e a Grande Loja de Moçambique assim como com os Triângulos e Lojas a trabalharem no espaço lusófono.

Daremos uma particular importância à organização da Conferência Maçónica Interamericana CMI, a realizar em Lisboa, em 2015, que, à luz do que fizemos em 1996, Reunião Mundial de Grão-Mestres, será um momento de consolidação da nossa Grande Loja. Paralelamente, iremos igualmente organizar a Reunião Internacional dos Grandes Secretários e a Reunião da Confederação Maçónica de Língua Portuguesa, dando assim continuidade a todo o trabalho já efetuado, assumindo de novo a responsabilidade de coordenação e realização de todos estes grandes eventos.

Reforçarei a continuidade das Cimeiras Ibéricas, pelo crescente incremento da participação na CMI e na organização que congrega a Maçonaria Regular Lusófona.

Consolidação da nossa Grande Loja

Darei continuidade a tudo aquilo que reputo de bom e considero bem feito e estarei disponível para integrar e implementar todas as sugestões de melhoria ou de evolução.

A consolidação da nossa Augusta Ordem, em múltiplas vertentes e áreas, continuará a ser o grande desígnio do meu mandato.

Quero apoiar as apostas das Lojas, em prol da filantropia e do apoio aos Maçons, designadamente através da continuidade dos trabalhos em curso, na criação de um seguro de saúde, no apoio aos mais idosos, na promoção de bolsas de estudo, na preparação de programas de estágios e na instituição de ações de solidariedade social.

Quero reforçar a capitalização do nosso Fundo de Solidariedade.

Quero valorizar, ainda mais, a nossa imagem social e solidária bem como os nossos laços de amizade e fraternidade através do incentivo e apoio às iniciativas das Lojas que potenciem esses desígnios e envolvam as nossas famílias.

Vou incentivar a nossa implantação em todo o território nacional. Vou continuar a promover o crescimento de Obreiros e de Lojas.

Quero facilitar a adoção do uso das tecnologias informação e comunicação e a utilização do nosso site enquanto principal instrumento de comunicação da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.

Quero criar uma revista maçónica digital.

Quero consolidar o funcionamento descentralizado e digital da Academia de Formação aprofundando as suas valências maçónicas e profanas.

Quero trabalhar na elaboração da história da Maçonaria Regular portuguesa.
Meus Irmãos,
Em todos os vossos Graus e Qualidades
,

Estes meus compromissos pressupõem uma atenção constante às iniciativas de tudo aquilo que possamos desenvolver em conjunto. Daí que esteja interessado em enriquecer a minha atuação de Grão‐Mestre, integrando as ideias deste manifesto de candidatura com as vossas sugestões, críticas e propostas.

Só passaremos nas pontes que construirmos.

Estou ao vosso dispor, ao serviço da Maçonaria Regular e da Maçonaria Universal.
A Grande Loja Legal de Portugal/GLRP é e será aquilo que, unidos, construirmos. Em congruência, o nosso lema é:

Continuar, cumprindo os Princípios, a consolidar a edificação da nossa Ordem, a bem da Humanidade, à Glória do Grande Arquiteto do Universo.

Júlio Meirinhos


Publicado por Rui Bandeira

20 maio 2014

É hora de escrever …

Como escrever algo quando a inspiração a isso pouco ou nada ajuda?

Escolher um tema, daqueles que julgamos saber, estudá-lo um pouco mais, ou na realidade, estudá-lo pela primeira vez, desenvolvê-lo, interpretá-lo e escrever sobre ele?

Escrever sobre tudo e nada, sobre nada em particular, sobre tudo em geral?

“Bater” toda esta mistura de ingredientes e como sempre vontade de a saborear e escrever … e levado ao “forno” sair algo sobre maçonaria.

Seja assim então! É hora de escrever.

O que não falta a um maçon é inspiração para escrever, essa é uma capacidade que nos é reconhecida pelos demais, embora particularmente encontre que muitas das vezes a simpatia e a amizade fazem com que as críticas e os reparos sejam amenos.

