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10 dezembro 2007

Geminação, almoço, leilão


O JPSetúbal já ontem, no seu texto Dia de Festa fez breves referências aos eventos relacionados com a Loja Mestre Affonso Domingues ocorridos no passado sábado. Referências feitas num registo (compreensivelmente) emocional.

Quem leu esse texto e não integra a Loja Mestre Affonso Domingues, no entanto, terá dificuldade em entender que eventos foram esses. A meu ver, e sendo este blogue "escrito por maçons da Loja Mestre Affonso Domingues", justifica-se uma referência mais informativa. Ei-la, pois.

Ocorreu, na manhã do último sábado, "em lugar a coberto da indiscrição dos profanos", a Cerimónia de Geminação entre as Lojas Mestre Affonso Domingues e Rigor, esta reunindo ao Oriente de Bragança. A decisão de geminação fora tomada no ano passado, aquando de uma visita efectuada por uma delegação da Loja Mestre Affonso Domingues à Loja Rigor, já registada neste blogue no texto Uma visita a Rigor.

Com esta cerimónia e a celebração do respectivo Convénio de Geminação, a Loja Mestre Affonso Domingues passa a estar geminada com duas outras Lojas: a Loja Rigor, de Bragança, Loja pertencente à mesma Obediência que a Loja Mestre Affonso Domingues, a GLLP/GLRP, e a Loja Fraternidade Atlântica, de Neuilly-Binot (perto de Paris), integrada na Grande Loge Nationale Française (GLNF ).

A geminação é um protocolo de colaboração especial entre Lojas, traduzindo um propósito de realização de visitas mútuas entre os obreiros das Lojas geminadas e de colaboração na organização de eventos, actividades e realizações comuns.

Ainda no sábado último, a Loja Mestre Affonso Domingues celebrou o seu habitual almoço festivo de Dezembro, contando com a presença dos nossos Irmãos de Bragança, na primeira execução prática do Convénio de Geminação celebrado nessa mesma manhã.

No decorrer deste almoço, foi, como é também habitual na Loja Mestre Affonso Domingues, prestada homenagem ao obreiro que exerceu as funções de Venerável Mestre no ano maçónico anterior, PauloFR, com a entrega de uma pequena recordação. Esse momento de homenagem é a única retribuição que a Loja dá a quem tem o encargo, a responsabilidade e o trabalho de a dirigir durante um ano. O objecto de recordação que lhe é ofertado e a satisfação do dever cumprido são o que cada maçon que exerceu o ofício de Venerável Mestre guarda dessa passagem pela Cadeira de Salomão. E chega! E é muito! E é tudo o que interessa!

O almoço foi abrilhantado pela actuação musical de dois Irmãos, Alexis B., que tocou balalaica e violino, e Acácio R., que tocou guitarra clássica, actuação que mereceu generalizado aplauso de grande agrado.

Como felizmente é já uma tradição do nosso grupo, estiveram presentes no almoço elementos que, no passado, integraram a Loja Mestre Affonso Domingues e que presentemente se encontram adormecidos (afastados por opção própria). O facto de circunstâncias diversas, pessoais ou da vida, levarem a que maçons, por vezes tão contristadamente, decidam suspender a sua actividade maçónica não impede que nesta ocasião especial, como noutras, tenhamos o gosto da sua presença e companhia. Uma vez dos nossos, sempre dos nossos. E a porta de regresso está sempre aberta. Nem sequer é preciso bater, basta entrar e abraçar quem estiver do lado de dentro!

