Mostrar mensagens com a etiqueta visita. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta visita. Mostrar todas as mensagens

24 abril 2017

Respeitável Loja Comércio e Artes, n.º 99


Algo que é inerente à vida maçónica é a visita a outras Lojas. Por essa forma, o obreiro pode apreender as semelhanças e diferenças que existem entre a Loja que visita e a sua própria Loja e rapidamente se apercebe que, mesmo com diferenças, apesar das variantes, é a mesma Maçonaria que se pratica. Podem os rituais ser diferentes, podem as palavras e os gestos e movimentos ser diversos, pode a prática e a forma de execução ser dissemelhante, mas o espírito e o propósito são exatamente os mesmos.

Só raramente visito outras Lojas. Mais raramente do que gostaria e muito mais do que deveria. Mas recentemente - um dia não são dias... - tive oportunidade de, aproveitando uma deslocação e estada no Porto, visitar a Respeitável Loja Comércio e Artes, n.º 99. Esta Loja tabalha no Rito Adonhiramita, um rito que nasceu em França em meados do século XVIII, foi introduzido em Portugal no século XIX e daqui migrou para o Brasil, onde adquiriu assinalável expansão. Entretanto, caiu em desuso em Portugal, até que há alguns anos, fez o percurso inverso e, do Brasil, reintroduziu-se em Portugal, sendo agora um dos cinco ritos e rituais praticados pela GLLP/GLRP (os outros quatro são o Rito Escocês Antigo e Aceite, o Rito Escocês Retificado, o Rito de York e o Ritual de Emulação).

O Rito Adonhiramita tem evidentes diferenças em relação àquele que se pratica na Loja Mestre Affonso Domingues, o Rito Escocês Antigo e Aceite. Mas a ideia, o propósito, o objetivo, são exatamente os mesmos. Assistir à execução do Rito Adonhiramita pelos Irmãos da Respeitável Loja Comércio e Artes, n.º 99, foi uma agradável suspresa. O rito é bonito e apelativo. Foi muito bem executado por todos os Oficiais, com um justo destaque para o Irmão que executou o ofício de Mestre de Cerimónias. Não era o Oficial titular, mas não se notou...

Em menos de duas horas de trabalhos - que passaram depressa... - foram apresentados dois trabalhos por dois Irmãos Aprendizes e uma Prancha Traçada por um Irmão Mestre. Todos os trabalhos mostraram qualidade acima da média, revelando-se claramente que a Loja está a trabalhar muito bem, a formar convenientemente os seus Aprendizes e todos os seus obreiros.

A Respeitável Loja Comércio e Artes, n.º 99, é uma Loja recente e, portanto, ainda com um pequeno número de obreiros. Mas vê-se ali muita qualidade e sente-se espírito de união. Auguro um muito agradável futuro a esta Loja. Repetindo aqui o que tive oportunidade de referir na sessão da Loja, acho justificado fazer a esta Loja o maior elogio que eu lhe poderia fazer: estar nesta Respeitável Loja Comércio e Artes, n.º 99, assistir aos seus trabalhos, ver a correção e o empenho de todos, sentir a exemplar união ali existente, transportou-me à minha Loja Mestre Affonso Domigues, nº 5, de há vinte e cinco anos atrás. Estou, pois, certo, que esta nova Loja fará um percurso, terá uma evolução, pelo menos tão agradável como foi a da minha Loja. A qualidade está lá. O espírito de união também. A capacidade, idem!

Após os trabalhos, tive o gosto de acompanhar os Irmãos no ágape, de são e agradável convívio. Mais uma vez, senti-me em casa...

Agradeço ao Venerável Mestre  e a todos os Irmãos da Respeitável Loja Comércio e Artes, n.º 99, a excelente receção que fizeram o favor de me proporcionar. Espero vir a ter oportunidade de repetir a visita. Reitero o convite que a todos fiz de que, quando possam, venham visitar a Loja Mestre Affonso Domingues. Sobretudo, recomendo a todos os Irmãos da GLLP/GLRP que visitem esta Loja. Asseguro-vos que não darão o vosso tempo por perdido. Encontrarão um Ritual interessante, muito bem executado, trabalhos empenhados e de qualidade, uma atmosfera de comunhão e amizade entre todos. Em suma, Maçonaria no seu melhor!

Rui Bandeira 

09 março 2015

Uma pequena história, um grande e fraterno significado!

A Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues, como todas as outras lojas maçónicas, recebe, na qualidade de visitantes, Ir:. das mais diversas e variadas nacionalidades. Por aqui, na Loja Mestre Affonso Domingues, temos gosto em fazê-lo e, segundo dizem os Ir:. que o GADU faz questão de colocar no nosso caminho, fazemo-lo bem.

Assim aconteceu, com um Ir:. oriundo da IIr. da Loja Fênix, n. 4053 do Grande Oriente do Brasil – GOB que, na sua “despedida”, brindou os obreiros da Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues nº 5, com a prancha hoje aqui transcrita na íntegra.

Ainda em sessão, solicitei autorização ao Ir:., pois é ainda Aprendiz e, como tal, não pode publicar textos, nem utilizar da palavra em sessão, o qual aceitou prontamente.

Como seu Ir:. é uma honra o poder publicar em seu nome, esta belissima prancha, como obreiro da Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues, foi compensador tê-lo por cá e, estou certo que o GADU, irá proporcionar novamente que os nossos caminhos se cruzem.

Portanto, a prancha que aqui vão ler, foi lida em loja, em sessão ritual, por um Ir:. visitante que assina a autoria da mesma, eu Daniel Martins apenas proporciono ao universo do A Partir Pedra, a sua leitura em âmbito alargado.

Meu querido Ir:., obrigado, mais uma vez pelas tuas palavras, bem hajas e, estou certo, até breve.

Uma pequena história, um grande e fraterno significado!


Vou contar uma história para vocês, meus IIr. Serei breve, serei leve. Uma história ainda em reflexão, uma história que ainda está sendo vivida e que foi possibilitada pelo G.A.D.U.

Quando se fala em projeto logo se indica qual o seu âmbito: profissional, pessoal, familiar, e por ai vai. Embora indicando e dividindo nossos projetos, aqueles de maior importância tem inserção e interação direta com nossas vidas pessoal e profissional, profana e fraterna. Afinal, o que é de mais importante é (ou deveria ser) partilhado.

E essa pequena história foi compartilhada com vocês.

No dia 01 de novembro de 2014 cheguei em Lisboa, Portugal, para uma estadia de 120 dias, foco profissional, meu Estágio de Doutoramento em Direito, foco pessoal, uma experiência familiar certamente inesquecível. Não cheguei só. Cheguei com minha família: esposa e filho.

A viagem começou muito antes da chegada em Lisboa no dia 01 de novembro. Iniciou de certa forma quando constituímos os laços familiares, 12 anos atrás, e com a chegada do nosso filho.

Quero dizer com isso que 120 dias distante do nosso meio comum, ao mesmo tempo em que um sonho, uma perspectiva maravilhosa que seria vivida, seria um grande desafio para 3 pessoas. Afinal, estaríamos sozinhos vivendo a experiência de estar em um continente, um país, uma cidade, muitas milhas além de casa.

Assim que decidimos pela viagem anunciei em minha Loja, perante meus queridos IIr. da Loja Fênix, n. 4053 do Grande Oriente do Brasil – GOB. De imediato VM, 1 e 2 Vig., IIr. Mestres indicaram: “Deves procurar nossos IIr. em Portugal! Contate o Grande Oriente para te indicar o caminho dos IIr.”

Contatei o Grande Oriente do Brasil e em pouco tempo recebi uma resposta: “Meu Ir. Somente é permitida a visitação a Ir. MM., como és Ap.’.M.’. não pode realizar visitas. Mas como li em seu pedido que irá com sua família, por longo período, necessitará estar em ambiente fraterno, por isso, autorizo e encaminharei sua documentação”.

Logo na semana de chegada a Lisboa, percebi que estaria seguro e em família. Fui recebido muitíssimo carinhosamente pelo Ir. José Ruah na GLLP/GLRP, o qual de pronto deixou as portas abertas e indicou a RL Mestre Affonso Domingues, n. 5 para que freqüentasse no período em que estivesse em Lisboa.

Na primeira oportunidade, dia 12 de novembro de 2014, visitei pela primeira vez a RL Mestre Affonso Domingues, n. 5. Fui recebido sem formalidades pelos IIr. Em seguida tive a oportunidade de visitar outras L. da GLRP, mas retornei somente a RL. Mestre Affonso Domingues, n. 5. 

E aqui esta pequena história passa a ter um grande e fraterno significado.

A RL Fênix, n. 4053, minha Loja Matter, tem uma verdadeira egrégora familiar. A egrégora que lá se firma é o mais puro sentimento e congregação de energias de pessoas que convivem em união fraterna, nos seus mais diversos graus e qualidades. Minha casa fraterna!

