Raúl Indipwo morreu. Ou, como costumam os maçons dizer, passou ao Oriente Eterno.
Músico conhecido, com uma carreira recheada de sucessos, primeiro no Duo Ouro Negro, com Milo MacMahon, depois a solo, com o nome artístico de Raúl Ouro Negro, dedicou-se também à pintura, com assinalável êxito.
Os meus contactos com o Raúl foram parcos e restritos a alguns eventos sociais, pois ele integrava uma Loja diferente da minha.
Ainda assim, fácil foi ver como o Raúl tinha um coração do tamanho da sua África, gratificante foi lidar com a sua natural simpatia e sensibilidade, agradável testemunhar como, artista conhecido, não evidenciava quaisquer tiques de vedeta, aprazível lidar com a sua religiosidade simples e pura.
A sua generosidade levou-o a criar a Fundação Ouro Negro, que preferencialmente procura ajudar em África.
Ainda fervilhando de projectos, a vida de Raúl foi cortada por implacável pneumonia.
Sendo crente e ciente da brevidade da nossa passagem por esta vida, o Maçon, quando confrontado com a morte de um seu Irmão só lamenta a impossibilidade de com ele continuar a privar, confortando-se porém com a memória do ausente.
O Raúl deixou a sua marca na sua passagem por esta vida, viveu e foi solidário, procurou sempre aperfeiçoar-se, enfim, e numa palavra, foi Maçon.
Honra à sua memória! Até sempre, Raúl!
Rui Bandeira
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