Finalmente - e infelizmente já sem a presença dos Irmãos da Loja Rigor, que tiveram que regressar a meio da tarde a Bragança, que a distância é longa -, teve lugar o habitual leilão entre os presentes das ofertas que, especificamente para tal fim, todos trouxeram. O produto recolhido este ano reverteu para a aquisição de bens que sejam úteis ao CAJIL (Centro de Apoio a Jovens e Idosos do Lumiar) e à CERCIAMA (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Amadora). O nosso contributo é uma ínfima parte do que estas meritórias instituições merecem e necessitam. E esse apoio não tem qualquer mérito ou valor especial. É apenas o cumprimento, pela nossa parte, de uma obrigação de pessoas de bem: apoiar quem supre necessidades sociais importantes de quem mais frágil está, E só é aqui mencionado com um único propósito e uma só esperança: o propósito de chamar a atenção para o mérito destas instituições e a esperança de que quem leia este texto vença a inércia e tome a iniciativa de juntar mais um pequeno grão ao grão miúdo que nós arranjámos. Porque será assim, grão a grão, que vamos lá, que todos ajudamos com a nossa pequena parte ao muito que os responsáveis e voluntários destas instituições fazem.

Portanto, caro leitor, faça o favor de compensar a leitura deste texto com um pequeno gesto: dê o que puder ao CAJIL (Rua do Lumiar, n.º 57, Lisboa, telefone - 217 574 573) e/ou à CERCIAMA (Rua Mestre Roque Gameiro, n.º 12, Amadora, telefone 214 986 830 / 214 986 838). Vai sentir-se muito feliz com esse gesto! E, se e quando puder, não se acanhe: vá lá fazer uma visita e ver a obra que é feita! Eles ficam contentes com o seu interesse e você verificará pessoalmente como é bem aproveitado tudo o que para ali é canalizado!

Rui Bandeira

19 julho 2007

Outra notícia oriunda do Brasil

Foi publicada já em 8 de Junho último no jornal electrónico brasileiro Mato Grosso mais, mas penso que vale a pena reproduzi-la aqui. É mais uma demonstração de como a Maçonaria pode ser útil à Sociedade no meio em que se insere.

Maçonaria e UFMT preparam agentes rurais

Setenta jovens das comunidades rural e ribeirinha de Santo Antônio de Leverger iniciam neste sábado, 09/06, às 09h, no campus da Fazenda Experimental da UFMT, o curso de Agente Rural. A promoção é das Lojas Maçônicas Acácia de Várzea Grande nº 33 e Acácia de Rio Abaixo nº 35 e os agentes rurais serão capacitados pelo Instituto Creatio e UFMT, em parceria com a Prefeitura de Santo Antônio de Leverger, município onde está a Fazenda, e do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

Durante quatro meses profissionais e maçons identificaram a vocação econômica durante reuniões com as famílias daquela região. Um exemplo é a comunidades Vale Abençoado, na serra de São Vicente, a 90 quilômetros de Cuiabá. Os moradores, que antes usavam a agricultura como subsistência, agora vão formar uma cooperativa para o escoamento da produção, que vai desde derivados de mandioca, até artesanatos de babaçu.

Os agentes rurais devem estar cursando o ensino médio. Eles vão ser responsáveis pelo acompanhamento dos projetos zootécnicos (produção de frangos caipira, gado leiteiro, ovinos e caprinos, piscicultura e suínos) e fitotécnicos (mandioca, cana de açúcar, banana, maracujá e polpa de frutas), preparando para o mercado regional a futura produção. É o caso do extrativismo da castanha do coco do babaçu, onde as famílias vão produzir desde a farinha, até artesanatos da casca do produto.

"A idéia é provocar a comunidade, despertando e potencializando os seus saberes e fazeres locais", afirma o engenheiro agrônomo e coordenador do núcleo de agricultura familiar do Creatio, professor Medson Janer da Silva, que também é consultor do MDA.

Para o presidente da Loja Acácia de Várzea Grande nº 33, José Barbosa Batista, o projeto que a Maçonaria está desenvolvendo, aproxima a entidade dos trabalhos sociais, que é um dos princípios da ordem maçônica.

Como se vê, não é necessário preparar grandes projectos. Basta estar atento e verificar onde e como se pode fazer a diferença e ajudar! Um pequeno impulso, uma pequena colaboração de duas lojas maçónicas com agentes públicos chega para fazer uma grande diferença na vida de setenta pessoas que obtêm formação e ainda terá reflexos positivos na vida de uma comunidade.

