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24 novembro 2014

A importância que um Padrinho tem na formação de um maçom…

(imagem proveniente de Google Images)

O  texto que hoje publico, vai abordar algo que no meu entendimento será bastante relevante para a Maçonaria e que é o papel que um padrinho deverá ter na formação do seu afilhado maçom.
Um padrinho deve ter a sensibilidade para poder analisar quem deve ou não fazer parte da Augusta Ordem Maçónica. E padrinho pode ser qualquer maçom exaltado à condição de Mestre. O Mestre é o maçom de pleno direito. Logo tem a responsabilidade de fazer respeitar os princípios da Ordem, auxiliar na formação dos seus Irmãos, detenham eles o grau que tiverem, e de apesar de não fazer proselitismo, deve procurar no mundo profano quem tenha qualidades para ingressar na Maçonaria e que com essa admissão possa desenvolver um trabalho correto tanto pela Ordem Maçónica bem como pela sociedade civil na sua generalidade.
O padrinho não tem de ser um guru nem ser um visionário (pois ele será também um eterno aprendiz), o papel que ele deverá representar  para o seu afilhado é o de um guia, de uma pessoa que o auxílie na sua integração na Loja bem como o de sendo alguém que o ajude na sua formação maçónica, principalmente nos primeiros tempos, em complemento com a formação que é efetuada na loja, auxiliando também o Segundo Vigilante (cargo oficial desempenhado pelo terceiro elemento da  hierárquia de uma loja maçónica) no cumprimento das suas funções, nomeadamente como formador dos Aprendizes Maçons.
Compete ao padrinho após identificar no mundo profano alguém com as capacidades intelectuais e morais que são necessárias para alguém ser reconhecido maçom, abordar o mesmo da forma como achar que será melhor recebida pelo seu interlocutor. Na maioria das situações, a abordagem é feita pelo reverso, alguém que é profano e que se identifica com a Maçonaria intercede junto de um maçom para que lhe seja concedida a entrada na Ordem. Independente da maneira de como é feita a proposição, cabe ao maçom que irá ser o padrinho efetuar algumas diligências, ou seja, conhecer os gostos e preferências do seu futuro afilhado bem como dos hábitos e rotinas que ele possa ter  (se não os conhecer anteriormente), isto é, tudo aquilo que é habitual num ser humano. Conhece-lo!
E  numa fase posterior, se concluir que o profano detém  as qualidades necessárias para entrar na Maçonaria, deve abordar alguns temas de âmbito maçónico, retirando algumas das dúvidas que possam persisitir na mente do seu futuro apadrinhado sobre o que a Ordem Maçónica é e qual o seu papel no mundo. Mas mais que isso, na minha opinião, o futuro padrinho deve fazer-se acompanhar pelo profano em eventos maçónicos de cariz aberto (eventos brancos) onde este poderá ter um contato mais alargado com o que é a Ordem, ou seja, frequentar tertúlias e palestras onde a Maçonaria seja o tema principal a ser abordado.
Neste caso, admito que começará aqui, para mim, a formação maçónica do futuro iniciado. Pois se o mesmo afinal decidir que não se identifica com o que encontra, observa e escuta, então o processo de candidatura não terá início e o profano aproveitará apenas para aumentar a sua cultura geral sobre o que à Maçonaria concerne e ter uma opinião mais concreta sobre esta Augusta Ordem. No entanto, e caso o profano se identifique claramente com o que lhe é mostrado, deverá então ser iniciado o processo de candidatura à admissão numa loja maçónica. E de preferência que seja na loja que é integrada pelo seu padrinho. Isso é de extrema importância. E porquê?!
Porque durante o desenrolar do processo de candidatura, os membros da loja confiarão no zelo que o padrinho se propõe a cumprir ao apadrinhar a candidatura em avaliação porque o conhecem, e  também estes por sua vez, respeitarão quem vier a ser escolhido para ser acolhido pela loja.
E depois, porque o padrinho deverá acompanhar o seu afilhado na assistência das sessões da loja a que estes pertencem, para que este não se sinta desapoiado e nem desintegrado num grupo de gente que à partida não o conhece bem nem o qual deverá conhecer devidamente.
Acontece também o contrário, por vezes quem chega a uma loja maçónica já é popular no mundo profano ou puderá ter relações profanas com alguns membros da loja e assim a sua integração é mais facilmente consumada.
Mas e apesar de todo o fraternalismo que existe na Maçonaria em geral, os “primeiros tempos de vida” de um maçom podem-lhe parecer estranhos porque terá de ser relacionar inclusivé com gente que talvez, no mundo profano, preferiria evitar. É verdade, tal pode acontecer e ainda bem que tal assim acontece. Desta forma, é possível um entendimento que de outra maneira não seria possível acontecer. Porque os irmãos são “obrigados” a confraternizar, logo, encontrar "pontos de comunhão” e de “convergência”. Também, pelo facto de se terem de relacionar, isso obrigará a que as pessoas se conheçam melhor, e com isso, desfazer alguns preconceitos que poderiam ter anteriormente e que se assumirão posteriormente, como errados e descabidos. Outros quiçá, manterão a mesma opinião que anteriormente. Tal poderá acontecer, somos humanos e em relação a isso pouco se pode fazer… A não ser, tolerar e respeitar o próximo tal como outra pessoa qualquer o deve merecer.
 - Os maçons são pessoas como as outras, não são perfeitos; a  forma de como combatem as suas paixões e evitam os seus vícios é que os difere dos restantes membros da sociedade -.

