25 setembro 2017
19 setembro 2017
Porque só um crente pode ingressar na Maçonaria Regular
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11 setembro 2017
O Vigésimo Sexto Venerável Mestre
No ano maçónico de 2014/2015, a Loja Mestre Affonso Domingues teve como seu Venerável Mestre o Irmão Luís N. C..
Por esta altura, era assim evidente que se aproximava um tempo em que seria necessário rever opções, refrescar práticas. A Tradição da Loja preza-se e é mantida, mas não pode deixar de se atender à evolução e é sempre preciso ajuizar serenamente se e quando há que mudar algo e como.
Mas o que parece óbvio em teoria é mais complicado na prática das coisas. É fácil dizer-se que devemos estar atento à necessidade de mudanças, de atualizações. Mais difícil - muito mais! - é decidir que concretas mudanças e atualizações são convenientes e como e em que sentido devem ocorrer...
Após o ano atípico anterior, claramente que a Loja precisava de um retomar da rotina que simultaneamente constituísse um tempo de pausa para clarificação de ideias em relação à efetiva necessidade de mudanças de práticas e ou de objetivos, e quais. Isso garantiu-o, e bem, Luís N. C..
O diagnóstico que então se fazia era que a Loja estava adaptada às rotinas e aos entendimentos dos mais antigos, da Velha Guarda, práticas e rotinas essas com que os mais novos - os mais recentes na Loja - não se identificavam totalmente. Havia uma transição de gerações a fazer, necessariamente com algumas mudanças. Nesse sentido, era necessário que os elementos da Velha Guarda se fossem paulatinamente afastando da primeira linha das decisões, dando lugar aos mais novos. A transição ir-se-ia então naturalmente fazendo e as mudanças aconselháveis surgiriam também tranquilamente.
Este era o estado da arte da Loja Mestre Affonso Domingues no ano em que Luís N. C. a dirigiu Fê-lo bem., fê-lo a contento e deixou ao seu sucessor a Loja pronta para continuar a sua natural evolução.
Rui Bandeira
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Marcadores: Memória da Loja
04 setembro 2017
Maçonaria: do passado rumo ao futuro
A Maçonaria, ela própria, dentro de uma matriz essencial evoluiu com assinaláveis diferenças em diferentes áreas geográficas e em diferentes épocas. No Reino Unido, cedo se afirmou integrante das instituições sociais, integrando-se harmoniosamente no establishment. Em França veio a adquirir uma conotação mais social, política, revolucionária até. Nos dias de hoje, ambos os ramos da Maçonaria assumem em França um papel mais interventivo na coisa pública do que na maior parte das outras zonas do globo. Nos Estados Unidos, a vertente filantrópica da Maçonaria assumiu uma importância notável, essencial e certamente diferenciadora em relação a outras paragens.
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Marcadores: maçonaria
28 agosto 2017
O Padrinho (II) - republicação
A formação dos Aprendizes decorre sob a direção do 2.º Vigilante, seu responsável. O Padrinho não pode, nem deve, substituir-se-lhe. Mas pode, é é útil que o faça, exercer um precioso papel complementar. Não nos esqueçamos que o 2.º Vigilante tem de coordenar a formação de um conjunto de Aprendizes, com diferentes personalidades, variados percursos de vida, diversas preparações, separados interesses, para além do comum, relativamente à Arte Real, vários tempos de permanência no grau - e, portanto, dissemelhantes estádios de evolução no conhecimento e tratamento dos elementos simbólicos catalisadores da evolução de cada um. O 2.º Vigilante elabora um plano de formação que, necessariamente, é um máximo denominador comum em relação a todo este conjunto de variáveis - e, logo, um programa apenas básico, que carece de ser desenvolvido e completado por cada um dos próprios Aprendizes.