Rui Bandeira

14 junho 2007

Dia Mundial do Dador de Sangue: Obrigado!

Hoje assinala-se o Dia Mundial do Dador de sangue, que foi instituído pela Assembleia de 2005 da Organização Mundial da Saúde. É assinalado nesta data, por a mesma ser a data de nascimento de Karl Landsteiner, prémio Nobel da Medicina, que descobriu o sistema de grupos sanguíneos ABO, permitindo assim a transfusão de sangue.

Esta efeméride destina-se também a assinalar o reconhecimento pelos dadores de sangue.

E, neste aspecto, todos os dadores de sangue de Portugal bem merecem os parabéns que o Instituto Português do Sangue muito justamente lhes endereça, já que, no ano passado, Portugal atingiu a auto-suficiência nas reservas de sangue, graças às mais de 360.000 unidades de sangue colhidas, equivalentes a 39 dádivas por mil habitantes. O número ideal de dádivas por milhar de habitantes é de 40 a 50 por ano.


Em Portugal existem presentemente 400.000 dadores de sangue, segundo o número de cartões emitido pelo Instituto Português do Sangue. Só em 2006, esse Instituto registou 298.000 novos dadores!

São as mulheres e os jovens quem mais contribui para as reservas de sangue a nível nacional.

A todas e a todos os dadores, um muito grande

OBRIGADO!

A todas e a todos os dadores, o desejo de que continuem a efectuar as suas dádivas, se possível mais do que uma por ano. O ideal são 3 dádivas anuais pelas mulheres e 4 anuais pelos homens.

BEM-HAJAM!

Rui Bandeira

23 maio 2007

O desejo de Shane

A solidariedade também se faz com pequenos e simples gestos.

O rapaz da foto é Shane Bernier. Vive em Lancaster, Ontario, Canadá. Sofre de leucemia linfoblástica aguda. Após 130 semanas de tratamento, a doença ressurgiu. Tem sete anos de idade. Completa oito anos no próximo dia 30 de Maio. Sabedor da gravidade do seu estado, mantém um espírito positivo. E tem um desejo: superar o número de cartões de aniversário que alguém alguma vez recebeu, relativamente a um único aniversário.

Esse desejo é uma forma de manter o seu optimismo na luta contra a doença que o mina. Por cada cartão recebido, o seu sorriso aumenta (e que bom é poder manter o sorriso na face de uma criança sofrendo de uma doença terrível!), a sua coragem cresce.

Ser solidário é também ter pequenos gestos. Enviar um cartão de aniversário (se não encontrar um na papelaria da esquina, um simples postal ilustrado também serve...), com uma pequena nota (HAPPY BIRTHDAY, SHANE é o suficiente...), porventura não alterará o curso da sua doença. Mas aumentará a sua felicidade. E fazer um rapazinho feliz com um simples e fácil gesto também é ser solidário. E também nos aquece o coração...

O aniversário de Shane Bernier é já no próximo dia 30. Ajude a inundar os serviços postais de Lancaster, Ontario, de cartões de aniversário para ele. Só lhe custa o preço do cartão e do selo. É barato o preço da felicidade. Sobretudo porque um pouco dessa felicidade ficará também no seu coração!

Os cartões devem ser enviados para

Shane Bernier
PO Box 484
Lancaster, Ontario
K0C 1N0
Canada

Trate disso JÁ! Se deixa para depois, ainda se esquece e o dia 30 está já aí!

E, já agora, ajude a divulgar este desejo. Não envie 385 mensagens de correio electrónico, basta apenas uma: No fim deste texto, está um ícone com a imagem de um sobrescrito. Clique no ícone. Na janela que se abre, ponha o seu endereço de correio electrónico no remetente, o endereço de correio electrónico da pessoa a quem decidir enviar a mensagem e, no campo de texto, basta escrever: MANDA UM AGORA! E clique no enviar. Já está!