E ter um padrinho que os guie corretamente nessas situações,  que lhes dê a mão para os apoiar quando necessitarem disso e que acima de tudo os critique quando o deve fazer para os manter num bom caminho, marcará de todo a diferença. Isso é “meio caminho andado” para um crescimento maçónico correto e que não seja funesto para a Ordem no futuro.
Os casos que normalmente vêm a público no mundo profano devem-se a erros de casting ou a gente que foi mal formada ou que não se identificou depois com os princípios morais que encontrou no interior da Maçonaria. Por isto, é que não basta a um padrinho convidar ou apadrinhar alguém apenas por ser seu amigo, por ser seu colega ou por essa pessoa ter alguma influência ou notoriedade no mundo profano. Esse “alguém” terá mesmo de se identificar com a Maçonaria e saber um pouco ao que vai, porque caso contrário, criará uma perca de tempo ao próprio e à loja maçónica que o acolher com as consequências que sabemos que poderão suceder e que algumas vezes ocorrem mesmo!
E nos casos em que os maçons “derrapam” ou se desviam do seu caminho na virtude, os padrinhos deveriam ser também responsabilizados, isto é, serem chamados à atenção por terem trazido para dentro da Instituição Maçónica quem agiu de forma errada e que levou a que a imagem desta Augusta Ordem fosse questionada profanamente. Obviamente que não digo que fossem sancionados, mas que exista uma conversa para os alertar do perigo que é de apadrinhar gente com este tipo de conduta para que no futuro sejam mais zelosos nos seus apadrinhamentos e que também tivessem acompanhado a conduta do seu apadrinhado. Naturalmente que um padrinho não pode ser culpado, a não ser que seja cúmplice, da atuação do seu afilhado, mas se puder prever que o mesmo possa se desviar e errar, deve alertar o mesmo dos riscos que este corre, seja de suspensão ou até mesmo de expulsão da Ordem, com tudo o que isso acarretará moralmente para ambos. Porque mesmo em surdina, as “orelhas” do padrinho sofrem sempre as consequências dos atos do seu afilhado. É habitual o ser humano criticar algo, todos somos “treinadores de bancada”, logo criticar-se algo que não correu bem é a consequência lógica de tal. Por isso até mesmo quem entra na Maçonaria deve refletir na sua conduta para que não ponha a imagem dos outros irmãos em questão.
Porém, e ainda no âmbito da instrução maçónica do seu afilhado, o padrinho deverá  complementar a formação que será concedida pela loja ao seu apadrinhado; porque ao lhe demonstrar também que a Maçonaria vive de símbolos, metáforas e alegorias, mas fundamentalmente, da prática de rituais próprios, também ele (padrinho) ao instruir o seu afilhado, poderá refletir e por em prática os conhecimentos que já adquiriu até então - o que é sempre uma mais valia pessoal - e que lhe permitirá vivenciar o que também ele aprendeu durante a sua formação até atingir o mestrado.
- Conhecer e ensinar outrém é do melhor que o ser humano poderá fazer pelo seu semelhante. Tanto que acredito que o Conhecimento somente é  Sabedoria quando compartilhado-.
Mais tarde, quando o seu afilhado já se encontrar na condição de mestre, já não será tão essencial ter aquela “especial” atenção que considero como importante na caminhada de um maçom, porque este já atingiu uma parte importante da sua formação maçónica e concluiu o seu percurso até à mestria. Mas no entanto,  nunca o deverá abandonar, pois apesar de este ser um irmão seu, será sempre o seu afilhado, logo alguém que um dia reconheceu como tendo capacidades e qualidades maçónicas. E essa responsabilidade nunca desaparecerá.
E isto é algo que por vezes acontece e que eu considero como sendo nefasto para a vida interna de uma Obediência. Não basta convidar alguém, se iniciar alguém, (mal) formar alguém e depois deixá-lo à  mercê dos tempos e vontades… Virar as costas a um irmão, mesmo que seja inconscientemente, nunca trará resultados frutuosos para ninguém e principalmente para a Ordem. É na nossa união que reside a nossa força, é com nosso apoio que conseguimos enfrentar o dia-a-dia. E se isto poderá parecer como demasiado simplista e inocente, não nos devemos esquecer que é no nosso espírito de corpo que se encontra a fonte da egrégora que é criada em loja e que é a impulsionadora da nossa fraternidade.
Assim, alguém que queira apadrinhar a candidatura de um profano, terá de assumir que adquire uma responsabilidade tal, que nunca será irrelevante e que nos seus “ombros” suportará o “peso” de uma Ordem iniciática e de cariz fraternal  como o é a Maçonaria. E que terá como seus deveres  principais: reconhecer, informar, transmitir/formar e acompanhar  quem ele considerar como sendo um válido (futuro) membro da  Maçonaria.
Não será uma tarefa fácil, esta de se apadrinhar alguém, mas este é um compromisso que os maçons assumem para com a Ordem e a bem da Ordem...

