13 outubro 2006

Livraria Maçónica na Rede


A Télélivre é uma livraria belga que utiliza a Rede para efectuar vendas dos seus produtos - livros. Até aqui nada de novo, para quem se habituou a digitar www.amazon.com e aceder ao maior supermercado virtual de livros.
A novidade é que a Télélivre criou uma Livraria Virtual Maçónica, que autonomizou em sítio próprio, a La Cale Sèche (nome curioso; traduzido, quer dizer "A Doca Seca"), cujo logotipo aqui se reproduz.
Para quem utilizar confortavelmente a língua francesa (mas não só; encontrei referência a um livro em castelhano, por exemplo), este sítio é um local cómodo para pesquisar e encomendar livros sobre a temática maçónica, exclusiva aqui.
Presentemente, estão referenciados 1.350 títulos, com a vantagem adicional de o sítio os ter agrupado em vários sub-temas, facilitando a pesquisa do que nos interesse. Clicando, na parte superior esquerda do sítio, em "Livres (1350)", abre-se uma página que apresenta diversas categorias. Por exemplo, Esoterismo (17 livros), Ensaisos (54), Religiões (25) ou, simplesmente, Maçonaria (1212 livros; aqui a ajuda não é muito grande...).
Um sítio para ter referenciado, para quando se quiser procurar um livro de temática maçónica.
Rui Bandeira

12 outubro 2006

César Romero na Escudero - Galeria de Artes e Letras


César Romero nasceu em Feira de Santana, Baía, no ano de 1950. Autodidacta, iniciou-se em artes plásticas no ano de 1967. Vive em Salvador desde 1966.

Participou em várias exposições internacionais a convite ou através de Salões: Washington, Hannover, Colónia, Berlim, Barcelona, Madrid, Bilbao, Lisboa, Caynne, Fort-de-France, Santiago, Buenos Aires, Paris, Granada e Marsailhes.

Possui trabalhos em vinte e oito museus brasileiros.

Realizou cartazes e marcas para empresas e eventos nacionais e internacionais, projectos visuais para capas de discos e livros, estampas para tecidos de várias etiquetas, ilustrações para contos, livros, novelas, poemas e jornais.

Teve trabalhos seus integrados em projectos de decorações e cenários para vinte novelas e alguns programas especiais da Rede Globo de Televisão.


Desde ontem, e até 31 de Outubro, entre as 15 e as 20 horas, todos os dias excepto Domingo, uma exposição comemorativa dos seus 40 anos de actividade artística (mais ou menos, já que só em 2007 perfará esse tempo...), intitulada "BRamante" está aberta ao público na nossa galeria de arte preferida, a Escudero - Galeria de Artes e Letras, na Avenida Maria Helena Vieira da Silva, n.º 37 - B, Quinta do Lambert, em Lisboa.

A imagem acima reproduz uma das obras expostas e espero que sirva de motivação para uma visita à exposição.