É no auxílio personalizado ao seu afilhado que o Padrinho tem, neste campo, um particularmente útil papel. O seu afilhado tem dificuldades em encontrar bibliografia para estudar qualquer tema? Deve recorrer ao Padrinho. Pelo contrário, o Aprendiz depara-se com uma extensa lista de elementos bibliográficos, com muito lixo e muita esotérico-birutice misturados com elementos relevantes? Cabe ao Padrinho guiar o seu afilhado, apontar-lhe o que é válido, adverti-lo em relação ao que não tem valor ou interesse. O Aprendiz está num estádio mais avançado que o plano de formação geral proporcionado? Incumbe ao Padrinho complementar essa formação genérica, apontando-lhe pistas de investigação ou meditação, exortando-o a ir mais além ou estudar com maior profundidade e a registar o resultado do seu labor, e seguidamente, criticando construtivamente esse resultado, iluminar insuficiências, expor contradições, indicar caminhos de exploração alternativos, enfim, corresponder ao interesse e capacidade do Aprendiz e ajudar a que seja frutífero um tempo que, sem essa ajuda, seria sentido como uma desilusão. Pelo contrário, o Aprendiz tem dificuldade em entender a simbologia, em tratar determinado tema, em assimilar certo ensinamento? O Padrinho deve ser o auxiliar que ajuda à ultrapassagem da situação.
Em matéria de formação do Aprendiz, o Padrinho deve ser um verdadeiro tutor, no sentido (em inglês) do termo que lhe é dado pelas Universidades anglossaxónicas: um guia, um auxiliar, um apontador de caminhos, um crítico, um gestor e disciplinador do processo de aquisição de conhecimentos.
Mas - atenção! - nunca um substituto do responsável da formação e nunca um substituto do próprio Aprendiz. O trabalho que o Aprendiz deve fazer deve ser feito por ele - não pelo Padrinho. "Fazer a papinha toda" ao Aprendiz é o mesmo que não o formar, método quase assegurado de falhar a sua formação. O tutor (em português) da árvore auxilia-a, enquanto pequena e frágil, a manter-se direita e a resistir ao vento, proporcionando-lhe tempo e condições para que cresça, robusteça, se fortaleça - não é seu objetivo que cresça em vez dela...
Este papel do Padrinho na formação do seu afilhado termina ou, pelo menos, atenua-se muito sensivelmente, quando ele finda o seu período de aprendizagem e é passado a Companheiro. Aí o tempo é já outro, a independência do obreiro cresce, em conjunção com a sua aumentada capacidade, o seu desejo de começar a trilhar por si os seus próprios caminhos emerge. Cabe ao Padrinho então afastar-se e observar à distância, só intervindo em duas situações: ou perante pedido expresso do afilhado ou se verificar evidente e grave desvio de percurso, que levará o obreiro a falhar a sua caminhada, em intervenção de urgência para tentar voltar a pôr nos carris o que porventura tenha descarrilado. Mas, na maior parte das situações, quando o seu afilhado passa a Companheiro, o Padrinho passa a ser apenas um atento e disponível observador do seu afilhado, na caminhada que o levará, no passo seguinte, à plena igualdade de ambos.
Rui Bandeira
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21 agosto 2017
O Padrinho (republicação)
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14 agosto 2017
Quite (republicação)
Estar quite é cumprir estes deveres SEMPRE. Sempre que um obreiro injustificadamente falte a uma sessão, viola o dever de assiduidade e, portanto, não está quite. Sempre que se inicia um mês do calendário civil sem ter pago a sua quota do mês anterior, não está quite.
Não está quite perante si próprio, perante a sua consciência. Porque, incumprindo o seu dever de assiduidade, sem justificação para tal, incumprindo, podendo fazê-lo, o seu dever de pagar a sua quota mensal, o obreiro está, antes de mais, a faltar aos compromissos que assumiu, respetivamente, de assiduidade e de comparticipação para o Tesouro da Loja. E o cumprimento dos compromissos livremente assumidos é uma questão de honra! Logo, o maçom que injustificadamente falte a uma sessão de Loja para que foi convocado, que se deixa, sem razão que o justifique, entrar em mora no cumprimento do seu dever de contribuição para as despesas da Loja, antes de tudo e cima de tudo sente-se ele próprio desonrado.
O atraso no pagamento das quotas pode ser remediado: basta pagar o que está em dívida e ficar-se-á quite. Já o incumprimento do dever de assiduidade causa sempre prejuízo. À Loja porque fica privada do contributo do maçom. E todos os contributos de todos os maçons da Loja são inestimáveis e imprescindíveis. Do Mestre mais antigo ao Aprendiz mais recente, todos e cada um são essenciais para o aperfeiçoamento de cada um e global da Loja. Mas o incumprimento do dever de assiduidade prejudica sobretudo o próprio incumpridor. E, de alguma forma, é incompreensível: pois não tomou o maçom a decisão de pedir a Iniciação para beneficiar da ajuda da Loja no seu crescimento pessoal, na sua jornada própria? E vai prejudicar a sua demanda, prescindir do contributo do grupo não comparecendo? O tempo não para, não se pode rebobinar o filme. A única forma de remediar a falta sem motivo é diligenciar pelo estrito cumprimento do dever de assiduidade. Assim se diluirá o atraso, assim se recuperará o trabalho que ficou um dia por fazer. Assim se fica, de novo, quite. Quite para com a Loja. Mas sobretudo – e principalmente! – quite perante si próprio!