E ainda, se me permite que abuse e se tem 18 e 45 anos, aproveite este pretexto e, depois de mandar o cartão, trate de se ir registar como dador de medula óssea. Se não puder tratar disso já, agende, para não se esquecer. Nada como um pequeno gesto de solidariedade para nos abalançarmos a um gesto um pouco maior...

Rui Bandeira

07 maio 2007

Esperteza saloia

Os peditórios públicos anuais são uma forma de obtenção de meios por parte das instituições de solidariedade social. São também uma oportunidade de chamar a atenção para as carências dos mais necessitados. Mobilizam muitos voluntários. Mobilizam a boa vontade da generalidade da população. Aprendi no sábado que também são utilizáveis por chicos-espertos para campanhas de marketing de pacotilha.

Sábado de manhã, à entrada da loja Lidl na Av. Coronel Eduardo Galhardo, em Lisboa, deparo com um grupo de voluntários que distribuem sacos de plástico para acondicionar donativos de bens alimentícios destinados ao Banco Alimentar contra a Fome. Aceito um saco, disposto a adquirir naquela loja alguns alimentos não rapidamente perecíveis, para os entregar aos voluntários.

Como habitualmente, registo a boa colaboração que as cadeias de distribuição dão a esta iniciativa e afasto, por mesquinha, a subreptícia suspeita de que essa boa colaboração não é totalmente desinteressada, já que da boa vontade dos que querem contribuir também beneficiam os estabelecimentos onde são adquiridos os bens alimentares doados. Não será essa a principal preocupação dos responsáveis dessas cadeias de distribuição. O negócio não exclui a predisposição para a solidariedade!

Já dentro da loja, deparo com um expositor onde está anunciado que, por cada cinco unidades de diversos produtos (leite ultrapasteurizado meio-gordo, esparguete, salsichas, arroz, etc.) que cada pessoa oferecer ao Banco Alimentar contra a Fome, a Lidl oferecerá mais uma unidade. Bastará para tanto que o cliente adquira cinco unidades do produto da sua escolha e apresente na caixa, no momento do pagamento, um pequeno prospecto onde está um código de barras. Esse prospecto, certamente depois de validado, será entregue aos voluntários.

Penso com os meus botões que os responsáveis da Lidl tiveram uma boa ideia. Assim motivam que se ofereça mais. Se é certo que vende mais, pois levam as pessoas a adquirir cinco e não apenas um ou dois, também a própria cadeia de distribuição contribui, senão com a totalidade, seguramente com grande parte do lucro que isso lhe proporciona, pois de cada cinco unidades vendidas ela própria oferece uma sexta. Se a taxa de lucro de cada mercadoria for de 20 %, oferece todo o seu lucro. Se for superior, oferece uma grande parte dele. É justo e é uma boa ideia e decido corresponder adquirindo cinco litros de leite meio-gordo ultrapasteurizado.

Por acaso, aquilo que eu buscava adquirir no estabelecimento estava esgotado, pelo que me apresentei na caixa só com os cinco litros de leite e o tal prospectozinho. Se não tivesse sido assim e tivesse feito mais compras, como a esmagadora maioria dos clientes do estabelecimento fizeram, não teria possivelmente dado pelo logro, como possivelmente a esmagadora maioria dos clientes não deu...

Cada litro de leite custava 40 cêntinos. Uma simples operação aritmética informa que cinco litros desse leite custavam 2 Euros. Na caixa, o operador passa o código de barras do tal prospecto. Seguidamente passa o código de barras de um pacote de leite e assinala que são cinco os pacotes adquiridos. Pede-me o preço: - São dois euros e quarenta cêntimos.

- Como é? - pergunto eu. Cinco vezes quatro, vinte...

Resposta do operador de caixa: - Mais quarenta cêntimos do prospecto...

Insisto: - Leia lá bem o prospecto, eu ofereço cinco unidades, a Lidl oferece a sexta; se eu pagasse a sexta, quem oferecia era eu e não precisava que a Lidl fosse entregar, entregava logo eu...

