31 março 2008

On the level

On the level (Sobre o nível) é um blogue maçónico de alta qualidade. O seu responsável, Ken Dennis, é um maçon canadiano, iniciado, passado e elevado em 2006 na Loja North Bay, n.º 617, da Grand Lodge of Ancient Free and Accepted Masons of Canada in the Province of Ontario.

Este blogue é um dos que mais frequentemente consulto, quer pela sua variedade, quer pela ponderação das opiniões nele expressas, quer ainda pelo muito material informativo que ali se encontra.

Ken Dennis não é um autor de textos muito prolífico. Mas também não deixa o blogue muito tempo sem ser actualizado. E tudo o que escreve prende pelo interesse. Até porque faz da concisão uma imagem de marca.

Ken Dennis faz do blogue On the level um espaço de divulgação maçónica. Para além dos seus textos, publica ali textos de referência de várias proveniências e pranchas elaboradas por Mestres Maçons de várias origens e com diferentes experiências. Interessado em conhecer uma breve história da Maçonaria no Japão? Está aqui! E que tal satisfazer a sua curiosidade sobre a Maçonaria em Barbados? Veja este texto! Sabe o que é um cowan? Não? Então veja nestoutro texto! E por aí fora temos uma vasta variedade de assuntos ligados à Maçonaria, que nos permite horas e horas de leitura: Poesia maçónica, Humor maçónico, Historietas maçónicas, História da Maçonaria, O que é a Maçonaria, Maçons Canadianos, enfim, motivos de interessa não faltam!

Através deste espaço, tem-se ainda acesso a um apreciável conjunto de livros maçónicos, em ficheiros .pdf e .doc.

De cada vez que se se acede a este blogue, o mesmo mostra-nos uma diferente fotografia ou imagem maçónica. E possibilita a inscrição para a recepção de uma newsletter de temática maçónica.

Em resumo, este é um espaço muito bem concebido e funcional, adequado para lermos o que vai sendo publicado, precioso como elemento de consulta, útil para leitura temática.

Não é pois de admirar que, só em subscritores de RSS (o que aqui no A Partir Pedra identificamos como "Últimos textos via RSS"), o On the level tenha mais de seis centenas!

O On the level está sobre o nível e é de alto nível!

Rui Bandeira

28 março 2008

Conhece-te a ti mesmo


Esta pequena história foi-me enviada pelo Simple há alguns meses. Guardei-a, aguardando a oportunidade de aqui a publicar. É hoje! Não sei quem é o seu autor - o Simple não mo disse. Ilustra um dos objectivos básicos buscados pela Maçonaria: o auto-conhecimento. Como condição necessária para ir mais além. Um bom motivo de reflexão para o fim de semana!

Um homem idoso está sozinho junto um caminho, não sabendo que direcção tomar, pois não se recorda nem de onde veio nem para onde ia. Senta-se um momento para repousar as suas pernas cansadas, quando olha para cima e se depara com uma mulher velha como a História. Ela dirige-lhe um sorriso sem dentes e pergunta-lhe:

Então, diz-me lá qual o teu terceiro desejo."

"Terceiro desejo?" - pergunta o homem estupefacto - "Mas como posso eu ter um terceiro desejo sem ter tido um primeiro e um segundo?"

"Já te concedi dois desejos," - diz a velha - "mas o teu segundo foi que pusesse tudo como estava antes de teres pedido o teu primeiro desejo. É por isso que não te recordas de nada, pois tudo está como antes de teres pedido o teu primeiro desejo. Resta-te, por isso, apenas mais um."

"Seja," - diz o homem - "não acredito nisto, mas mal não há-de fazer. O meu desejo é este: quero conhecer-me a mim mesmo, e saber quem sou."

"Curioso," - responde a velha, antes de desaparecer para sempre - "Esse foi o teu primeiro desejo."

Esta pequena história adverte-nos também para o facto de o auto-conhecimento não ser necessariamente fácil. Pelo contrário, pode ser um fardo. Daí que o segundo desejo tivesse sido o da reversão do resultado do primeiro. Mas mostra-nos também que o Homem sabedor anseia antes e acima de tudo conhecer-se a si mesmo, pois intui que só com esse auto-conhecimento estará preparado para ir mais além. Daí que o terceiro desejo não pudesse deixar de ser o primeiro... E, no fundo, tudo tem um preço. E, para se obter o que se pretende, há que pagar o seu preço. O preço do auto-conhecimento é a responsabilidade acrescida que traz a quem o atinge. Sem desculpas. Sem descontos. Mas vale a pena pagá-lo. Pelo menos, como escreveu Pessoa, se a alma não é pequena...