O maçom tem, a todo o tempo, direito a que a sua Loja certifique que se encontra quite. Se o fizer na constância e na permanência da ligação à sua Loja, é-lhe emitida uma declaração de good standing, com a qual poderá provar, perante qualquer outra Loja que visite, ser um maçom quite, em boa posição, de pé e à ordem, perante a Loja, a Maçonaria e ele próprio. Se o fizer no âmbito do processo de desvinculação da sua Loja – que é um direito que todo o maçom a todo o tempo pode exercer -, seja por entender dever adormecer, isto é, suspender a sua atividade maçónica ou por decidir mudar de Loja, é-lhe então emitido um atestado de quite. Com esse documento, fica ultimada a sua desvinculação da Loja. O maçom pode assim pedir a sua admissão a outra Loja, comprovando perante a mesma estar quite de todas as suas obrigações perante a Loja de que se desvinculou. Ou, se simplesmente pretender suspender a sua atividade maçónica, pode, se e quando o entender, retomá-la reintegrando-se na mesma ou em outra Loja, comprovando que cumpriu os seus deveres enquanto esteve em atividade maçónica, pelo que saberá voltar a cumpri-los ao retomá-la.
Mas, no fundo, o atestado de quite é apenas uma declaração num papel. O que verdadeiramente interessa é que o maçom se sinta, ele próprio, pessoalmente, perante si mesmo, sempre quite. E é para que assim seja que a Loja existe e se disponibiliza e auxilia e coopera. Porque a razão de ser da Loja, da Obediência, da Maçonaria é, afinal, simplesmente, o maçom. Cada um deles. Cada um de nós. Livre, especial, insubstituível e... quite!
Rui Bandeira
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07 agosto 2017
Diversidade (republicação)
A maior parte dos estudiosos da Maçonaria considera que ela tem a sua origem nas corporações medievais de construtores em pedra, de catedrais, palácios, fortificações, etc.. Mas essas agremiações medievais, embora partilhando regras e costumes similares, tinham caraterísricas muito próprias e específicas, em função da sua localização geográfica. Só para falar das Ilhas Britânicas, a organização específica das Lojas Operativas inglesas diferia das escocesas, que por sua vez, tinham sensíveis diferenças das irlandesas. Em França, não se pode falar dos antecedentes históricos da Maçonaria sem referir a Compagnonage. As agremiações de construtores da Flandres tinham usos diversos das italianas e estas das teutónicas. Por isso, quando se afirma que a Maçonaria Especulativa moderna evoluiu da Maçonaria Operativa - afirmação que, pessoalmente, considero correta -, é bom que se tenha presente que esta evolução resulta de diferentes Tradições, não inteiramente díspares, mas também não totalmente semelhantes.
Mas, ainda no campo da origem da maçonaria, há aqueles que a situam nos Templários e respetiva Tradição. E aqueles que a fazem remontar aos Antigos Mistérios egípcios e ou mitraicos.
Só no tema das origens podemos detetar assinaláveis diferenças de entendimento, que conduzem a diversas posturas e práticas. É inevitável que haja diferenças de conceção, mais visíveis ou mais subtis, entre quem considera praticar algo que evoluiu das corporações medievais e quem acredita que a sua prática descende da tradição cavaleiresca religiosa e ainda quem considera a maçonaria herdeira dos herméticos mistérios da Antiguidade.
Mas a Maçonaria também assume estilos e práticas diversas em função dos grandes espaços em que se insere. Não é a mesma coisa falar-se da Maçonaria Americana e da Maçonaria Europeia Continental. Não é de todo a mesma a realidade da Maçonaria Inglesa e da Latinoamericana. Isto para não falar da diversidade asiática e da progressiva afirmação maçónica em África.