O operador de caixa chamou a supervisora. Repito o argumento. A supervisora deita uma olhadela ao prospecto e dispara, no tom automático e displicente de quem repete uma frase pela enésima vez na última hora: Não, não é assim. O senhor paga o produto do papel e por cada cinco papéis que o Banco Alimentar entregar na Lidl, nós oferecemos uma unidade.

É claro que não é isso que a publicidade feita anuncia. Essa é inequívoca: o cliente oferece cinco, a Lidl oferece mais um! Com esta abstrusa interpretação, cada cliente paga 6 e por cada cinco clientes que o façam, isto é, por cada 30 unidades adquiridas e pagas pelos clientes, a Lidl então faria a fineza de acrescentar mais uma...

Ponho a hipótese de ser um engano da supervisora. Mas então porque regista a caixa, para o cliente pagar, o custo do produto representado no prospecto, através do código de barras aí incluso? E a resposta rápida e em tom displicente da tal supervisora inculcam que já deu esta mesma resposta a mais clientes e que esta será a resposta que foi preparada para dar...

Fervo por dentro! Procuro controlar-me, mas, apesar disso, respondo num volume de voz mais alto do que o necessário: - Isso é publicidade enganosa! Fique com o leite, que eu vou comprá-lo a outro lado!

Fiz mal! Devia ter pago o que me pediram e pegado no recibo e no prospecto e tê-los entregue na ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), acompanhando a respectiva queixa! Para a próxima, não me vou esquecer!

Rui Bandeira

10 abril 2007

Cinco motivos para NÃO SER maçon

1. Influência política - Poder

Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria - pelo menos a maçonaria Regular; e, mesmo quanto à Maçonaria Liberal, acho que são mais as vozes do que as nozes... - não tem mais influência junto do Poder Político do que qualquer outra instituição social. A única influência que a Maçonaria pode exercer é apenas de ordem moral, pelo exemplo dos seus membros através da aplicação dos seus princípios. Engana-se quem pensa que. ao juntar-se à Maçonaria, terá acesso aos corredores do Poder...

Aliás, uma das coisas de que o maçon rapidamente se dá conta,dentro da Ordem, é que é muito mais abrangente a ilusão do Poder, do que este propriamente dito. Ao menos em ambiente democrático, cada um exerce apenas o Poder que os demais lhe reconhecem e admitem que exerçam.

Em Loja, o detentor do Poder, o condutor, o decisor, o que detém os símbolos do Poder é o Venerável Mestre. Pois bem: como todos os que já se sentaram na Cadeira de Salomão rapidamente verificaram, a função de Venerável Mestre é aquela em que, afinal, não se tem mais direitos do que o mais recente Aprendiz e se tem mais deveres do que os restantes Mestres.

Portanto, quem busca o perfume do Poder, procure-o noutro lado, não na Maçonaria. Aqui apenas aprenderá o cumprimento dos seus deveres.

2. Influência económica - negócios e dinheiro

Quem pensar que a entrada na Maçonaria é uma porta aberta para obter contactos e negócios e o propiciar de condições para "subir na vida", pense outra vez, e pense melhor! Se for este o motivo que o faz desejar entrar na Maçonaria, poupe-se ao trabalho e às despesas. Dentro da Maçonaria fará os mesmos negócios que faria fora dela. O que todos lhe pedirão na maçonaria é que dê algo de si em prol dos outros. Dos demais receberá o que efectivamente necessite e os demais lhe possam dar, não o que deseje ou egoisticamente pense que lhe convenha. Os negócios da Maçonaria são de índole moral e espiritual. Quem deseje entrar no Templo tem que deixar os seus metais à porta deste.

3. Influência social - honrarias e reconhecimento

Na Maçonaria usam-se aventais e colares e jóias, é verdade. Mas o maçon considera tudo isso como meros penduricalhos. A única diferença entre o mais rico, bonito, bordado e colorido avental de Grande Oficial ou de Altos Graus e o simples avental branco de Aprendiz é que quem usa aquele pagou bem mais caro por ele do que o que usa este. Aliás, de todos os aventais que um maçon possa possuir, aquele que para ele tem significado é precisamente o primeiro, o mais simples, o avental branco de aprendiz. Esse é o que qualquer maçon, qualquer que seja o seu grau ou qualidade, pode sempre usar e simbolicamente deve sempre usar. Esse é o adorno que o maçon deve cuidar de manter sempre alvo e puro e, portanto, nunca conspurcado por acções censuráveis ou indignas.

