"Arte Royal"...
Na publicação de hoje, trago para Vossa leitura algo um pouco diferente do que é habitualmente publicado por cá, ou seja, hoje "verá aqui a Luz" um pequeno poema de minha autoria.
Blogue sobre Maçonaria escrito por Mestres da Loja Mestre Affonso Domingues
Publicado por Nuno Raimundo às 12:01 0 comments
Marcadores: poesia
Publicado por Rui Bandeira às 10:55 2 comments
Marcadores: Martin Guia, poesia, sítio maçónico
Publicado por J.Paiva Setúbal às 12:19 1 comments
Marcadores: poesia
Ocorreu ontem a sessão de lançamento do livro de poesia As Pedras do Vau, da autoria de Martin Guia, o actual Grão-Mestre da GLLP/GLRP.
A Sala de Ambito Cultural do El Corte Inglés foi demasiado pequena para acomodar as centenas de interessados que compareceram. No decorrer da sessão, vários dos poemas do livro foram ditos por Carmen Filomena, daniel Ribeiro, Ellys Almeida, Eunice Santos, Francisco Queiroz, Hermínia Tojal, José Fanha e Mário Máximo, as vozes que declamam todos os poemas do livro, disponíveis em 2 CD's que acompanham o volume. As Pedras do Vau podem, ser lidas ou ouvidas, ou ainda simultaneamente lidas e ouvidas. A qualidade das declamações muito valoriza os textos.
Como eu previa, Martin Guia deve hoje estar em trabalhos de recuperação dos músculos do braço e mão direitos, tantos foram os autógrafos que teve ontem de conceder.
Os poemas do livro espelham a sensibilidade e afectuosidade do poeta, mas também o seu sentido de humor e a sua ironia e ainda a força da sua indignação. Vale bem a pena ler - e ouvir - este livro!
Solicitei, e obtive, de Martin Guia autorização para aqui publicar um dos poemas. Pedi-lhe que escolhesse qual. Escolheu um forte poema com palavras de amarga e desiludida indignação. Hesitou. Temeu que seja demasiado forte. Deu-me a liberdade de escolher eu. Abuso! Vou publicar aqui, não um, mas dois poemas. Primeiro, um escolhido por mim, ilustrativo da ironia do poeta. Depois, o forte poema que ele escolheu.
Apreciem:
Ajoelham, rezam
Ajoelham, rezam
e dizem que tudo dão
para irem parar ao Céu...
mas se lhes dissermos
que quase já lá estão,
gritam Ai Jesus
e fogem dele
como o Diabo da Cruz!
E agora este:
Atocha
El Pozo, Santa Eugenia, ATOCHA, Téllez
Madrid dois mil e quatro, Março onze,
a las siete y media de la mañana...,
Tantos, tantos mortos!
Paseo de Gracias,
Barcelona, dois mil e quatro, Março doze,
a las siete de la tarde
concentração..., comigo somos
quinhentos mil mais um milhão...
... ouvindo:
silencio por favor...
esta es una manifestación unitaria
por favor, silencio... silencio por favor!
Quanto mais silêncio se rogava
mais o Povo gritava:
asesinos, asesinos, asesinos,
asesinos, asesinos, asesinos...
e porque de assassinos se tratava
nesse estrondoso silêncio
mais o Povo gritava:
hijos de puta, hijos de puta,
hijos de puta, hijos de puta...
porque de filhos de puta se tratava!
Também alguns tímidos (para alguns ex-temidos):
el povo unido jamas sera vencido,
el povo unido jamas sera vencido.
A eterna pretensão do eterno vencido!
No al terrorismo, no al terrorismo,
paz si, guerra no, paz si, guerra no,
No al terrorismo, no al terrorismo,
paz si, guerra no, paz si, guerra no,
como se
no abismo deste mundo de massa divisível
a paz total fosse possível...
Novos, velhos, ricos, pobres,
políticos, padres, freiras,
guardas civis, estadistas,
paralíticos, juristas, rameiras,
licenciados, jubilados,
bem fadados, mal fadados...
... todos...
mãos abertas a acenar, braços levantados,
... tais pombas de paz...
num estertor de revolta
a chorar um isto não se faz,
seus filhos da puta... isto não se faz!
Todos unidos, mas já todos desunidos,
na triste graça
de só na desgraça nos aliarmos...
...enquanto dela nos lembrarmos!
E é por estas e por outras que temos na Terra
a merda da guerra,
a puta da luta
e os filhos da puta dos filhos da puta!