Rui Bandeira

27 março 2008

Palavra, honra, integridade

O significado da Maçonaria é mais bem explicado assim: num mundo de infindáveis escolhas e incontáveis tentações, esta complexa e sempre em mudança fraternidade tem um modo de ensinar um princípio simples a cada indivíduo, não importa onde viva ou em que acredite. Esse princípio explica que, enquanto a riqueza, títulos e fama podem facilmente ser retiradas de um homem, tudo o que ele realmente tem neste mundo é a sua palavra, a sua honra e a sua integridade. Estas são as chaves para uma grande vida e um grande homem. Sem elas, não se é nada, com elas é-se tudo o que se precisa de ser.


Irmão Wachter
Merchantville Lodge, n.º 119
Pennsauken, New Jersey

Encontrei esta frase neste texto publicado no excelente blogue On the level - que um dia destes será objecto de um texto especificamente a ele dedicado.

Dificilmente se acharia um meio mais simples e mais ilustrativo de definir o que busca ser, o que deve ser, o que é um maçon: um homem que respeita a sua palavra, de honra e com integridade. Estas três noções deverão estar sempre no nosso pensamento. Como diz o texto do IrmãoWachter , quem as tem, tem tudo o que necessita e pode considerar-se um homem de bem, livre e de bons costumes. O maçon deve dotar-se em todas as circunstâncias destas características e mediante elas sempre se comportar. Assim será digno da sua condição de maçon.

Ontem, em reunião da Loja Mestre Affonso Domingues, lembrei-me desta citação. Olhei à minha volta. Todos os que comigo estavam eram efectivamente homens que respeitam intransigentemente a sua palavra, de impoluta honra e com indefectível integridade. E mais uma vez confirmei porque me sinto bem quando estou com os meus Irmãos. Porque nos sentimos sempre bem, sempre seguros, sempre confiantes, quando estamos junto de homens de palavra, de honra e de integridade!

Rui Bandeira

26 março 2008

O silêncio do Companheiro

O Companheiro continua ainda sujeito à regra do silêncio. Não intervém em Loja, salvo quando é dispensado do dever de silêncio para apresentar uma prancha.

Em relação aos Aprendizes, já no texto O silêncio do Aprendiz procurei explicar a razão de tal determinação e as vantagens que a mesma traz para o Aprendiz. As mesmas razões valem para o Companheiro. Embora num estádio mais avançado, o Companheiro encontra-se ainda num processo de evolução, de formação. O silêncio permite-lhe a necessária concentração. A desnecessidade de intervir liberta-o para mais bem se focar no seu trabalho. E mais rapidamente estará pronto para a Elevação a Mestre.

Um Companheiro já não é um Aprendiz e por isso efectua já um trabalho diferente. E percebe que não é já tão proximamente acompanhado. A sua autonomia na Arte Real vai-se criando, a sua evolução vai depender cada vez mais de si mesmo e cada vez menos do auxílio dos Mestres. Sente-se cada vez mais próximo destes, cada vez mais como estes. E assim deve ser. O objectivo é que cada maçon seja Mestre de si mesmo, por si mesmo, com as suas próprias forças e capacidades.

Mas um Companheiro não é ainda um Mestre. Ainda tem um caminho a percorrer. Cada vez se sente mais seguro nesse caminho, mas ainda tem de o fazer. Por isso, ainda não tem a prerrogativa, dos Mestres, do uso da palavra em sessão.

O silêncio do Companheiro vai-se-lhe tornando progressivamente mais penoso. Porque se vai sentindo mais capaz. Porque, em cada sessão vai cada vez mais sentindo que teria algo de útil a dizer, a contribuir. Mas a penosidade é um preço que normalmente se tem de pagar para atingir o que vale a pena!

Também para a Loja cada vez é mais penoso o silêncio do Companheiro. Dia a dia, todos vão sentindo a sua evolução. Dia a dia, todos vão notando que teriam algo a ganhar com a contribuição deste Irmão. Dia a dia vêem o maçon iluminar-se e o profano de antanho esmaecer. Dia a dia anseiam pelo dia em que finalmente ouvirão o maçon em Loja. Mas esse é o preço que o grupo deve pagar para ter mais um elemento válido e que cooperará no aperfeiçoamento de todos e de cada um.

O Companheiro e a Loja vão sentindo que aquele cada vez soletra menos e lê e escreve melhor. Mas um e outra esperam pacientemente pelo momento em que a voz se erguerá lendo com a perfeição que humanamente seja possível atingir. Porque um e outra não desejam, não buscam menos do que isso!