Quais os temas, daqueles que julgamos saber e dominar de lés a lés, quando na realidade nada sabemos sobre eles? Não insinuo sobre aqueles que sabemos mais ou menos, muito menos sobre os outros em que sabemos uma ou outra coisa, pronúncio sim aqueles em que temos a profunda noção que nada sabemos, mas insistimos em dizer que sim e, na generalidade dos casos a nós próprios, sendo esse um erro que é, como muito bem sabemos e até reconhecemos, fatal (metaforicamente falando).

Esta parte de estudar, de pesquisar, de ouvir e de aprender é, a partir de determinada altura, na vida de um maçon, uma enorme e valente chatice, podendo até ser considerada como uma afronta e ou uma falta de respeito. A partir de determinada altura, tudo se sabe, tudo se domina, tudo se encara de maneira diferente, tudo tem e emana luz e, na realidade, não passa de uma ilusão individual.

Escrever é tão só, algo que considero individual e ao mesmo tempo coletivo. Quem escreve, fá-lo porque assim o entende, escreve porque tem gosto nisso. E se ao escrever for possível aprender? E evoluir?

Cá vou aprendendo as minhas “coisas”, os temas que considero importantes estudar, desenvolver e interpretar, dando-lhes depois o meu cunho, mas esses não os partilho, pois esses fazem parte do meu caminho, da minha discrição, do meu templo interior. Não tenho necessidade e nem os quero partilhar, não sendo isto defeito, mas sim feitio. 

É hora de escrever que há uns tempos que a inspiração me falta, que há (muitos) temas que não domino e que os tento aperfeiçoar um pouco mais a cada nova aurora.

Não sou, nem ambiciono ser nem mais nem menos, sou apenas aquilo que sou e sempre aquilo que quero ser.

E por fim, mas nunca por último, que tem tudo isto a ver com Maçonaria?

É aquela simples parte de escrever sobre tudo e sobre nada. Individual em prol do coletivo, estando à ordem!

Daniel Martins


16 maio 2014

A minha Iniciação. Parte -2


Eis que de repente a viagem começou e eu por ela não tinha dado, ou melhor, por ela eu não queria dar.

Agora do silêncio da espera algo irrompia e de súbito uma mão para mim se estendeu.

De onde vinha e ou de quem era, isso agora não importava, o que contava era que a tal viagem para que eu me preparara agora já estava a acontecer.

A caminho, e de caminho, a uma porta, eu fui dar, e na consciência eu fui bater.

Que consciência?
A consciência de que esta viagem tinha de ser feita de uma forma leal e sentida, por isso se o sítio escuro, tinha de ser, porque haveria eu de os olhos querer usar.

Bem voltando à Porta, a que eu tinha ido dar, para a conseguir ultrapassar um segredo me foi contado.
- Não, claro que o não posso revelar. Lembrem-se, esta foi a viagem ao meu interior e só para mim ela faz sentido e significado consegue ganhar.

Depois de, no tal segredo, as respostas ter recebido, foi um tormento, ali logo concedido, mais fundo eu tinha que descer e numa gruta entrar.

Depois de muito andar, e por paredes estreitas ter passado, a um Grande Templo eu cheguei.

Assim e já dentro do Grande Templo eu me encontrar, quando de repente, para além de quem a mão me dava e os segredos me descortinava, uma voz forjada pela Sabedoria, pela Força e Beleza do conhecimento e saber, se fez ouvir, e comigo começou a falar.

- Quem tu és, porque aqui queres entrar?
- Não sabes que este é um Mundo reservado apenas a quem o merece ter.
- Porque te julgas merecedor de nele entrar?
- Não sabes, e já não ouviste contar, que quem aqui entra para trás já não pode regressar?
- Tens a consciência que com o Sagrado não se pode brincar e que se o caminho continuares a garganta te irei cortar, se daqui revelares o que vires e escutar?