Rui Bandeira

11 outubro 2006

Primavera no Outono

Como muitos dos urbanos dos tempos actuais, o meu primeiro contacto diário com as notícias do dia ocorre através do rádio do automóvel, durante o percurso matinal casa-escola da criança-trabalho. Muitas vezes, é um hábito que me deixa um sabor amargo, pois vou ouvindo má notícia atrás de má notícia, num deprimente encadeado das feridas que a Humanidade se vai inflingindo pelo globo fora.
Mas hoje foi a excepção que confirma a regra! De uma assentada, uma sucessão de boas notícias carregou-me as baterias do moral para o dia todo, espero.
I - Assinatura do protocolo MIT - Universidades e Politécnicos portugueses
Para além da boa notícia em si, a estação de rádio passou declarações do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, centradas exclusivamente na exposição das possibilidades de evolução, melhoria e qualificação das instituições de Ensino Superior portuguesas, e de dois responsáveis de Escolas Superiores, expondo os projectos que iam desenvolver nas suas escolas, os objectivos fixados e a melhoria qualitativa procurada. Ou seja, nem um, nem outros, se puseram em bicos de pés, ninguém se pôs com lamúrias, todos mostraram a sua confiança na capacidade para evoluir, a saudável e realista humildade de reconhecer o benefício da cooperação com um dos expoentes do avanço científico e tecnológico no planeta. Discursos optimistas, mas realçando que o Futuro se ganha com Dedicação, Trabalho e Competência.
1 a 0!
II - Empresa de consultoria divulga estudo de reestruturação da PSP, em que propõe a redução do número de Comandos para metade.
Um jornalista da estação de rádio anuncia que vai passar o comentário de um responsável da Associação Sindical dos Oficiais da Polícia. Encolho-me todo no carro! Lá vem a cassette sindicalista do costume... Receio infundado: sim senhor, todos reconhecem que é necessária uma reorganização da PSP, no quadro da reorganização das Forças de Segurança, ainda não conhecem o projecto em concreto, mas, logo que a ele tenham acesso vão estudá-lo e colaborar com os responsáveis políticos, no sentido de ser encontrada e fixada a melhor organização estrutural da PSP, que possa corresponder às necessidades das populações que a PSP serve, aos interesses da PSP e expectativas dos seus elementos. Mais uma vez sem lamúrias e com uma postura de realismo, interesse e cooperação. Olho para o painel do rádio: a estação emissora é portuguesa, as palavras foram ditas em português.
2 a 0!
III - Escola António Sérgio no Cacém integra alunos de 18 nacionalidades
Diz o jornalista que a escola é exemplar na integração de estudantes de todas as proveniências. Presentemente, tem alunos de 18 nacionalidades. Todos falam portugês. Entrevistam alguns, vários africanos dos PALOP, um chinês, um romeno, uma ucraniana. Reconhecem-se diferenças nos sotaques, mas... todos falam português escorreito. A jornalista pergunta à estudante ucraniana como aprendeu a falar tão bem português. Resposta: "com a ajuda dos professores e dos colegas". Simples... A jornalista entrevista uma professora, que refere ser a integração de alunos de todas as proveniências uma das prioridades da escola, que se faz essa integração evitando encapsulamentos de grupos da mesma origem, distribuindo os alunos das diferentes origens pelas turmas, que o sucesso da integração permite que todos se enriqueçam, através do contacto com as diversas experiências, usos e tradições, e realça os bons resultados escolares conseguidos. Outra vez sem lamúrias, todos orgulhosos do trabalho que vão fazendo.
3 a 0!
Há dias assim! Nem parecia que estava em Portugal. Ou melhor, afinal, a pouco e pouco, talvez Portugal se vá, finalmente, convencendo que não é a lamúria, a estreiteza de espírito, a mesquinhez, o medo e a inércia que resolvem os nossos problemas: são o Trabalho, a Visão, a Cooperação, a Disciplina e a Grandeza de Espírito que nos levarão aonde queremos!
Talvez três andorinhas não cheguem para fazer uma Primavera. Mas estas três notícias positivas, todas seguidas num noticiário radiofónico, deram-me um libertador e perfumado ar de Primavera neste Outono.
E, afinal, 3 a0 já dá para ir à fase final e discutir o título. Viu-se ontem...
Um bem disposto e optimista abraço do
Rui Bandeira

10 outubro 2006

A MALAPOSTA

À entrada de Odivelas, quem entra pelo lado do Carriche ou da Póvoa Sto. Adrião, díficilmente deixa de reparar na Malaposta, agora Teatro (ou melhor, Casa de Cultura de todas as artes), antes local de recolha das Mala-Postas, das mudas de cavalos, rápidas porque a carga da carruagem não podia esperar ou mais sossegadas porque os ocupantes, cansados de jornada longa, resolviam ali descansar, comendo e muitas vezes pernoitando, aproveitando alguma companhia garrida que por ali estivesse disponivel.

É um belo espaço, orgulho dos "Odivelenses", no qual muita história (e muitas estórias) se mostra, e se conta, e se dança, e se canta...
Em exposição que estará disponível a partir do próximo dia 17, serão os próprios funcionários e colaboradores da casa a mostrarem as Suas habilidades, eles também artistas de corpo inteiro, e pelo que se verá, artistas de grande mérito, aos quais só falta mesmo o reconhecimento do público ou talvez melhor, o conhecimento do público.
Em boa verdade não se pode reconhecer (avaliar) o que não é conhecido !
Pois a partir de 17 p.f. (15 horas) venham até Odivelas, à Malaposta, ver uma exposição diferente, porque constituida pelos trabalhos dos que, habitualmente, só trabalham nos bastidores.

MALAPOSTA

A voz dos artistas toma o lugar na viagem que o destino lhe comete.

Viaja, essa voz, através da voz das actrizes e dos actores,
ou das telas pintadas
ou através das melodias cantadas
e dos palcos pisados ao sabor da palavra e da literatura
ou ao sabor do voo dos corpos
dançantes.

