Mostrar mensagens com a etiqueta ser maçon. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ser maçon. Mostrar todas as mensagens

24 setembro 2007

A Iniciação (II)

Os ritos de passagem são frequentemente integrados por referências ou representações à vida anterior dos que se submetem ao rito (de onde vens), por uma ou mais provas que devem ser superadas (o que és) e por referências ou representações daquilo a que se acede (para onde vais), designadamente aos deveres ou obrigações inerentes à nova situação que é atingida.

O rito de passagem que é a Cerimónia de Iniciação maçónica não foge a este estereótipo. Tem, porém, a característica de, após uma fase inicial, destinada à preparação psicológica e interior do candidato, tudo isso ocorrer em simultâneo.

Durante praticamente todo o decurso da Cerimónia de Iniciação, processam-se, em simultâneo, simbólicas referências à vida passada do profano em geral (e, portanto, também do candidato), ocorre a prestação de provas pelo candidato, por cuja submissão e consequente superação, também simbolicamente, se processa a transformação da realidade anterior para a realidade futura e apresentam-se ao candidato os princípios morais que devem por este ser seguidos como elementos veramente identificadores e conformadores da sua nova condição, a de maçon.

Durante todo este processo, o candidato é o centro da Loja - e, na medida em que esta simboliza também o Mundo, o candidato é o centro do Mundo. Tudo começa e acaba nele. Tudo a ele se refere. Tudo se destina a ser percepcionado, apreendido, sentido, em suma, vivido, por ele.

Porque assim é, tudo é organizado para que o máximo de atenção do candidato esteja concentrado no que se passa. Quando é que a nossa capacidade de atenção está no seu nível máximo? Quando estamos perante o desconhecido. Daí a importância de que o candidato ignore o que se vai passar.

Mas o objectivo principal da Cerimónia de Iniciação é TRANSFORMAR um profano num maçon. Importa, então, que esta efectue essa transformação. Para que tal ocorra, há que causar uma impressão no candidato, que seja o agente dessa transformação. Isso não ocorre com a mera leitura de um texto ou a simples exposição de normas de conduta, ou sequer com a prestação de provas que, na realidade, são tão acessíveis que não há memória de terem sido falhadas. Isso ocorre com a integração de tudo isto num conjunto e numa ambiência que, vividos em directo, sem avisos prévios, sem se saber o que virá a seguir, efectivamente marquem o candidato. O que se procura é que quem se submeter a uma cerimónia de iniciação maçónica nunca a esqueça, em dias de sua vida!

Para tal, o candidato é o centro de interesse de toda a actuação de toda a Loja durante todo o tempo em que decorre a sua iniciação, em toda a sua integralidade. Procura-se atingir, tocar, todos e cada um dos cinco sentidos do candidato. É importante, assim, tudo o que o candidato vê (e o que não vê...), tudo o que ouve e entende (e tudo o que, ouvindo, não entende, no momento...), tudo o que cheira, tudo o que saboreia, tudo o que sente (e tudo o que se passa sem que ele directamente sinta...).

A Cerimónia de Iniciação maçónica é uma cerimónia complexa para quem a executa e para quem a ela é submetido. Para quem a executa, porque, para ser feita de forma a que a mesma atinja os seus objectivos, se impõe concentração, coordenação e cooperação de todos os presentes, pois todos, realmente todos, os membros de uma Loja presentes participam na Cerimónia de Iniciação e contribuem para a criação do clima que permitirá o desabrochar de um maçon no interior de quem a essa cerimónia é submetido. Para este, porque, impreparado, despojado e indefeso, enfrenta um aluvião de sensações que - sabemo-lo! - lhe será impossível devidamente processar no momento. Mas é por isso mesmo que a Cerimónia de Iniciação é marcante!

Uma Cerimónia de Iniciação bem executada, bem vivida, será fonte de ensinamento e reflexão ao longo de toda a vida. Não será imediatamente compreendida na sua integralidade. Mas isso não importa. O que importa é que marque quem a ela se submeteu. Marcará no momento em que é vivida. Marcará de novo quando, pela primeira vez, o então já maçon assistir à iniciação de outrem. Voltará a marcar sempre que assistir a uma iniciação, sempre que executar uma função numa iniciação, sempre que dirigir uma iniciação.