O silêncio do Companheiro é uma ajuda no início desta fase, um desconforto a meio, um fardo no final. Todos o percebemos. E quando vemos esse fardo a pesar, sabemos que a hora está a chegar, que a crisálida vai muito brevemente metamorfosear-se. E a Elevação acontece naturalmente.

O silêncio do Companheiro é a sua preparação para a sua Elevação a Mestre. Para que, quando tiver direito a usar da palavra, já saiba quando se deve calar! Para que entenda perfeitamente o valor da Palavra e a valia do Silêncio. Então estará pronto!

Rui Bandeira

25 março 2008

A Regra de Ouro

Para os cristãos, a semana que passou foi a Semana Santa. Outras religiões têm dias, semanas meses ou outros períodos que consideram santos, sagrados ou de assinalar. Faz parte da convicção religiosa assinalar, marcar determinados períodos de tempo destinados a condutas e celebrações que buscam a aproximação do Homem com a Divindade.

É uma boa ocasião para publicar aqui no A Partir Pedra uma imagem que me mandou o Simple Aureole. Como ele, considero-a significativa e interessante. E um bom exemplo da razão por que a Maçonaria considera igualmente respeitáveis todas as convicções religiosas.

A Regra de Ouro, ou ética da reciprocidade, como muito bem a designa o Simple Aureole, mostra-se presente nas principais convicções religiosas do Mundo. Monoteístas, politeístas, deístas, teístas, ocidentais, orientais. A imagem acima reproduzida é elucidativa (clicar sobre a imagem para a aumentar). Abaixo, fica a tradução do texto. Traduzo da esquerda para a direita, de cima para baixo. A ordem de apresentação das religiões segue apenas esta ordem "gráfica". Não ilustra, nem defende, nem apresenta qualquer ordem de importância, de relevância, de concordância. Penso que ninguém teria dúvidas, mas é sempre bom deixar ficar claro...

Fé Baha'i - Não imponhas a ninguém um fardo que não desejas que seja imposto a ti e não desejes para ninguém o que não desejas para ti mesmo. (Baha'u'llah, Gleanings)

Hinduísmo - Este é a todo o dever: não faças aos outros o que causaria dor se feito a ti. (Mahabharata 5:1517)

Budismo - Não trates os outros de maneira que tu próprio achas que te feriria. (Udana-Varga 5.18)

Confucionismo - Uma palavra que resume a base de toda a boa conduta ... Gentileza agradável. Não faças aos outros aquilo que não queres seja feito a ti mesmo. (Confucius, Analects 15.23)

Islão - E nenhum de vós realmente é crente até que deseje para os outros aquilo que deseja para si mesmo. (O Profeta Maomé, Hadith)

Taoísmo - Considera o ganho do teu vizinho como o teu próprio ganho, e o prejuízo do teu vizinho como o teu próprio prejuízo. (T'ai ShangKan YingP'ien, 213-218)

Judaísmo - O que é odioso para ti, não o faças ao teu vizinho. Esta é toda a Torah; tudo o resto é comentário. (Hillel, Talmud, Shabbat 31a)

Sikhismo - Não sou um estranho para ninguém, e ninguém é um estranho para mim. Na verdade, sou um amigo de todos. (Guru Granth Sahib.pg. 1299)

Jainismo - Devemos tratar todas as criaturas do mundo como gostaríamos de ser tratados. (Mahavira, Sutrakritanga)

Zoroastrianismo - Não faças aos outros o que for injurioso para ti. (Shayast-na-Shayast 13.29)

Espiritualidade Nativa Americana - Estamos tão vivos quanto mantivermos a Terra viva. (Chefe Dan George)

Unitarianismo - Afirmamos e promovemos o respeito pela rede interdependente de toda a existência, de que somos uma parte. (Princípio unitariano)

Cristianismo - Em tudo, faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti; esta é a lei e os profetas (Jesus, Mateus, 7:12)

Não sei se a Regra é de Ouro. Mas parece-me integrar uma Ética Universal...

Rui Bandeira

24 março 2008

+ Ambiente

Volta não volta... volta o tema.
É incontornável ! É impossível passar-lhe ao lado ! Cada vez mais… Cada dia que passa, cada descuido que temos, cada papel fora do “papelão”, cada árvore a menos.