Lido, este poema impressiona. Soberbamente dito por José Fanha, num dos CD's, ressuma de força!
O livro e os dois CD's foram editados pela editora Diário de Bordo. Pode ser adquirido na secção de livraria do El Corte Inglés e nas boas livrarias. Vale a pena! Esta amostra é elucidativa!
Rui Bandeira
Publicado por Rui Bandeira às 19:30 0 comments
Marcadores: Martin Guia, poesia
O Muito Respeitável e Respeitado Grão-Mestre da GLLP/GLRP, o nosso querido Irmão Mário Martin Guia, vai publicar mais um livro de poesia.
O seu título, já o leram acima, é As pedras do vau e o seu lançamento vai ocorrer na próxima quarta-feira, dia 30 de Janeiro, pelas 18 horas e 30 minutos, na Sala de Âmbito Cultural, situada no piso 7 do espaço comercial El Corte Inglés, em Lisboa.
O Muito Respeitável Grão-Mestre da GLLP/GLRP é um poeta, um maçon e, em ambas as qualidades, um homem do século XXI. O seu livro, para além dos habituais textos impressos, contém também dois CD's com todos os poemas.
Uma boa decisão: a poesia de Mário Martin Guia pode assim ser apreciada, quer calmamente sentados no sofá e folheando o livro, quer em frente ao monitor do computador, clicando com o "rato". O Mário realmente não quer que nos falte nada!
Se nenhum impedimento de última hora não sobrevier, quarta-feira lá estarei e, como eu, certamente muitos outros. O Mário vai ficar com a mão cansada de tantos autógrafos que vai ter de dar...
Apareçam. Estão todos convidados!
Rui Bandeira
Publicado por Rui Bandeira às 19:29 0 comments
Marcadores: Martin Guia, poesia
Meus Queridos Amigos, Leitores, Co-Blogueiros e demais bichos em vias de... propagação, esta passagem é assim como que ... uma rapidinha, só para Vos pôr a par de uma obra nova de um Amigão, poeta da Nossa Terra !
Contamos com a sua presença.
Publicado por J.Paiva Setúbal às 14:51 0 comments
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E no entanto a João Vilarett devemos em grande parte o conhecimento dos mais importantes poetas de língua portuguesa.
Não foi poeta, mas disse poesia como ninguém até hoje (e recordo Manuel Lereno e Mário Viegas que foram grandes, mesmo muito grandes... só que Vilarett nesta matéria foi enorme !).
Quem o ouve dizer José Régio tem que sentir a pele encrespar-se. Quem o ouve contar a história da "Menina Gorda" tem que sorrir e comover-se.
Por mais simples que fosse o texto, João Vilarett transformava-o num hino aos sentidos, aprofundava-o ao ponto que ninguém imaginaria possível, descobria-lhe uma humanidade muitas vezes insuspeita antes dele a pôr a descoberto. E no entanto não tem direito nem a uma mençãozinha, ranhosa que seja, nos livros escolares do nosso ensino, miserável, da língua portuguesa. Mau grado os responsaveis (?) pela matéria falarem, despudoradamente, alto e bom som, na língua de Camões. Como se Camões alguma vez tivesse escrito ou falado esta língua ! Como se João Vilarett alguma tivesse dito "esta língua"!
Chegou ao meu correio um texto ao qual não há que acrescentar nada e que portanto transcrevo em directo, nesta recordação que, em memória de Portugal, entendi dever fazer. A minha opinião é a de que os mais velhos têm a obrigação de não deixar esquecer o que de melhor este País (800 anos de existência e todas culturas) que se chama PORTUGAL teve (tem !) e que a geração de "responsáveis" (?) actual faz o que pode para apagar.
Ele dizia poesia como ninguém. É sobretudo por isso que é recordado. João Villaret foi actor de teatro e de cinema e apresentou programas de televisão. Morreu aos 48 anos mas, neste quase meio século de vida, fez com que uma nação se apaixonasse pelos poetas nacionais. Sobretudo Fernando Pessoa. Mas não só: “Muita gente ouviu falar pela primeira vez de José Régio através de João Villaret”, afirma o historiador Vítor Pavão dos Santos. Quando, no final da década de 50, a televisão se tornou a nova religião, Villaret surgiu como um profeta. Todos os domingos, religiosamente, prendia as pessoas ao pequeno ecrã.