E, se a sua Iniciação for proveitosa, se o maçon souber dela tirar toda sua lição e a aplicar ao longo do resto de sua vida, desejavelmente quando chegar o momento da sua Suprema Iniciação, do Derradeiro Ritual de Passagem, da sua Passagem ao Oriente Eterno, recordar-se-á do dia em que esteve, impreparado, despojado e indefeso, perante o Desconhecido e passou adiante e... não temerá!

Rui Bandeira

20 setembro 2007

A Iniciação (I)

Quando um profano pede para ser admitido maçon e a Loja que recebeu esse pedido acede a ele, a entrada do novo elemento para a Maçonaria e para a Loja processa-se mediante uma cerimónia, designada de Iniciação.

Um dos compromissos que os maçons assumem é o de não divulgar a profanos como se processa a cerimónia de Iniciação. Não por gosto do secretismo. Não porque algo de ilícito, ou perigoso, ou atentatório da dignidade, exista nessa cerimónia. Simplesmente porque o desconhecimento sobre como se processa e o que se passa nessa cerimónia é absolutamente essencial para que esta atinja os objectivos que com ela se procura prosseguir.

Dir-se-ia, assim sendo, que, nesse caso, não poderia ou deveria eu aqui escrever sobre a Iniciação. Tudo depende do que se escreve e como se escreve. Obviamente que não vou descrever a cerimónia, dizer o que nela se passa, como se processa. Assumi o compromisso de tal não fazer publicamente ou em privado perante profanos. E concordo e entendo as razões que subjazem a esse compromisso. Mas, sendo política e objectivo deste blogue desmistificar o pretenso secretismo da maçonaria e divulgar os princípios e objectivos desta, não seria entendível que aqui se não fizesse referência a um dos mais importantes actos e cerimónias da vida de qualquer maçon, a uma cerimónia que o terá indelevelmente marcado quando por ela passou e que continua e continuará a a influenciá-lo positivamente sempre que participa na iniciação de um novo maçon. Seria como descrever o futebol sem falar do golo, como discretear sobre Leonardo da Vinci sem mencionar a Mona Lisa!

Mesmo sem divulgar o que não deve ser divulgado, entendo que algo de interessante pode e deve ser dito sobre a Iniciação, permitindo que a generalidade dos interessados - ou até simples curiosos - entendam que objectivos se procuram prosseguir com essa Cerimónia e, mesmo, a razão da necessidade de detalhes sobre ela não serem conhecidos por quem por ela não passou.

A Cerimónia de Iniciação mais não é do que, no fundo, um rito de passagem! Desde a mais remota Antiguidade e em diversas Civilizações que a Humanidade executa ritos de passagem - o mais frequente deles porventura o que assinala a passagem da infância para a idade adulta.

A Cerimónia de Iniciação é, assim, e antes do mais, um rito de passagem da vida profana para a vida maçónica. Mas não é um mero marco dessa passagem, desse início. O traço distintivo da Cerimónia de Iniciação em relação à generalidade dos ritos de passagem é o de que aquela, mais do que assinalar, festejar, marcar a passagem da vida profana para a vida maçónica, tem um papel efectivamente constituinte dessa transição.

Não se pode ser maçon sem VIVER a cerimónia de iniciação. Pode-se tê-la estudado, lido sobre ela, até porventura lido o respectivo guião. Nada disso faz diferença: para que a nossa mente e o nosso espírito apreendam em toda a sua complexidade e riqueza o que é ser maçon, é essencial VIVER a Iniciação. Porque a transformação ética e espiritual que o método maçónico propicia depende, não apenas do Intelecto, mas da integralidade do Homem. O que vale por dizer que não basta conhecer intelectualmente os princípios, os ensinamentos, os propósitos, a moral. É necessário SENTIR esses princípios, esses ensinamentos, esses propósitos, essa moral.