O maçon gosta de usar a jóia de sua Loja, não porque seja bela ou valiosa, mas apenas e tão só porque é um dos símbolos de sua Loja e o seu uso mostra a todos os seus Irmãos o grupo fraterno em que se integra.

O maçon usa colar quando exerce uma função, não porque lhe fique bem, mas apenas e tão só como distintivo de que a está exercendo. Em bom rigor não é o maçon que usa o colar; é o colar de função que usa o maçon...

Nem na sociedade profana o estatuto de maçon atribui qualquer privilégio que não o reconhecimento das eventuais qualidades de quem o seja, nem no interior da Maçonaria o estatuto social, profissional, académico ou de fortuna diferencia um maçon de outro; o mais jovem aprendiz só tem uma maneira de se dirigir ao Muito Respeitável Grão-Mestre (apesar de formalmente lhe dar este tratamento): "meu Irmão"! E é esse mesmo o tratamento que recebe do Grão-Mestre.

Assim, aquele que porventura sonhe ser a maçonaria um local ideal para obter ou reforçar reconhecimento social, não se engane a ele, nem engane os maçons: abstenha-se de pretender ser maçon!

4. Beneficência - ajuda ao próximo

O bem intencionado que porventura procure na Maçonaria o instrumento para dar largas ao seu anseio de ajudar o próximo, de ser beneficente, se é essa a principal razão que o move, se é isso que vê na Maçonaria, também está enganado.

Não que a Solidariedade e a Beneficência não sejam prosseguidas pela Maçonaria. Claro que o são. Mas não é essa a razão de existir da Maçonaria. Não é por causa da Solidariedade e da Beneficência que a Maçonaria existe. A Solidariedade e a Beneficência são simples consequências de se ser maçon.

Em linguagem de "economês", por muito praticadas que sejam, a Solidariedade e a Beneficência não fazem, no entanto, parte do "core business" (essência) da Maçonaria.

Em linguagem de "industrialês", por muito importantes que sejam, a Solidariedade e a Beneficência são simples subprodutos da Maçonaria.

Portanto, se são a Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem intencionado, e nada mais, e não essencialmente algo mais, então o melhor que o bem intencionado tem a fazer é dar largas ao seu anseio através de outras organizações especialmente vocacionadas para isso. A Ajuda de Berço é uma boa opção. A Cruz Vermelha, também. Os Bombeiros, idem. O Banco Alimentar contra a Fome, a mesma coisa. E muitas mais organizações há que têm na Solidariedade e na beneficência a sua razão de ser. E , mesmo sem se juntar a qualquer organização, certamente na sua rua ou na sua localidade encontrará alguém que necessita da sua ajuda. Dê-lha!

5. Curiosidade - conhecer o "segredo maçónico"

Se é a curiosidade que o faz desejar ser maçon, não se iluda: naquilo que ela pode ser satisfeita, não precisa de ser maçon para o saber.

Quer conhecer as palavras de reconhecimento mútuo dos maçons? Por quem é, não seja por isso, arme-se de um pouco de paciência, leia uns livros, encontre umas obras onde estão transcritos rituais antigos e faça favor! Nunca ouviu dizer que os maçons preservam a Tradição? Então, basta tirar a consequência: o que se fazia antigamente continua válido agora... Mas, o quê? Ser maçon só para tomar conhecimento dessas palavras sem ter de ter o trabalho de procurar? Meu caro, a Preguiça é um Pecado Mortal... Se é só por isso que quer ser maçon, os maçons não querem preguiçosos no seu seio... E - acredite em mim! -, garanto-lhe que vai ter muito mais trabalho e demorar muito mais tempo para tomar conhecimento dessas palavras, grau por grau, do que se ler nos livros certos. Está tudo publicado!