06 dezembro 2011

Instrução em Maçonaria - VI

As minhas desculpas pelo atraso no texto, mas algumas dificuldades técnicas impediram-me de o concluir em tempo util.


Continuando a serie sobre instrução em Maçonaria e tendo os artigos anteriores sido essencialmente dirigidos à instrução de mestres e à auto instrução, creio que é momento de abordar a instrução tal como ela é compreendida na sua vasta generalidade.

Tradicionalmente são os Vigilantes de cada Loja que estão encarregues de proceder à instrução dos aprendizes e dos companheiros.

Não existe uma regra para proceder a esta instrução. Existem Vigilantes mais proactivos e outros mais passivos, às vezes até em excesso que de proactividade quer de passividade.

Em minha opinião é melhor ser proactivo que passivo, mas como em tudo há que ter limites. O excesso de proactividade pode ser invasivo do espaço de cada um e pode gerar também reacções adversas ao excesso de trabalho exigido.

E como pode um maçon falar em excesso de trabalho !  Pode. Antes de tudo somos pessoas, como as outras. Temos profissões, família, compromissos sociais, religiosos, profissionais, e também o compromisso com a Loja. Como mesmo para um maçon o dia tem 24h ( talvez haja um segredo maçónico que permite transformar em 36 mas não posso elaborar mais sobre isso) os trabalhos maçónicos têm também que ser doseados.

O primeiro trabalho de um vigilante tem que ser o de conhecer quem tem pela frente, quem é quem, que aspirações individuais, que motivações, que empenho, que via privilegia, o background educacional e pessoal, enfim tem que conhecer cada um dos seus aprendizes ou companheiros.

O segundo trabalho de um vigilante é, na posse das informações anteriores, estabelecer metas e determinar os assuntos que gostaria de ver aprofundados.

O terceiro trabalho é o de definir não um plano de trabalho geral, mas sim um plano de trabalho individual para cada um dos aprendizes ou companheiros, indo assim ao encontro das motivações individuais tendo em conta o estádio de conhecimento de cada um.

Surge aqui também uma pequena nuance. O Primeiro e o Segundo Vigilantes devem articular entre si o que vão fazer porque assim podem estabelecer planos de continuidade, isto é quando o Segundo passar a Primeiro e herdar alguns dos companheiros, ou quando os aprendizes passam a companheiro, não deverá acontecer sobreposição de assuntos e temas, por forma a maximizar a aprendizagem.

Esta articulação é também importante porque há assuntos transversais como sejam coisas básicas de ritual e que podem ser objecto de prelecções conjuntas, convidando eventualmente um ou outro Mestre mais versado sobre o tema para as dar.