E a impressão que a Cerimónia de Iniciação deixará naquele que a ela é submetido será tanto mais forte quanto menos ele souber do que se vai passar. Quanto mais souber (ou julgar que sabe...) sobre o que vai ocorrer, mais distraído estará, aguardando o que espera, ou julga, que vai acontecer, ou interrogando-se porque não aconteceu o que sabe (ou pensa que sabe...) que vai acontecer. E quanto mais concentrado no que sabe (ou imagina que sabe...) estiver, menos atenção dedica àquilo que efectivamente se passa, de menos detalhes se aperceberá, mais sensações perderá.

A todos aqueles que desejem vir a ser iniciados maçons, deixo aqui, portanto, um sincero conselho: informem-se o mais que puderem sobre a maçonaria, mas não busquem informar-se sobre a Cerimónia de Iniciação. Quanto mais dela souberem, menos esta vos marcará. Quanto mais dela conhecerem, menos a VIVERÃO. A maçonaria preza e incentiva o Conhecimento. Mas uma das coisas que se aprende na Maçonaria é que o verdadeiro Conhecimento adquire-se ordenadamente, quando se está preparado para adquirir cada pedaço dele.

Rui Bandeira

26 julho 2007

Será só Semantica ?

Anda aqui uma duvida existencial a assolar-me o espirito (maçónico é claro !), há já uns tempos.


A sigla com que terminamos os nossos textos e que nos fala dos abraços

T F A ou T A F

Triplo e Fraterno Abraço
(triplice e fraternal abraç0)

ou

Triplo Abraço Fraterno


É Triplo e Fraterno o Abraço ?

ou só o Tiplo Abraço é que é Fraterno ?

Se eu der um só abraço e usar o TAF e nao o TFA entao o meu abraço não é fraterno ? E se eu o der a um Irmão ?


Pronto já larguei mais uma "bizantinice" como lhe chama o Rui !!

Eu prefiro TFA


José Ruah

11 abril 2007

UM motivo para ser maçon

Único - Desejo de aperfeiçoamento

Só existe uma motivação válida para se pretender ser admitido maçon: o desejo de se aperfeiçoar pessoal, ética e espiritualmente.

Quem, sendo homem crente, livre e de bons costumes, tiver este desígnio e estiver disposto a utilizar o método maçónico na busca do transcendente, é bem-vindo!

Esse pode estar ciente de que nada lhe é ensinado, mas tudo pode aprender.

Esse pode confiar que nada lhe é imposto, mas que de bom grado aceitará as regras de conduta que encontrará.

Esse pode e deve estar preparado para um longo, e difícil, e trabalhoso, percurso, mas verificará que nunca fará sua jornada só, antes e sempre acompanhado por seus Irmãos.

Esse pode ficar certo que começou o seu trabalho no momento em que foi iniciado e que só o terminará no momento da sua passagem ao Oriente Eterno.

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, tornar-se-á melhor, portar-se-á melhor, actuará melhor, em todos os aspectos da sua vida e será assim e só assim, por virtude, da sua melhoria, que será respeitado e poderá aspirar a influenciar os demais, quiçá na Política, porventura nos negócios, seguramente nas relações sociais, mas sobretudo nos corações de quem com ele privar.

Esse será solidário e benemerente, porque assim a sua condição de maçon, de homem justo e íntegro e interessado o levará a ser, com a naturalidade de quem respira e a discrição de quem dorme.

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, poderá aspirar a Conhecer, a conhecer o que ninguém lhe pode transmitir, a conhecer o que só ele pode intuir, a entrever o Divino, a espreitar o Sentido da Vida e da Criação. E, se o conseguir, vai entender que não conseguirá por palavras transmitir esse conhecimento a mais ninguém, apenas ajudar seus Irmãos a fazerem seus percursos para poderem aspirar a intuir, a entrever, a espreitar. E então perceberá que esse é o célebre segredo e é-o devido à incapacidade humana de conseguir que deixe de o ser.

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, terá um lampejo de compreensão do significado da Vida e da Morte e não temerá esta e assim verdadeiramente cumprirá o que Camões cantou e será um d' "aqueles que por obras valerosas /se vão da lei da Morte libertando".