- Que pavor, ou talvez não! - Na verdade era ali que eu queria estar, e para aquela viagem eu me tinha preparado, como podia sequer ficar assustado?

Em frente decidi ir e com a verdade me armar, nada tinha a temer por ali conseguir chegar, mas então com uma regra fui confrontado, para de mim mais saber, ia ter de ser julgado.

Nota: Para quem a ultima etapa desta viagem quiser conhecer, esperar pela próxima semana será o suficiente, para a derradeira etapa, e o Grande Segredo, ficar a conhecer.

Alexandre T.

14 maio 2014

Eleição de Grão-Mestre 2014/2016: o currículo do candidato José Manuel Pereira da Silva

Tendo na semana passada publicado o currículo de um dos candidatos a Grão-Mestre da GLLP/GLRP, publica-se esta semana o currículo do outro candidato.

Nas próximas semanas, publicarei sucessivamente os manifestos de ambos os candidatos e procurarei obter deles respostas a um questionário (igual para ambos), de forma a permitir que melhor se ajuíze sobre as propostas de cada um. A ordem de publicação dos currículos, manifestos e entrevistas é a da entrada na Grande Secretaria da respetiva candidatura.

José Manuel Pereira da Silva


Currículo maçónico

Co-Fundador da Maçonaria Regular em Portugal, foi iniciado no GOL em 1980, tendo participado na cisão que conduziu à criação, em 1991, da Maçonaria Regular em Portugal.

Principais cargos desempenhados ao serviço da GL:
  • 1º Grande Vigilante
  • Assistente de Grão Mestre
  • 1º Vice Grão Mestre 
  • Grão Mestre Interino
  • Past V:.M:. das R:.L:. Jean Mons e Barbosa du Bocage
  • Fundador do GPIL (Grande Priorado Independente da Lusitânia ), CBCS (Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa) e Cav:. de Malta do RER
  • Grau 33 do REAA (Supremo Conselho para Portugal)
  • Grau 33 do R:. Adonhiromita (Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para Portugal)
  • Grande Oficial Instalador da Grande Loja de Marrocos
  • Representante da G:. L:. da Florida (USA).
DISTINÇÕES MAÇÓNICAS:
  • Ordem Honorífica Gomes Freire de Andrade
  • Grão Mestre de Honra
  • Grande Oficial (ad vitam)
  • Participante como palestrante e conferencista sobre temas maçónicos e simbólicos em inúmeras iniciativas da GLLP, a convite de RR:.LL:. ou de entidades profanas.
Currículo profano

Habilitações Académicas:
  • Licenciatura em Arquitectura, pela ESBAL, com classificação final de 15 val., em 18.07.1980
  • Curso de Economia e Tecnologia da Construção, com Distinção, I.S.T./FSE, 1989
  • Curso de Condicionamento de Edificios - CENFIC 1990 
  • Curso de Reabilitação de Edificios - CENFIC 1990 
  • Curso de Gestão da Qualidade - CEQUAL 1993 
  • Curso de Mestrado em Construção, do Instituto Superior Técnico, (Tecnologia e Economia da Construção e Reabilitação), 1991/1993.
  • Doutorado em Ciências da Educação – Universidade de Huelva, Espanha
Certificação Profissional:
  • Membro da Ordem dos Arquitectos Portugueses (nº 1626)
Docência:
  • Professor Efectivo da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, Caldas da Rainha, 3º Grupo (Construções Civis), atual GR 530.
  • Professor equiparado a Adjunto da ESAD (Escola Superior de Arte e Design), Caldas da Rainha, em 93/94 e 94/95.
  • Monitor em vários cursos de Formação Profissional (FSE).
  • Formador certificado pelo IEFP, leccionando desde 2003 a disciplina de Tecnologia da construção dos Cursos de Formação Profissional em Mediação Imobiliária, em acções reconhecidas pelo IMOPPI, no CEFORCAL em Caldas da Rainha.
  • Formador certificado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, no âmbito da formação de professores.