Num edifício feito de três casas unidas por um delta
morou desde sempre a alma
de quem entrega a mensagem. De quem sabe fazer
chegar a carta onde mora o sonho e a vertigem da vida.

Esqueceremos o tempo em que foi de morte o cheiro destas pedras
que pisamos. Destes palcos que admiramos e pisamos. E
destas cadeiras onde nos sentamos. A alma do holocausto dos
animais perdoará a fraqueza do homem não artista.

Lembraremos para todo o sempre o longínquo passado das
Mala-Postas correndo pelas estradas dos campos,
entre as árvores, levando de terra em terra, de cidade
em cidade, a mensagem que tem de ser lavada e entregue.

E lembraremos o presente erigido pelos amantes da arte.
Pelos artistas que servem a arte apenas porque por ela
apaixonados desde o berço.

O futuro da Malaposta (sem hífen, agora) é o sorriso das estrelas e a
harmonia de cada coração. É D. Dinis a entrar pelos portões
e a perguntar onde fica o auditório onde irá fazer o seu recital
de cantigas de amor e de amigo.

O futuro deste edifício de três casas unidas por um delta
assenta nos poetas
e nos músicos. Nos bailarinos e nos pintores. Naqueles que
esculpem a pedra e em todas as actrizes e actores
que pisam os palcos
para levarem a mensagem ao público
como antigamente o correio-mor levava as cartas dos amantes e
dos sonhadores.

A voz de um artista é a voz do coração da sua arte.
E a junção de todas as artes dá forma e substância
ao grande coração da vida: onde cantam as vozes sublimes
de cada modo de ser artista e arte.

As Mala-Postas de outros tempos são a herança antiga
que queremos receber,
a memória que gostamos de contar.

A Malaposta dos nossos dias,
dias de todas as artes dentro de uma casa com arte,
é a memória, como herança, que queremos deixar ao futuro.

MÁRIO MÁXIMO

Por antecipação aqui Vos deixo um "cheirinho" do que encontrarão os que forem até à Malaposta a partir de dia 17.

JPSetúbal

Um olhar para a "concorrência"


Aqui no A Partir Pedra procuramos estar atentos a tudo o que se relacione com a Maçonaria.
E obviamente que vamos estando atentos à "concorrência".
Também com assento no blogspot.com, mas oriundo do Brasil, é interessante ir dando uma olhada no Blog do Maçom.
Não tem tanta frequência de actualização como o nosso A Partir Pedra ( na altura em que escrevo, o seu último texto é de 28 de Setembro, o anterior de 17 de Setembro e o anterior a este de 8 do mesmo mês), mas trata-se de um blogue de evidente interesse, tanto mais que permite fazer o contraponto sobre como se vê esta coisa de um blogue sobre temas maçónicos em ambos os lados do Atlântico.
Tem textos deliciosos de humor (o do churrasco do ponto de vista feminino eu já conhecia; a "carta de um profano a outro" é de gargalhadas) e textos que procuram tratar com seriedade temas que são caros aos maçons.
Para aguçar a curiosidade, eis os títulos dos últimos textos:

"O que é um Churrasco ?"
"Um Poema de Chaplin"
"Carta de um Profano a Outro"
"O Palácio e o Templo"
"A Marca que Deixamos nas Pessoas"
"Carta de um Maçom a seu Filho"
"Prece de um Maçom"
"E Afinal o que é Ser Maçom"
"A Sabedoria do Fogo"
"As Sete Lágrimas de um Maçom"
Este blogue merece indubitavelmenyte a nossa atenção e, atento o ritmo de actualização, uma espreitadela uma ou duas vezes por mês.
Rui Bandeira

09 outubro 2006

Maçonaria e Religião - 2

Reforçando o Post do Rui Bandeira aqui fica a transcrição do que está escrito na Pagina da Grande Loja Unida de Inglaterra, tida como o referencial máximo da Maçonaria Regular Mundial.


Freemasonry: Your Questions Answered
Q
Aren't you a religion or a rival to religion?
A
Emphatically not. Freemasonry requires a belief in God and its principles are common to many of the world's great religions. Freemasonry does not try to replace religion or substitute for it. Every candidate is exhorted to practise his religion and to regard its holy book as the unerring standard of truth. Freemasonry does not instruct its members in what their religious beliefs should be, nor does it offer sacrements. Freemasonry deals in relations between men; religion deals in a man's relationship with his God.