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, será, ainda que nunca nada mais sendo do que simples obreiro numa simples Loja, um verdadeiro Grão-Mestre, de si próprio, da sua consciência, de seu percurso iniciático.

Esse, ainda que nunca o tenha visto nem sentido, já usa o avental; os maçons limitar-se-ão a ajustar à sua cintura a peça visível .

Esse será o Aprendiz que eu, Mestre eternamente Aprendiz, jubilosamente ajudarei a evoluir e a tornar-se Mestre, certo que ele próprio também me ajudará a mim, Aprendiz em veste de Mestre, a dar mais um pequeno passo no meu sempre inacabado percurso.

Esse não terá a honra de ser admitido maçon; esse honrará os maçons ao consentir em se juntar a eles.

Rui Bandeira

10 abril 2007

Cinco motivos para NÃO SER maçon

1. Influência política - Poder

Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria - pelo menos a maçonaria Regular; e, mesmo quanto à Maçonaria Liberal, acho que são mais as vozes do que as nozes... - não tem mais influência junto do Poder Político do que qualquer outra instituição social. A única influência que a Maçonaria pode exercer é apenas de ordem moral, pelo exemplo dos seus membros através da aplicação dos seus princípios. Engana-se quem pensa que. ao juntar-se à Maçonaria, terá acesso aos corredores do Poder...

Aliás, uma das coisas de que o maçon rapidamente se dá conta,dentro da Ordem, é que é muito mais abrangente a ilusão do Poder, do que este propriamente dito. Ao menos em ambiente democrático, cada um exerce apenas o Poder que os demais lhe reconhecem e admitem que exerçam.

Em Loja, o detentor do Poder, o condutor, o decisor, o que detém os símbolos do Poder é o Venerável Mestre. Pois bem: como todos os que já se sentaram na Cadeira de Salomão rapidamente verificaram, a função de Venerável Mestre é aquela em que, afinal, não se tem mais direitos do que o mais recente Aprendiz e se tem mais deveres do que os restantes Mestres.

Portanto, quem busca o perfume do Poder, procure-o noutro lado, não na Maçonaria. Aqui apenas aprenderá o cumprimento dos seus deveres.

2. Influência económica - negócios e dinheiro

Quem pensar que a entrada na Maçonaria é uma porta aberta para obter contactos e negócios e o propiciar de condições para "subir na vida", pense outra vez, e pense melhor! Se for este o motivo que o faz desejar entrar na Maçonaria, poupe-se ao trabalho e às despesas. Dentro da Maçonaria fará os mesmos negócios que faria fora dela. O que todos lhe pedirão na maçonaria é que dê algo de si em prol dos outros. Dos demais receberá o que efectivamente necessite e os demais lhe possam dar, não o que deseje ou egoisticamente pense que lhe convenha. Os negócios da Maçonaria são de índole moral e espiritual. Quem deseje entrar no Templo tem que deixar os seus metais à porta deste.

3. Influência social - honrarias e reconhecimento

Na Maçonaria usam-se aventais e colares e jóias, é verdade. Mas o maçon considera tudo isso como meros penduricalhos. A única diferença entre o mais rico, bonito, bordado e colorido avental de Grande Oficial ou de Altos Graus e o simples avental branco de Aprendiz é que quem usa aquele pagou bem mais caro por ele do que o que usa este. Aliás, de todos os aventais que um maçon possa possuir, aquele que para ele tem significado é precisamente o primeiro, o mais simples, o avental branco de aprendiz. Esse é o que qualquer maçon, qualquer que seja o seu grau ou qualidade, pode sempre usar e simbolicamente deve sempre usar. Esse é o adorno que o maçon deve cuidar de manter sempre alvo e puro e, portanto, nunca conspurcado por acções censuráveis ou indignas.

O maçon gosta de usar a jóia de sua Loja, não porque seja bela ou valiosa, mas apenas e tão só porque é um dos símbolos de sua Loja e o seu uso mostra a todos os seus Irmãos o grupo fraterno em que se integra.