Estabelecidos os planos individuais e a articulação com a outra coluna, então é chegado o momento de definir as acções globais, que para além de palestras sobre os temas que forem achados convenientes, devem a meu ver incluir deslocações a outras Lojas do mesmo Rito e mesmo a uma ou duas de Rito diferente.

Com um plano de trabalho definido a prazo, é possível calendarizar a apresentação dos trabalhos de proficiência de cada um dos aprendizes ou companheiros. O tempo deve ser um bom conselheiro e não deve haver a pressa de apresentar os ditos trabalhos muito rapidamente.
É preciso dar a quem chega tempo de aclimatação, tempo de fraternização, tempo de individualização e finalmente tempo de apresentação.

Uma Loja estruturada não deve ter pressa. Um aprendiz ou companheiro não precisa de ter pressa. Os Vigilantes não são avaliados pelos “ quilogramas” de aumentos de salário, mas sim pela qualidade do trabalho produzido.

É preferível ter menos Irmãos mais preparados, bem enquadrados, tendo absorvido a cultura da Loja correctamente, que mais Irmãos com deficiente instrução.

A instrução só tem sentido quando podemos projectar no futuro o seu resultado, e uma Loja Maçónica é intemporal logo tem que pensar sempre no futuro.


José Ruah

28 novembro 2011

Instrução em Maçonaria - V


E ao fim de uns anos larguei a música.

Não que tenha deixado de a ouvir (porque tocar … isso não é para mim) mas porque este ano deixei o cargo de Organista.

O Venerável pediu e o meu dever era aceitar o seu pedido e fui consequentemente fazer outras coisas.

Foram uns anos, mais de 3. Foi mais que isso, foi um percurso, um estudo e uma evolução. Tive a necessidade de entender sob um outro prisma o que se passava em Loja.

A leitura dos rituais não foi suficiente, as ordens de trabalhos insuficientes e muitas vezes incompletas ou tardias, as alterações de ultima hora comunicadas, e as não comunicadas.

O esquecimento que esta ou aquela cerimónia tinha também mais esta deslocação ou este momento de silencio.

Os momentos de silêncio e sua análise. Podiam ou não ser preenchidos por música? e sendo como ?

A aprendizagem de cada momento de cada sessão, a respectiva interiorização e visualização em pensamento e em memória “RAM equivalente” considerando ou pelo menos tentando considerar todos os movimentos e estimando quanto tempo duraria.

O ambiente particular de cada sessão e as diferenças de uma para outra, os diferentes ritmos dos Veneráveis, tudo isto era de primordial importância para a escolha da musica.

E ao chegar à escolha da música conclui que estava formatado. Tinha passado anos a ouvir esquemas musicais parecidos quer na RL Mestre Affonso Domingues, quer nas múltiplas Lojas que visitava. Havia um standard criado. Esta uniformização era tão mais forte que havia peças musicais que estavam elas próprias enraizadas e já faziam parte da mobília.

Na minha memória uma ou outra sessão na qual o anterior organista o Irmão Alexis tinha dado umas sacudidelas ao sistema.

E quando comecei embora não formatado, não saí muito fora do que era a regra. Todavia pouco a pouco comecei a trilhar um percurso, assente numa máxima:
“Tudo ou quase tudo pode ser tocado numa sessão de Loja”

E pensando assim fui estudando cada vez mais os rituais, conhecendo cada vez mais profundamente as cerimónias. Desse conhecimento resultaram várias coisas, mas para o caso aqui em apreço importa o tipo de percurso que se abriu à minha frente e que me levou do Barroco à música contemporânea fosse ela clássica ou rock, bandas sonoras de filmes. Abandonei assim os clássicos, o tradicional Mozart e os convencionais Beethoven, J.S. Bach e outros.

De repente Dire Straits, Scorpions, Eagles, Enya, Carlos Paredes e outros passaram a aparecer nos alinhamentos de cada sessão.

Ao fim de um tempo o paradigma de música numa sessão maçónica mudou, e mudou não porque simplesmente se abandonassem as peças musicais mais tradicionais, mas porque estava demonstrado que era possível ir em múltiplas direcções e não só numa apenas.