Mesmo dentro de cada bloco geográfico - diga-se assim - as Obediências Nacionais e as práticas maçónicas em cada país mostram-nos assinaláveis diferenças e visíveis variantes, designadamente em práticas rituais. Cada país tem uma discreta evolução própria, que, ao longo do tempo, adquire uma individualidade específica, também inerente às diversidades culturais dos diversos povos. Se se assistir a uma sessão de Loja em Itália, na Alemanha, em França, num país eslavo e em Portugal, ainda que em Lojas do mesmo rito - designadamente do Rito Escocês Antigo e Aceite - facilmente reconhecemos um ambiente comum, uma base partilhada, mas também diferenças, idiossincracias, práticas próprias.
Por outro lado, não olvidemos a transversal diferença existente entre a Maçonaria Regular e a Maçonaria Liberal, aquela trabalhando à glória do Grande Arquiteto do Universo e com os seus obreiros na busca de um aprofundamento espiritual, esta efetuando os seus trabalhos à glória do Homem e do seu aperfeiçoamento moral. Ambas têm a sua específica valia e ambas são - creio-o - necessárias. Mas as respetivas buscas são diferentes. Sem serem reciprocamente opostas, prosseguem caminhos diferentes, esta tendente a melhorar o relacionamento do Homem com a Sociedade e os diferentes grupos sociais, aquela trilhando a rota de uma espiritualidade baseada na Fé no UM universal, origem e reflexo de tudo e todos. Ambas as vias são - repito - respeitáveis e valiosas. Ambas têm assinaláveis pontos de contacto entre si, partilham aqui e ali caminhos e princípios e valores comuns. Ambas têm - sobretudo - a inestimável caraterística de integrarem homens que procuram ser melhores. Mas são intrinsecamente diferentes. Para os cultores de cada uma das vias, essa é a melhor. Intrinsecamente nenhuma é melhor do que a outra. Apenas diferentes.
Por outro lado ainda, a Maçonaria pratica-se em diferentes ritos, uns mais universais ou mais difundidos, outros mais seletos ou localizados. Sem preocupações de exaustão, podemos referir uma dezena de ritos hoje em dia praticados: Emulação, York, Escocês Antigo e Aceite, Escocês Retificado, Sueco, Brasileiro, Adonhiramita, Francês ou Moderno, Memphis-Misraim, Schröder. Cada um com simbologia própria ou diferente interpretação simbólica, ou diverso encadeamento do ensinamento. Todos diferentes. No entanto, cada maçom de um destes ritos, de visita a uma Loja de qualquer dos outros, reconhece ali Maçonaria...
Mesmo na mesma região, no mesmo país, na mesma Obediência, praticando o mesmo rito, cada Loja tem uma prática subtilmente diferente das demais. Tem a marca da sua individualidade, o resultado da sua evolução própria, a levemente diferente evolução de uma mesma matriz.
E, finalmente, dentro de cada Loja, que pratica o mesmo rito, que pertence a uma mesma Obediência, no mesmo país e na mesma região do globo... cada maçom é - inevitável e felizmente! - diferente do Irmão ao seu lado. Cada maçom tem a sua pessoal busca, a sua individual interpretação, o seu diferente caráter, a sua diversa história, o seu incomparável plano. Buscam todos o mesmo - o seu aperfeiçoamento -, utilizando o mesmo método, seguindo o mesmo rito, integrando-se no mesmo grupo. Mas, porque intrínseca e gloriosamente diferentes, não prosseguem todos o mesmo caminho, à mesma velocidade e não chegarão aos mesmos lugares. Embora naveguem à vista um dos outros. Embora se auxiliem e influenciem mutuamente. Cada um é um diferente maçom, ainda que na mesma maçonaria.
Quando se fala em Maçonaria, está-se na realidade falando de todas estas diversas maçonarias. Todas - mais ou menos - diferentes. Mas todas se incluindo no mesmo universal conceito de... Maçonaria.
Rui Bandeira
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Marcadores: maçonaria
31 julho 2017
A ORIGEM DA DESIGNAÇÃO “LISBOA”
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Marcadores: História
24 julho 2017
FRATERNIDADE MAÇÓNICA
Consideramos como são “Irmãos”, porque foram “escolhidos” para tal, onde, alem do sentimento fraterno de irmão para irmão, como se tem com um irmão de família, neste caso são escolhidos, não por razões familiares, mas sim por poderem ter “potencialidades” de atuar, fazer, ou dar, não só “Amizade”, não só “Conforto”, não só ”Caridade”, não só “Amparo”, mas antes e ainda mais, que algo que está inerente a qualquer pessoa bem formada vivendo em comum! Devemo-nos lembrar dum lema, também utilizado num movimento de solidariedade e, emprestado aqui, que é: “Dar de si, antes de pensar em si”!