Gostaria que o texto estivesse em português. Não está, mas o “espanhol” é bem compreensível e eu não tenho outra versão do vídeo. Fica mais um grito de alarme.
Sou otimista em relação e esta matéria (reparem que até já escrevo sob as regras do novo acordo ortográfico) como em relação a quase tudo, mas… mas não defendo o “fia-te na virgem e não corras …”
Mesmo otimista há que actuar. Há que correr !
Continuo a acreditar na reciclagem, dos lixos, mas principalmente na dos homens.

É cá uma fezada…

- Não vale a pena viver se não acreditarmos que há uma salvação para o mundo. (Prof. Agostinho da Silva)

JPSetúbal

21 março 2008

21 da Março - POESIA (?)


Depois de tanto tempo, para o A-Partir-Pedra foram séculos (!), de ausência conjunta dos "posteiros" domésticos parece-me que seria excessivamente excessivo (!) não termos hoje, aqui, ao menos um cheirinho de poesia, neste dia que se resolveu para recordar os poetas (?) e que é simultâneamente o "Dia da Árvora" e o primeiro da Primavera...
É certamente o dia ideal para comemorar a "Prima Vera"... mas sendo essa uma comemoração demasiadamente terrena e material entenderam os nossos "maiores (?)", salvo sejam, dedicar este dia a algo bem mais espiritual que é a poesia.
Mais espiritual quando é, porque sei de alguns "poetas" que andam por aí e que são tão calhordas que não há poema que os salve.
Depois temos também o dia da árvore. Cá por mim faço o que posso, ou seja, não faço fogo na floresta e ontem plantei duas árvores. Bem, aqui para nós não foram mesmo duas árvores, antes duas plantinhas que, se pegarem, serão trepadeiras.
Mas também este acaso tem a ver com o dia porque também conheço por aí algumas trepadeiras que não interessam a ninguém. Veremos se as minhas pegam e dão algum gozo a quem vier a olhar para elas.

Posto este intróito, aqui Vos deixo algumas pérolas, mais conhecidas umas, certamente menos outras, mas interessantes todas.

A POESIA
I
Correu vales e montes a mentira,
Montada no corcel da fantasia…
Mas ela vai cair, pressente o dia
Em que há-de sucumbir, bufando em ira.
Que lhe teça a mortalha a nossa Lira,
Que seja a sua morte a poesia!...

II
E, em vez de se cantar a formosura
Da mulher elegante e de bom porte;
Cante-se quem motivou a desventura
Daqueles que merecem melhor sorte
- E que, cavando a própria sepultura,
Buscando a vida, só acham a morte!...

(António Aleixo)


OS PÉS AFASTADOS

Os pés afastados,
as coxas em cunha,
joelhos levantados,

a emoção desperta,
a boca entreaberta,

os olhos sem ver,
o corpo a tremer,
a cheia que vem…

… e foi assim,

no início e no fim,

que tu foste mãe!

(Martin Guia)

QUERIA

Queria viver dos teus beijos.
Queria viver do teu ar.
Queria sentir teus desejos.
Queria sentir teu amar.

Queria, queria, ó se queria,
Saber o que sentes por mim.
Para sentir que sentiria,
Que o amor não terá fim.

(Miguel Roza)

De “HANGAR DE SONHOS”

Cheguei há pouco à minha Ilha do Recolhimento. O navio que me trouxe regressa
agora. Já o vejo na busca sem fim do seu novo horizonte. Não aceitei retirar as minhas
malas. Os meus laços com a memória. Não tem valia nem uso a bagagem que trazemos no porão quando aportamos à nossa Ilha do Recolhimento. A pergunta deixou de ser “Quem
sou ? para passar a ser Quem serei? Nem sequer identifico o que sinto. O navio que me
trouxe já não se avista do porto desta ilha onde me encontro. A minha Ilha do Recolhimento.
Sou aqui para sempre!

(Mário Máximo)

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

(Fernando Pessoa)


Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo que sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

(Forbela Espanca)

SONETO
Meus dias de rapaz, de adolescente,
Abrem a boca a bocejar, sombrios:
Deslizam vagarosos, como os Rios,
Sucedem-se uns aos outros, igualmente.

Nunca desperto de manhã, contente.
Pálido sempre com os lábios frios,
Ora, desfiando os meus rosários pios...
Fora melhor dormir, eternamente!

Mas não ter eu aspirações vivazes,
E não ter como têm os mais rapazes,
Olhos boiados em sol, lábio vermelho!

Quero viver, eu sinto-o, mas não posso:
E não sei, sendo assim enquanto moço,
O que serei, então, depois de velho.

(António Nobre)

BUSQUE AMOR NOVAS ARTES

Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

(Luís de Camões)


JPSetúbal