Quer conhecer os sinais secretos dos maçons? Meu caro, o You Tube preenche-lhe o anseio! Siga este atalho e ei-los, não ao vivo e a cores, mas em filme e a preto e branco! Não lhe garanto que tudo o que vir esteja certo, mas posso afirmar-lhe que algo do que vir o está...

Portanto, caro curioso, se é a curiosidade que o move a ser maçon, esqueça! Tem outros meios de a satisfazer!

E, afinal, se o que pretende é apenas conhecer como pensam, o que fazem, de que tratam, os maçons, nem sequer precisa de se incomodar muito: basta-lhe ir lendo o A Partir Pedra...

Rui Bandeira

19 março 2007

National Geographic


O excelente canal televisivo que é o National Geographic transmitiu ontem à noite um programa de 2 horas sobre a Maçonaria, intitulado “Dentro da Maçonaria”.
Foi anunciado com alguma insistência e, confesso, que mantive uma expectativa muito grande sobre o conteúdo espectável.
Tenho para mim que os Maçons só têm a ganhar com a desmistificação da sua actividade e objectivos, tornando claro a todo o mundo quais os seus fins, porque existem e porque mantém a discrição das suas actividades.
Neste sentido ia a minha expectativa.

A Maçonaria não é constituída por um bando de malfeitores, egoístas, organizados em bando de interesses próprios, auto-protegendo-se em ambiente de ilegalidades.
A Maçonaria é constituída por homens de boa vontade, sujeitos por juramento à obediência à lei da Nação, trabalhando e procurando em conjunto o melhoramento da sociedade em que se inserem.

Igualdade, Fraternidade, Solidariedade são as ideias-chave dos Maçons, que devem praticar e viver dentro e fora do Templo, em ambiente maçónico ou profano, devendo constituir-se em exemplo para os demais que com eles convivem.
Isso é a Maçonaria e assim são os Maçons, mau grado as dúvidas, calúnias e acusações que parte grande da sociedade ainda faz à organização maçónica.
Por ignorância uns, por maldade outros, por interesses inconfessáveis outros ainda.
Parece-me incompreensível e estúpido, mas os maçons têm os seus “inimigos de estimação”, sempre originários em ideologias que ao longo da história têm querido controlar o Homem, no seu sentir e no seu viver.
Foi assim com todas as ditaduras, que tentaram banir a Maçonaria da face da terra, foi e é assim com a Igreja de Roma responsável ao longo de séculos por morticínios em massa de maçons, só porque, na sua verticalidade e na certeza da obediência a um juramento que fazem voluntariamente, nunca condescenderam com a subserviência a que os quiseram obrigar.