Não é fácil! É mais fácil dizê-lo, do que fazê-lo!
Por isso é que em Maçonaria, vai-se interiorizando, passo a passo, os conceitos de “fraternidade”, não só os discutindo, mas “estudando-os” sobre os mesmos, como ainda, desvendando os símbolos que são apresentados aos poucos na “loja” que é a sala em que se reúnem, de “Grau” em “Grau”, de modo a podermos melhor absorver, discutir e progredir!
É um “Caminho” longo, persistente, mas necessário! Motivo porque alguns dos “Irmãos”, desistem a meio ao se aperceberem que nas ditas Reuniões em Loja, as discussões que surgem, os passos com que se avança, são mais longos e complexos do que fossem simples reuniões de amigos que têm alguma coisa em comum como: pertencer ao mesmo clube desportivo, pertencer à mesma religião, ou pertencer à mesma política! Não, é muito mais do que essas intenções associativas! Como tal, só alguns são escolhidos e só alguns é que permanecem nessa busca “mais elevada”, “mais profunda” e mais “responsável”!
A “Fraternidade” ensina-se, educa-se, responsabiliza-se e dá o fruto de se ser “Bom”, “Saudável de Espírito”, “Útil para a Sociedade” onde se vive e que nos rodeia e, ao mesmo tempo, dá o consolo de se ter sido escolhido como irmão “válido” durante o breve tempo que permanecemos neste Mundo que nos rodeia!
A autoanálise que se procura, auxiliada pelos ditos “Irmãos” mais antigos e experientes, vai ajudar nesta progressão de autoconhecimento, autoformação benéfica não só para o próprio mas também será compartilhada com todos os outros “Irmãos” e com a Sociedade onde se vive, incute uma “Sabedoria” progressiva, válida para o próprio e para quem se convive!
Lisboa, 24 de Julho de 2017
Luís Rosa Dias (Mestre Maçon)
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17 julho 2017
As Lojas e a Grande Loja: conceção simbiótica
Expus em dois dos últimos textos as conceções polarizadas que podem existir nas relações entre as Lojas maçónicas e a respetiva Grande Loja ou respetivo Grande Oriente, essencialmente a que dá prevalência àquelas sobre esta ou este e a que assenta no pressuposto precisamente contrário. Efetuei, ainda que brevemente, a crítica de uma e outra posições. É agora tempo de indicar a conceção que tenho por correta e que acho que deve enformar o relacionamento entre as Lojas e a sua estrutura agregadora.
Estes dois planos - relação da Loja com os seus obreiros, gerida pela Loja, e relação da Loja com outras Lojas e obreiros delas e utilização de espaços, gerida pela estrutura agregadora - complementam-se e devem ser geridos por ambos os níveis das estruturas com respeito e aceitação das respetivas competências. São ambos indisopensáveis. São ambos harmonizáveis e devem ser sempre mantidos harmonizados.
A Loja maçónica existe por e para os seus obreiros. A Grande Loja ou Grande Oriente existe por e para as suas Lojas. A compreensão destes simples factos habilita a entender que a relação entre ambos os níveis de estrutura é simbiótica. Cada nível necessita do outro e deve, portanto, respeitar as competências desse outro nível.
As Grandes Lojas ou Grandes Orientes necessitam das suas Lojas para fazerem sentido. As Lojas agregam-se em Grandes Lojas ou Grandes Orientes porque necessitam de assim fazer para eficazmente poderem funcionar. Não tem, assim, lógica pretender-se estabelecer hierarquias de importância entre ambos os níveis. Ambos são igualmente indispensáveis. Cada um deles necessita do outro. Cada um deles tem tarefas importantes a assegurar, para bem cumprir o seu papel. Em suma, são verdadeiramente simbióticos.
Não vale, pois, a pena complicar o que é simples, evidente e claro. Não se trata de quintas ou quintinhas de poder. Trata-se de estruturas, em diferentes níveis, de serviço. Se assim se entender, não faz então sentido a determinação de "quem é mais importante". Ambos os níveis são importantes, indispensáveis e nenhum funciona capazmente sem o outro. Isso é que interessa. O resto... são profanidades!
Rui Bandeira
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Marcadores: Grande Loja, Grande Oriente, Loja