Q
Why do you call it the VSL and not the Bible?
A
To the majority of Freemasons the Volume of the sacred Law is the Bible. There are many in Freemasonry, however, who are not Christian and to them the Bible is not their sacred book and they will make their promises on the book which is regarded as sacred to their religion. The Bible will always be present in an English lodge but as the organisation welcomes men of many different faiths, it is called the Volume of the Sacred Law. Thus, when the Volume of the Sacred Law is referred to in ceremonies, to a non-Christian it will be the holy book of his religion and to a Christian it will be the Bible.

Q
Why do you call God the Great Architect?
A
Freemasonry embraces all men who believe in God. Its membership includes Christians, Jews, Hindus, Sikhs, Muslims, Parsees and others. The use of descriptions such as the Great Architect prevents disharmony. The Great Architect is not a specific Masonic god or an attempt to combine all gods into one. Thus, men of differing religions pray together without offense being given to any of them.

Q
Why don't some churches like Freemasonry?
A
There are elements within certain churches who misunderstand Freemasonry and confuse secular rituals with religious liturgy. Although the Methodist Conference and the General Synod of the Anglican Church have occasionally criticised Freemasonry, in both Churches there are many Masons and indeed others who are dismayed that the Churches should attack Freemasonry, an organisation which has always encouraged its members to be active in their own religion.

Q
Why will Freemasonry not accept Roman Catholics as members?
A
It does. The prime qualification for admission into Freemasonry has always been a belief in God. How that belief is expressed is entirely up to the individual. Four Grand Masters of English Freemasonry have been Roman Catholics. There are many Roman Catholic Freemasons.



Queiram desculpar por ser em Inglês, mas o nosso Governo tem como plano por todos a falar inglês e por isso aqui fica a minha modesta contribuição.
JoseSR

Maçonaria e Religião


A Maçonaria NÃO É uma religião.
A Maçonaria não aconselha, ou impõe, ou favorece, a prática de qualquer religião em particular.
A Maçonaria Regular nem sequer pretende que os seus membros pratiquem qualquer religião. Basta-lhe que os seus membros sejam crentes num Criador, qualquer que seja a forma como se corporiza tal crença (ver artigo "O processo iniciático maçónico, de 3 de Outubro).
A Maçonaria não pretende substituir-se à religião.
A Maçonaria Regular convive com todas as religiões e todas as respectivas estruturas de enquadramento e a todas aceita e respeita.
A Maçonaria Regular promove o convívio, a aceitação e o respeito mútuo de crentes de todas as religiões, incluindo os simplesmente crentes no Criador, ainda que não se revejam em nenhuma religião estabelecida.
As Lojas da Maçonaria Regular reunem sempre na presença do Livro Sagrado ou dos Livros Sagrados das religiões professadas pelos seus membros (por exemplo: presentemente são membros da Loja Mestre Affonso Domingues, para além de crentes não ligados a religião em particular, crentes da religião católica, crentes de igrejas cristãs nascidas da Reforma e crentes da religião judaica; consequentemente, a Loja reune na presença da Bíblia, Livro Sagrado para os católicos e demais cristãos, e da Torah, Livro Sagrado do Judaísmo).
A Maçonaria viabiliza um processo de aperfeiçoamento e evolução espiritual dos seus membros, tendo como base de partida a crença de cada um.
Sendo assim, porque é a Maçonaria por vezes diabolizada, atacada, por Igrejas religiosas?
Porque a religião organizada exclui onde a Maçonaria inclui. Isto é: para algumas religiões, a salvação é exclusiva para os seus crentes; para as respectivas igrejas, tal salvação só pode ocorrer em relação aos que se acolhem no seu seio; os demais são "infiéis", insusceptíveis de salvação. Não admira, assim, que essas estruturas não vejam com bons olhos uma organização que entende que TODOS os crentes são dignos, são iguais e são igualmente aptos a crescerem espiritualmente.
Para a Maçonaria, nenhuma religião ou Igreja é um problema. Pelo contrário, a crença religiosa, organizada ou não, é a base do trabalho que o maçon deve realizar para se aperfeiçoar.
A Religião baseia-se na Fé. A Maçonaria aceita qualquer Fé e trabalha-a com a Razão.
A Maçonaria Regular considera-se assim complementar e não conflitual com a religião.
Rui Bandeira