Também me dediquei um pouco à instrução, mas não tanto ensinando como fazer mas mostrando como se podia fazer diferente sem retirar qualquer brilho ou solenidade a uma sessão.

Um Mestre Maçon ao trabalhar no seu aperfeiçoamento, ao continuar a sua auto instrução e mostrando aos seus Irmãos independentemente do respectivo grau ou qualidade, que há sólidas formas de fazer coisas diferentes sem quebrar o prescrito no regulamento ou nas leis maçónicas, está a instruir.

E por aqui ficamos esta semana.

José Ruah

PS: deixo-vos aqui com 2 versões na mesma musica. Qualquer das versões foi usada por mim em ocasiões e momentos diferentes de sessões:


21 novembro 2011

Instrução em Maçonaria - IV



Fico curioso! Eu aqui a falar de uma coisa, essencialmente de métodos que podem até ser transversais a outras áreas do conhecimento e os comentadores (por acaso sempre os mesmos) a comentarem ao lado.

Imaginemos por um instante que eu escrevia aqui sobre temas de culinária, aliás exemplo usado por um dos comentadores para explicar a outro qualquer comentador coisa que este ultimo teimava em não perceber, e os comentadores sempre questionando sobre carburadores e cilindros e outros assuntos de mecânica automóvel.

E que lendo e relendo o que escrevia, via com clareza que lá estavam métodos de cocção, formas de arranjar alimentos, maneiras de fazer molhos, apreciações objectivas sobre as quantidades dos ingredientes, da farinha, do sal, do azeite e do vinho.

Pequenos truques para as especiarias aromatizarem e para os óleos não se queimarem, enfim lendo e relendo e voltando a verificar que o escrito era mesmo sobre o tema anunciado e depois quando chegam os comentários só mencionam o entupimento dos injectores, as cambotas, e os cilindros deficientemente encamisados.

Dá que pensar! E sobretudo obriga a reflectir e a questionar. Será que escrevi mesmo sobre o tema anunciado, e se não escrevi? A bem dos simpáticos comentadores peço a terceiros, isentos, que me digam sobre o que escrevi e eles confirmam que de facto  escrevi sobre o tema que me tinha proposto.

Fico então a saber que sei escrever, ler, que também consigo ir soletrando e que não estou enganado.

Sou então assomado por uma pena, pena de pena que não pena de pena porque esta ultima por grande pena que fosse mesmo que me assomasse não me assomaria, sendo que a primeira por pequena que seja quando me assoma, assoma-me em profundidade.

Mas dizia eu que me assoma uma pena por ver que ainda há algumas pessoas que embora pensem que sabem ler, apenas conseguem juntar letras e dizer palavras. E dizem essas palavras convencidos que estão contribuindo com qualquer ideia.

Uma coisa seria se o que relato acontecesse fugazmente ou mesmo por ignorância, mas outra coisa é quando o meu convencimento é contrário, e na verdade uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, e não devemos confundir as coisas sob pena de as coisas se nos sobreporem, passando elas a serem as coisas das nossas circunstâncias, quando na verdade quando as coisas são bem separadinhas e arrumadinhas tudo fica clarinho e transparente.

Ora a recorrência da insistência em “bugalhar” quando o expectável seria “alhar”, é em si reveladora de perversidade
Acontece que se fosse a ignorância acima mencionada seria possível combate-la e por isso o trabalho neste espaço. Já a perversidade…

E porque a ignorância é possível combater se publicam neste espaço, artigos com conteúdos de qualidade e com profundidade, e felizmente por análise de retorno de informação é seguro saber que a grande maioria dos leitores vai aprendendo e logo o propósito de transmissão de conhecimento é cumprido.

Já quanto aos que não pretendem aprender, e que estão no seu direito, também não lhes assiste o direito de sequer tentar fazer com que se perca tempo com outros assuntos laterais.

Desengane-se quem pensar que este texto que aqui acaba não se enquadra na Instrução em Maçonaria.

E por esta semana ficamos por aqui.


José Ruah

14 novembro 2011

Instrução em Maçonaria - III


“Estou suficientemente instruído” é, estou certo disso, o que muitos pensam quando chega a altura de estarem em crer que é o momento de passar de grau ou de ocupar uma função. E quando assim pensam abrandam o estudo e a respectiva auto instrução.

É, eventualmente, mais recorrente o pensamento nos Mestres, porque acham que como já podem falar, usar da palavra para dizer coisas estão num patamar em que o conhecimento adicional é acessório e que logo deve passar para segundo o terceiro plano.