João Henrique Pereira Villaret nasceu em Lisboa em 10 de Maio de 1913. Viviam-se os anos revoltos da I República, quando Portugal ainda buscava o seu rumo. João, por seu lado, não teve de procurar muito. Já trazia no sangue a vontade e a capacidade de encantar o público em cima de um palco. Foi actor, encenador e declamador. Foi uma fera dos palcos. O seu percurso demonstra que obras superlativas têm poder de reverter expectativas e derrubar barreiras consideradas intransponíveis. Depois de frequentar o Conservatório Nacional, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Rey Colaço-Robles Monteiro. Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho. A mesma dupla de irmãos já fora responsável pelo êxito do filme “O Pai Tirano” (1941), onde Villaret faz uma breve aparição como pedinte mudo. Seguem-se “Frei Luís de Sousa” (1950) e “O Primo Basílio” (1959). No cinema, João Villaret trabalhou ainda com Leitão de Barros em filmes como “Inês de Castro” (1944) e “Camões” (1946). Ficou também na memória de quem viu a peça “Esta Noite Choveu Prata”. E quem não assistiu, vive hoje das descrições apaixonadas dos que lá estiveram. No extinto Teatro Avenida, em Lisboa. Corria o ano de 1954. Se, nos anos 30, o cinema se tornara “pouco a pouco um vício”, segundo afirmava na época a revista “Ilustração”, no final dos anos 50 é a televisão que vem ocupar o seu lugar. É assim que nascem estrelas como João Villaret. A experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos, faz do seu programa de televisão um êxito. Aos domingos era impreterível vê-lo declamar, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. “Na televisão, teve um papel muito importante na divulgação dos grandes poetas portugueses, sobretudo Fernando Pessoa e António Botto, que eram amigos dele”, lembra o historiador Vítor Pavão dos Santos. E acrescenta: “Conseguiu pô-los em contacto com o público.” João Villaret soube ir mais longe e, em conjunto com Aníbal Nazaré e Nelson de Barros, deu origem à canção “Fado Falado”, onde se afirmava: “Se o fado se canta e chora, também se pode falar.” Criava-se um estilo. De mão no peito e olhar fixo na câmara, prendia as famílias ao pequeno ecrã. Era um homem grande, volumoso. Mas maior ainda era a sua arte. “Um grande português é alguém que foi capaz de colocar as suas qualidades intelectuais e morais ao serviço do país onde nasceu”, diz a actriz Maria do Céu Guerra. Não se refere a Villaret, mas a definição adequa-se. João Villaret morreu, aos 48 anos, em 21 de Janeiro de 1961. “Tocam os sinos na torre da igreja”… Ainda era a sua voz que se ouvia, a “cantar” o poema “Procissão” de António Lopes Ribeiro. “Na nossa aldeia, que Deus a proteja, já passou a procissão”, terminava. “Villaret tinha rara capacidade de lidar com o público e fez grande divulgação dos poetas. Isso foi muito importante”, conclui Vítor Pavão dos Santos.
(Texto com origem no programa "Os Grandes Portugueses" da RTP)Publicado por J.Paiva Setúbal às 10:53 0 comments
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O verdadeiro Segredo Maçónico...
É um segredo de vida
E não de ritual
E do que se lhe relaciona.
Os Graus Maçónicos comunicam àqueles que os recebem,
Sabendo como recebê-los,
Um certo espírito,
Uma certa aceleração da vida
Do entendimento
E da intuição,
Que actua como uma espécie
De chave mágica dos próprios símbolos,
E dos símbolos
E rituais não maçónicos,
E da própria vida.
É um espírito,
Um sopro posto na Alma,
E, por conseguinte,
Pela sua natureza,
Incomunicável
Publicado por Rui Bandeira às 16:15 2 comments
Marcadores: Fernando Pessoa, poesia, segredo maçónico
Há já algum tempo, em 8 de Novembro do ano passado, dei aqui conta do lançamento do livro de Miguel Roza Salpicando Poesia. Nele, o autor precede cada poema de um texto, que o introduz e enquadra.
Publicado por Rui Bandeira às 10:02 0 comments
Marcadores: Miguel Roza, poesia
É o título do livro que Mário Máximo agora publica, através da editora Sete Caminhos, e que vai ser apresentado amanhã, 15 de Novembro, pelas 18 h 30 m, na Livraria Bertrand do Vasco da Gama, em Lisboa. A apresentação será efectuada pelo escritor Ernesto de Melo e Castro.
Publicado por Rui Bandeira às 11:47 0 comments
Marcadores: Mário Máximo, poesia
Publicado por Rui Bandeira às 11:00 0 comments
Marcadores: Miguel Roza, poesia
Publicado por Rui Bandeira às 16:58 0 comments
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