Embora com somente 6 visitas a RL Mestre Affonso Domingues, n. 5, me senti em uma verdadeira egrégora familiar. E aqui, meus IIr., sinto que a egrégora que se firma é, também, o mais puro sentimento e congregação de energias de pessoas que convivem em união fraterna.

Durante este período de 120 dias tive mais vínculo com alguns IIr. do que outros, o que é normal, mas sem dúvida sempre muito bem recebido por todos, realmente me senti em casa.

Algo que reparei e senti é que os IIr. que aqui estão querem estar aqui, realmente estão aqui além da presença física. Isso faz da RL Mestre Affonso Domingues uma verdadeira Loja. Para quem chega a RL Mestre Affonso Domingues isso faz toda a diferença.

Percebi que os IIr. que aqui estão, por óbvio, entraram na Maçonaria, mas, também, e o mais complexo, que infelizmente não acontece sempre, a Maçonaria também entrou nos IIr. Com isso não estou a dizer que a RL Mestre Affonso Domingues não tenha problemas, necessidades... afinal, se fosse perfeita, o que restaria?!

Quero dizer com essas poucas palavras que a convivência fraterna com os IIr. da RL Mestre Affonso Domingues fez a total diferença no decorrer dos 120 dias que aqui estivemos. A segurança que senti e sinto por estar entre vocês auxilia imensamente em fortificar a segurança que passei e passo para minha família durante a estada em Lisboa. Saber que possuímos uma família grande, com muitos IIr. Em pé e à Ordem, faz a total diferença.

Regressaremos ao Brasil no próximo sábado, dia 28. Retornarei ao seio fraterno de minha Loja Matter, estou com saudades dos IIr. que lá estão. O que também é certo é que sentirei saudades de todos vocês, assim como serei eternamente agradecido pela forma que fui acolhido pela RL Mestre Affonso Domingues, n. 5.

Fica o registro de que sempre estarei Em pé e à Ordem para todos os IIr. da RL Mestre Affonso Domingues, e que o referido registro não seja um Adeus, mas um até breve.

Afinal, não se está distante quando se mantém perto no coração, e todos vocês estão em meu coração.

São palavras simples, porém sinceras, e assim me despeço de todos.

Que o GADU ilumine todos os IIr. e suas respectivas famílias.

Ir. José Carlos Kraemer Bortoloti
Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil.
Lisboa, Portugal, 25 de fevereiro de 2015


Daniel Martins

24 fevereiro 2010

Visita à Loja Hippokrates


Uma delegação da Loja Mestre Affonso Domingues, na qual se incluíram o JPSetúbal e eu próprio, efetuou, na passada semana, uma visita à Loja Hippokrates, da Grande Loja da Áustria, que reúne ao Oriente de Viena.

A Loja Hippokrates foi fundada em 1993. Como o seu nome indica, o seu grupo fundador tinha uma grande prevalência de médicos. Hoje, está diluída essa prevalência. Uma parte dos seus membros são médicos, mas a Loja tem, presentemente, maçons exercendo as mais variadas profissões, ostentando a diversidade que, em Maçonaria, é uma riqueza.

A Loja Mestre Affonso Domingues e a Loja Hippokrates geminaram-se em maio do ano passado e um dos pontos do convénio de geminação respeita precisamente à promoção de visitas mútuas entre os obreiros das duas Lojas.

A Loja Hippokrates trabalha o Rito de Schröder, um rito praticado essencialmente nos países de língua alemã, de que reconheci elementos dos ritos de York e Escocês Antigo e Aceite, mas que, essencialmente, é um rito muito prático, simplificado e de rápida execução. A eficiência germânica...

A Loja Hippokrates reúne semanalmente, às segundas-feiras. As suas reuniões são rápidas - cerca de uma hora de duração - e são seguidas de um ágape, servido numa sala reservada para o efeito no edifício-sede da Grande Loja da Áustria. Por regra, em todas as reuniões é apresentada uma prancha, que é seguidamente discutida no ágape.

Em face da nossa visita, os nossos anfitriões tiveram a cortesia de efetuar algumas alterações no seu procedimento habitual. Apenas a abertura e o encerramento dos trabalhos rituais decorreram em alemão. Todo o resto da reunião decorreu em inglês, de forma a facilitar a comunicação entre anfitriões e visitantes. Também no ágape a língua preferencial de comunicação foi o inglês.