Provavelmente também terei pensado assim, nos idos de 1992 quando atingi o grau de Mestre Maçon e pensei que tinha chegado. Na verdade acabara de partir, de iniciar a grande viagem da Maçonaria, aquela que só termina no momento de passar ao Oriente Eterno.

Não percebi isso imediatamente. Demorei a perceber que nessa viagem é necessário reequacionar os fundamentos, reler o lido e voltar a ler novamente. Pensar nas origens, no que levou a que esta ou aquela forma de fazer aparecesse.

Questionar o que era feito, descartar opções, relembrar uma lição de um professor que quando lhe apresentei um método alternativo para resolver um problema, me disse: “ sim dessa maneira consegue reduzir o número de passos e tornar mais rápida a resolução, até chegar ao ponto em que tem que tomar uma decisão e verifica que não tem alternativas. Na verdade o seu método é a forma mais rápida de chegar à asneira. Mas gostei do esforço” .

Hoje em dia fico com a sensação que alguns dos meus pares, acham que lhes assiste a capacidade de modificar, “embelezar”, suprimir, substituir partes ou formas de desempenho ritual.

Acham apenas porque lhes parece, e acabam por ser como eu perante o meu professor, consegui um método que me fazia chegar mais rapidamente à asneira.

Estudar, eventualmente desconstruindo o que está à nossa frente, não quer necessariamente dizer que podemos construir novamente à nossa imagem e semelhança, deixando de fora umas peças e pondo outras em substituição ou acrescento.
Há que saber perceber as fontes e com essa percepção o reconstruir, primeiro tal qual estava, permite-nos o entendimento do porquê da concepção original.
Apenas e só esse conhecimento, resultante do nosso trabalho faz com que se aprenda o que outros antes nós fizeram e porque o fizeram.

Mais tarde poderemos eventualmente congeminar outras hipóteses, e tratar de validá-las. E se houver sucesso nesse processo, então juntar o que conseguimos criar ao conhecimento já existente é uma obrigação.

Uma boa forma de auto instrução é o conhecimento do ritual. Não o conhecimento maquinal do mesmo, sabendo-o de cor e salteado tipo recitação na escola, mas o conhecimento do que ele significa e pretende significar. O que nos diz, para quem está dirigido, como é que isso acontece.

Mas não chega! Há que vivenciar o ritual, executá-lo sentindo-o. E assim surgiu a ideia de uma nova forma de instrução transmitida.

Porque evidentemente que o conhecimento não pode ser uma coisa proprietária de alguns, apesar de haver quem assim pense e pretenda implementar a ditadura do conhecimento – só eu é que sei, não ensino a ninguém, e logo não podem passar sem mim – constituindo-se em homens providenciais.

E essa nova forma de instrução assenta no proporcionar a quem ainda não pode executar o ritual e assim vivencia-lo de forma mais plena. Assim foi criada a figura do “ Sombra” e que não é mais que pôr um aprendiz ou companheiro a mimetizar o que o Mestre de  Cerimónias  faz durante uma sessão.

A assim se conclui mais uma etapa na instrução em Maçonaria.


José Ruah

PS:  este pequeno texto sem nada de especial vai dedicado ao Rui Bandeira.

07 novembro 2011

Instrução em Maçonaria - II





Ao longo destes anos tenho vindo a constatar que em muitas Lojas há muita dificuldade em debater temas, em comentar pranchas, em usar da palavra.

Amiúde essa dificuldade advém de simples desconhecimento do Modus Faciendi, noutras de uma falsa noção que o uso da palavra se esgota no Venerável e que em condição alguma se deve discordar do seu discurso quase proverbial ou tampouco porque simplesmente não há tema.

A instrução começa nestes casos num patamar completamente diferente daquele que é normalmente considerado como o ponto de instrução. Na verdade muitos não se apercebem que é impossível um 2º Vigilante dar instrução, ou melhor que o resultado desse trabalho é quase inconsequente, quando a própria Loja é disfuncional. De que serve estar a dizer como se faz se depois os destinatários dessa informação constatam que não é nada daquilo que ocorre.