Ora o documentário que o National Geographic passou não resolveu nenhuma das dúvidas que se punham e põem a quem quer saber o que é a Maçonaria ou a quem ainda tem medo dos maçons.
É facto que se trata de um documento afirmativo quanto às virtudes maçónicas, mas também é verdade que toda a história roda à volta de dois crimes horrendos, por “coincidência” ambos relacionados com a Igreja Católica, no mais próximo que pode ser dos interesses em jogo em redor do Papa.
Num caso envolvendo as traficâncias do Banco Ambrosiano (banco do Vaticano), e noutro caso envolvendo mesmo a morte do Papa (João Paulo I).
Em qualquer dos casos se afirma que a Maçonaria não teve nada a ver com estes crimes, mas ambos os casos mostrados e comentados num documentário sobre a Maçonaria, “Dentro da Maçonaria”.
Claro que as perguntas ficam no ar, infelizmente e como de costume, nem todas.
Assim, não vi qualquer referência a uma figura mais do que parda, da vida do Banco Ambrosiano, que foi condenado pelos tribunais italianos e depois protegido pelo Papa e retirado para o Vaticano de onde nunca mais saiu com vida, o Monsenhor Marcinkus.
É estranho que com uma história tão insistentemente falada ao longo do documentário, não tivesse havido qualquer referência a essa figura negra da administração do banco.
A outra questão que foi esquecida refere-se à morte de João Paulo I, Papa por 33 dias, Agosto de 1978.
Oficialmente foi “enfarte de miocárdio” (sem autópsia), nas entrelinhas ficam várias interrogações sobre o interesse da Maçonaria em se ver livre de um Papa honesto, que sabia o que tinha dentro de casa e estava disposto a pôr ordem na traficância, suborno, chantagem, que o Presidente do Banco (Paul Marcinkus) e o Cardeal Jean Villot cobriam, com outros, através da chamada “loja P2”.
Esta “loja P2” começou por ser, realmente, uma loja do Grande Oriente de Itália, mas muito antes destes acontecimentos, em 1976, já a loja abatera colunas e os seus membros haviam sido expulsos da ordem, justamente por renegarem com os seus actos o juramento de honestidade, fraternidade e solidariedade que fizeram quando aceitaram fazer a iniciação maçónica, acabando por se tornar uma filial da Máfia italiana, com ligações aos piores aspectos que a política pode ter.
E isto, lamentavelmente, não fica nada claro no filme.
É assim a modos que uma espécie de filme “Dentro da Maçonaria”, mas só por fora !

É pena ter sido assim.
Entendo que foi perdida uma boa oportunidade de clarificar muita coisa, ainda que alguma tenha sido mostrado e esclarecido, nomeadamente a concepção deísta da Maçonaria.
Pelo menos isso ficou claro, tal como foi interessante a explicação sobre a parte ritual representativa da morte de Hiram Abif.

Outro pormenor que convém esclarecer tem a ver com a parte do ritual em que é apontada uma pistola ao candidato a maçon disparando balas fingidas, numa das provas pelo qual o candidato a Maçon tem que passar na sua iniciação.
No documentário mostra-se uma dessas provas em que o candidato acaba morto por um erro terrível que fez com que a pistola usada tivesse balas a sério.
O ritual de Iniciação que seguimos e que é parte do Rito Escocês Antigo e Aceite não utiliza qualquer prova na qual se disparem pistolas ou seja que arma for, nem a brincar e muito menos a sério.É impensável que uma situação destas possa acontecer na Maçonaria Regular de Portugal.


JPSetúbal


25 janeiro 2007

Associação Portuguesa Contra a Leucemia

HOJE PAVILHÃO ATLANTICO


Com o seguinte programa

PRIMEIRA PARTE

- La tregenda - Le villi - Puccini
- Aria di Roberto - Le villi - Puccini (Nº 9 grande)
- Intermezzo - Pagliacci - Leoncavallo
- Aria di Canio - Pagliacci - Leoncavallo
- Ch’ella mi creda libero - Fanciulla del west - Puccini
- Domingos António – Piano
- Liebeslied (“Widmung”) - Liszt/Schumann
- Rapsódia Húngara nº 6 - Liszt
- Rapsodia sobre un tema de Paganini - Rachmaninov

SEGUNDA PARTE

- Actuação especial de Lauren Margison con José Cura - Glauco Venier ( piano)
- José Cura e Luz Casal -Esta tarde vi llover (Manzanero) - Glauco Venier ( piano)
- Luz Casal - Piensa en mi (Agustín Lara)
- José Cura e Rui Veloso - Contigo aprendí (Manzanero) - Glauco Venier ( piano)
- Rui Veloso -Não queiras saber de mim (Rui Velosos/Carlos Tê)
- José Cura e Luís Represas - Nosotros & Perfidia (Junco Rodríguez - Glauco Venier ( piano)
- Luis Represas - Feiticeira (Luis/Francisco Viana)
- José Cura - Como yo te amé (Manzanero) - Glauco Venier ( piano)
- Todos os artistas - Voy a apagar la luz (Manzanero) - Glauco Venier ( piano)

Para mais informaçoes vá a Ass.Port.Contra Leucemia

JoseSR