O debate, no ágape, acabou por não incidir sobre a prancha apresentada pelo Irmão E. C., austríaco casado com uma portuguesa, dedicada ao tema das relações históricas entre a Áustria e Portugal. A curiosidade dos nossos Irmãos austríacos sobre a Maçonaria Regular em Portugal e a forma como trabalha sobrepôs-se e o debate no ágape acabou por revestir a forma de respostas dos visitantes a perguntas dos Irmãos austríacos, satisfazendo o legítimo interesse destes em conhecer melhor a forma como se trabalha por cá.

Foi uma agradável visita, em que fomos recebidos de forma inexcedível pelos nossos Irmãos da Loja Hippokrates.

Na próxima semana, publicarei aqui a prancha lida na ocasião pelo Irmão E. C..

Uma última nota, a propósito da interrogação deixada pelo JPSetúbal no seu último texto aqui no blogue: o "M" que, em terras de língua germânica, em tempos se colocava entre o esquadro e o compasso era a inicial de "Maurerei", ou seja, Maçonaria. Nestas coisas, os alemães, cultores da filosofia e com uma língua especialmente adequada para a especulação filosófica, não facilitam, nem suscitam dúvidas ou confusões... Assim, onde os anglo-saxónicos punham o "G" de Geometria (que, nos tempos da maçonaria operativa, era um termo sinónimo de Maçonaria, como tive oportunidade de referir nos comentários à Lenda do Ofício), os germanos foram diretamente ao assunto e colocaram o "M" e não se fala mais nisso... Nos dias de hoje, nos países de língua germânica, deixou de, por regra, se incluir qualquer letra no símbolo maçónico por excelência: ou simplesmente se representa o esquadro e o compasso, como se pode verificar no sítio na Internet da Grande Loja Unida da Alemanha, ou se coloca entre ambas as peças um fio de prumo, como se pode ver no símbolo do sítio da Grande Loja da Áustria.

Rui Bandeira

09 julho 2007

Uma visita a RIGOR

Uma delegação de sete obreiros da Loja Mestre Affonso Domingues efectuou no fim de semana último uma visita à Respeitável Loja Rigor, n.º 57 da Grande Loja Legal de Portugal / GLRP, ao Oriente de Bragança.

Nesta visita, a delegação da Loja Mestre Affonso Domingues teve a honra de acompanhar o Muito Respeitável Grão- Mestre, Mário Martin Guia. O nosso companheiro neste blogue José Ruah deslocou-se na dupla condição de obreiro da Loja e de Grande Inspector para o Rito Escocês Antigo e Aceite.

Deslocámo-nos na companhia das respectivas famílias, pelo que, enquanto decorreu a reunião da Respeitável Loja Rigor, n.º 57, a esposa de um dos nossos anfitriões acompanhou as nossas mulheres e filhos numa visita ao castelo e a alguns museus de Bragança.

Na reunião, tivemos, designadamente, o grato prazer de testemunhar a iniciação do vigésimo quarto obreiro da Loja Rigor, a qual se destaca pela elevada assiduidade dos seus obreiros, além de ter ficado decidida a geminação entre as duas Lojas. Tal decisão foi assinalada pela assinatura num diploma a ela alusivo, efectuada pelos Veneráveis Mestres Domingos A., da Respeitável Loja Rigor, n.º 57, e Paulo FR, da Loja Mestre Affonso Domingues.

Se nada sobrevier em contrário, está prevista para o próximo ano maçónico a retribuição da visita, ocasião em que, ultimada e acordada a redacção do respectivo Convénio de Geminação, se prevê a realização, em Lisboa, da formal cerimónia de geminação entre as duas Lojas, através do Ritual de Geminação que, a propósito da geminação ocorrida entre a Loja Mestre Affonso Domingues e a Respeitável Loja Fraternidade Atlântica, n.º 1267 da Province de Bineau da Grande Loge Nationale Française, no ano maçónico transacto, foi elaborado por obreiros da nossa Loja e mereceu a aprovação do Grão-Mestre então em funções.

A Loja Rigor, n.º 57, possui magníficas instalações próprias, graças ao esforço e ao trabalho dos seus obreiros, e, após a sessão, nelas teve lugar um agradável ágape, reunindo os obreiros de ambas as lojas e respectivas famílias.

A hospitalidade fraterna dos nossos Irmãos da Loja Rigor, n.º 57, foi insuperável e tornou-nos devedores do nosso reconhecimento e desejo de, não superá-la (porque o insuperável é insusceptível de superação, por definição), mas de dela nos aproximarmos tanto quanto possível.

Rui Bandeira