Publicado por Rui Bandeira

09 maio 2014

A minha Iniciação. Parte -1

Um dia decidi!

Sim decidi tomar uma grande decisão.
Decidi fazer uma grande viagem, uma viagem para não mais voltar.

Não, não é uma daquelas em que partimos para um outro lado qualquer e por lá ficamos. Esta viagem foi uma viagem muito mais complicada, esta foi aquela viagem!

Foi a viagem ao meu interior;
Ao meu mais íntimo;
À minha razão de ser;
A viagem ao principio de tudo.

Nesta caminhada decidi encarar todos os meus medos e confrontar os meus receios. Assim e com a decisão tomada comecei a prepara as coisas para levar nesta viagem.

Identifiquei de onde eu era;
Filho de quem e de que famílias proviam as minhas origens;
As razões que me levavam a fazer esta caminhada;
O sentido de fazer a mesma;

Enfim todas aquelas coisas que normalmente levamos numa viagem, pelo menos numa viagem como esta.
Depois de tudo inventariado e Check-List realizado, estava pronto para partir.

Parti e decidi, com convicção, de que era o caminho certo, de que este era realmente o meu caminho, senão nada fazia sentido.

Nada do que até agora havia feito;
Nada por onde tinha passado e aprendido;

Passo ante passo, pé ante pé, a caminho me coloquei, naquele caminho que ao meu interior me havia de levar.

Estava escuro e frio, ou não, mas segui;
Tudo era negro, ou não, mas mantive-me firme;
Gritos e ruídos, por mim passavam, ou não, mas sem nada a temer;
Imagens por mim passaram, ou não, mas tal coisa não conseguia entender;
Uma coisa era certa a decisão tomada estava e agora o meu Eu me esperava.

Fechei todas as portas que para trás tinham ficado, do Mundo Profano agora me afastava, começava agora a abrir, ao de leve, mesmo de muito ao de leve a porta da Alma ao Sagrado.

Com a consciência de que este era o passo certo, nada mais havia a fazer, para trás ficavam as incertezas e as inseguranças, agora tudo era fácil, eu já ali estava, o que de mal poderia acontecer?

Por certo nada, claro que não, nada havia a temer, esta era a viagem que eu queria fazer.

Na verdade em todos estes passos, no quarto escuro eu continuava, sem dele sequer conseguir sair, que tinha eu de fazer para ao meu interior conseguir descer?

Decidi esperar, pois se assim tivesse que ser, tal se iria realizar, alguma ajuda, eu haveria de ter, e por certo ela ai estria a chegar.

Esperei e continuei a esperar que a tal viagem, eu pudesse iniciar.

Nota: Para quem esta viagem quiser continuar a seguir, esperar pela próxima semana será o suficiente, para mais uma etapa ficar a conhecer.

Alexandre T.

07 maio 2014

Eleição de Grão-Mestre 2014/2016: o currículo do candidato Júlio Meirinhos

Como em toda as eleições, também em Maçonaria as pessoas são importantes nas escolhas. Pessoalmente, penso que o mais importante... Projetos, ideias, propósitos são seguramente importantes, mas são as pessoas que executam ou não os projetos, que tornam ou não realidade as ideias, que cumprem ou não os propósitos.

Na GLLP/GLRP, procuramos que as nossas escolhas sejam tão informadas e esclarecidas quanto possível. Por isso, as candidaturas são instruídas com currículos dos candidatos, resumindo a sua atividade, quer maçónica, quer na sua vida profana.

Os dois candidatos a Grão-Mestre forneceram os seus currículos, maçónicos e profanos. Publica-se hoje o currículo de um dos candidatos. O currículo do outro será publicado na próxima semana.

Júlio Meirinhos 


Currículo maçónico

Iniciado na R:.L:. Porto do Graal, n.º 2 em 1992
Ininterruptamente em funções desde então
Atualmente Vice Grão-Mestre.