O maçon usa colar quando exerce uma função, não porque lhe fique bem, mas apenas e tão só como distintivo de que a está exercendo. Em bom rigor não é o maçon que usa o colar; é o colar de função que usa o maçon...

Nem na sociedade profana o estatuto de maçon atribui qualquer privilégio que não o reconhecimento das eventuais qualidades de quem o seja, nem no interior da Maçonaria o estatuto social, profissional, académico ou de fortuna diferencia um maçon de outro; o mais jovem aprendiz só tem uma maneira de se dirigir ao Muito Respeitável Grão-Mestre (apesar de formalmente lhe dar este tratamento): "meu Irmão"! E é esse mesmo o tratamento que recebe do Grão-Mestre.

Assim, aquele que porventura sonhe ser a maçonaria um local ideal para obter ou reforçar reconhecimento social, não se engane a ele, nem engane os maçons: abstenha-se de pretender ser maçon!

4. Beneficência - ajuda ao próximo

O bem intencionado que porventura procure na Maçonaria o instrumento para dar largas ao seu anseio de ajudar o próximo, de ser beneficente, se é essa a principal razão que o move, se é isso que vê na Maçonaria, também está enganado.

Não que a Solidariedade e a Beneficência não sejam prosseguidas pela Maçonaria. Claro que o são. Mas não é essa a razão de existir da Maçonaria. Não é por causa da Solidariedade e da Beneficência que a Maçonaria existe. A Solidariedade e a Beneficência são simples consequências de se ser maçon.

Em linguagem de "economês", por muito praticadas que sejam, a Solidariedade e a Beneficência não fazem, no entanto, parte do "core business" (essência) da Maçonaria.

Em linguagem de "industrialês", por muito importantes que sejam, a Solidariedade e a Beneficência são simples subprodutos da Maçonaria.

Portanto, se são a Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem intencionado, e nada mais, e não essencialmente algo mais, então o melhor que o bem intencionado tem a fazer é dar largas ao seu anseio através de outras organizações especialmente vocacionadas para isso. A Ajuda de Berço é uma boa opção. A Cruz Vermelha, também. Os Bombeiros, idem. O Banco Alimentar contra a Fome, a mesma coisa. E muitas mais organizações há que têm na Solidariedade e na beneficência a sua razão de ser. E , mesmo sem se juntar a qualquer organização, certamente na sua rua ou na sua localidade encontrará alguém que necessita da sua ajuda. Dê-lha!

5. Curiosidade - conhecer o "segredo maçónico"

Se é a curiosidade que o faz desejar ser maçon, não se iluda: naquilo que ela pode ser satisfeita, não precisa de ser maçon para o saber.

Quer conhecer as palavras de reconhecimento mútuo dos maçons? Por quem é, não seja por isso, arme-se de um pouco de paciência, leia uns livros, encontre umas obras onde estão transcritos rituais antigos e faça favor! Nunca ouviu dizer que os maçons preservam a Tradição? Então, basta tirar a consequência: o que se fazia antigamente continua válido agora... Mas, o quê? Ser maçon só para tomar conhecimento dessas palavras sem ter de ter o trabalho de procurar? Meu caro, a Preguiça é um Pecado Mortal... Se é só por isso que quer ser maçon, os maçons não querem preguiçosos no seu seio... E - acredite em mim! -, garanto-lhe que vai ter muito mais trabalho e demorar muito mais tempo para tomar conhecimento dessas palavras, grau por grau, do que se ler nos livros certos. Está tudo publicado!

Quer conhecer os sinais secretos dos maçons? Meu caro, o You Tube preenche-lhe o anseio! Siga este atalho e ei-los, não ao vivo e a cores, mas em filme e a preto e branco! Não lhe garanto que tudo o que vir esteja certo, mas posso afirmar-lhe que algo do que vir o está...

Portanto, caro curioso, se é a curiosidade que o move a ser maçon, esqueça! Tem outros meios de a satisfazer!

E, afinal, se o que pretende é apenas conhecer como pensam, o que fazem, de que tratam, os maçons, nem sequer precisa de se incomodar muito: basta-lhe ir lendo o A Partir Pedra...

Rui Bandeira