Funções e cargos desempenhados na Grande Loja Legal de
Portugal/GLRP:
  • Venerável Mestre da R:. L:. Luz do Norte, nº21
  • Venerável Mestre Fundador da R:. L:. Rigor, nº 57
  • Assistente de vários M:.R:. Grão‐Mestres 
  • Vice Grão‐Mestre de vários M:.R:. Grão-Mestres
  • Grande Representante da Grande Loja de Mestres Maçons de Marca de França
  • Grande Representante da Grande Loja da Holanda
  • Membro honorário de diversas Lojas Nacionais e Estrangeiras.
Condecorações:
  • Grande Oficial da Ordem General Gomes Freire de Andrade
  • Grã‐Cruz da Ordem General Gomes Freire de Andrade.
Funções e cargos desempenhados nas estruturas de Altos Graus:
  • Sumo‐Sacerdote do Capítulo nº 6, Mosteiro Castro de Avelãs
  • Ilustre Mestre do Conselho nº 3, S. Bartolomeu
  • Eminente Comendador da Comenda nº 3, Cristóvão Colombo
  • Presidente da Ordem da Rosa
  • Membro da Ordem dos Sumo‐Sacerdotes Ungidos e Consagrados
  • Membro da Ordem da Trolha
  • Grande Sumo‐Sacerdote do Supremo Grande Capítulo do Arco Real de Portugal
  • Grão-Mestre do Grande Conselho de Mestres Reais e Escolhidos de Portugal
  • Generalíssimo da Grande Comenda de Cavaleiros Templários de Portugal
  • Grau 32º do Supremo Conselho para Portugal dos Soberanos Grandes Inspectores Gerais do 33º e último grau do Rito Escocês Antigo e Aceite
  • Patriarca Inspector Geral do 33º e último grau do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita para Portugal.
Currículo profano

59 Anos
Casado, 2 filhas e 2 netas
Reformado, com residência em Miranda do Douro e em Lisboa, onde tem 1 filha e 2 netas.
  • Licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra
  • Advogado
  • Presidente de Câmara durante 4 mandatos
  • Deputado em duas legislaturas
  • Coordenador da Comissão Parlamentar de Ética.
  • Membro da Comissão Parlamentar de Defesa
  • Secretário‐Geral e Notário privativo do Leal Senado de Macau
  • Juiz Presidente do Tribunal Administrativo e Contas de Macau
  • Membro fundador e dirigente do Instituto Jurídico de Macau
  • Docente da Faculdade de Direito de Macau
  • Membro da Academia da “Língua Asturiana” Oviedo‐Espanha
  • Auditor de Defesa Nacional
  • Presidente do Agrupamento de Municípios da Terra Fria Transmontana
  • Administrador da Associação de Municípios de Trás‐os‐Montes e Alto Douro
  • Coordenador do PROCOA‐ Programa de Desenvolvimento Integrado do Vale do Côa
  • Membro do Comité das Regiões em Bruxelas
  • Presidente do Conselho da Região da Comissão de Coordenação da Região Norte
  • Governador Civil de Bragança 
  • Presidente da Assembleia para a criação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança
  • Presidente de diversas associações (Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro, Associação Ibérica Antinuclear)
  • Dirigente e membro fundador da Associação Nacional de Municípios Portugueses
  • Presidente da Região de Turismo do Nordeste Transmontano
  • Vice‐Presidente da ANRET (Associação Nacional das Regiões de Turismo
  • Vice‐Presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Condecorações:
  • Cidadão honorário do Município de Miranda do Douro ‐ Grau Ouro.
  • Agraciado pelo Estado Português com o grau de Comendador da Ordem Nacional do Infante D. Henrique.
  • Eleito o «Melhor Autarca do ano de 1986» ‐ Prémio telex de prata‐ANOP.

Publicado por Rui Bandeira