Mas centremo-nos apenas nos casos em que a dificuldade é o desconhecimento da forma. Nestes casos os membros integrantes da Loja não usam da palavra, porque não sabem como fazer, não que não saibam falar, não que não peçam e usem da palavra, mas apenas porque quando há um assunto há a dificuldade de falar sobre ele, a inibição de expor ideias, os problemas de emitir opinião, o medo horrífico de discordar.

Nas minhas inúmeras visitas fui podendo constatar isto e comparar com a Loja Mestre Affonso Domingues onde todos os Irmãos emitiam a respectiva opinião, não necessariamente concordante com a anterior , e no fim do debate era sempre possível encontrar plataformas, e sobretudo guardar e interiorizar ideias novas. Como creio que a minha Loja não é melhor que as demais, é tão só distinta isso sim, fui tentar perceber as diferenças. Experimentei apertar com algumas intervenções mais "fortes" na Affonso Domingues e no fim da sessão o resultado era o esperado, ou seja debate aberto franco, sem constrangimentos, sem problemas de que este Irmão é mais antigo ou sabe mais.

Finalmente percebi a razão. Estava, e sempre esteve, ali mesmo à minha frente. Era uma Loja maçónica, onde se valorizavam os valores da maçonaria evidentemente, mas também os valores das pessoas, mas sobretudo se valorizavam as ideias ainda mais que as pessoas que as emitiam. Era pois uma Loja Maçónica.

Assente neste pressuposto pude então começar a combater o desconhecimento. Bastava para tal mostrar que seria possível em sessão, debater ideias, sim tão somente isto. Mostrar que é possível discordar sem ser contra.

Mas chegar a uma Loja e dizer isto, pode ser interessante mas não resolve o problema. Era fundamental encontrar a forma de comunicar. E essa apareceu nos tais 45 minutos de que falei no texto anterior. E era simples, tão simples e singela que tinha que ter estado à minha frente longo tempo e eu não a percebi.

Propus o seguinte método: Intervindo como moderador, embora o poder de direcção dos trabalhos permanecesse na mão do Venerável da Loja, e logo a assumir a responsabilidade do que fosse dito pedi que a cada ideia que eu lançasse um Irmão tomasse a palavra para falar sobre o tema e que imediatamente outro o seguisse para contrapor ou acrescentar. Informando que se fosse para repetir eu cortaria a palavra. Tempo máximo por intervenção 2 minutos. Depois disso eu sumarizaria e lançava o debate sobre aquele tema para mais umas 2 ou 3 intervenções.

Repeti isto para 5 ou 6 temas diferentes e a cada vez o nível de intervenções foi melhorando. Aproveitando a cada um dos temas para dar algumas pistas sobre a gestão de uma Loja Maçónica.

No fim e pela análise dos comentários e do que os presentes disseram, percebi que o modelo tinha potencial. Voltei a experimentá-lo noutras lojas e o resultado foi similar.

Não tenho qualquer dúvida que o que fui fazer a estas Lojas foi uma sessão de instrução. O meu público alvo não eram os aprendizes, nem sequer os companheiros, mas sim os Mestres. Instruir quem tem que instruir.

Quero no entanto deixar aqui presente que não basta ler o que escrevi acima para se porem já a experimentar nas respectivas Lojas. O efeito de ser moderado por alguém de fora é fundamental para a primeira vez ( se isto fosse uma coisa americana teria que ter o seguinte aviso: Não tente sozinho em casa, peça sempre a ajuda de um profissional).

E por aqui ficamos por hoje.

José Ruah

01 novembro 2011

Instrução em Maçonaria - I




Uma das obrigações, ou seja mais que funções, de um Mestre Maçon é prover à instrução. Surge então aqui a questão sobre se todos os Mestres têm que ser instrutores e ainda uma segunda sobre quem são os destinatários dessa instrução.

Numa análise simplista, e que convém a muito boa gente, a instrução estaria acometida ao 2º Vigilante e teria apenas como destinatários os aprendizes sob a sua alçada.

Numa análise mais lata, haverá quem inclui aqui o 1º Vigilante e a sua coluna de companheiros.

Raramente, mas muito raramente se fala e mais raramente ainda se pratica instrução para Mestres, aquilo que no nosso mundo se chama Formação de Formadores, e que aqui por analogia se deveria chamar Instrução de Instrutores.

Fala-se há muito tempo do inicio de uma academia maçónica, .... eu já me apresentei como voluntário para ensinar.... mas ainda não tive resposta.

Na verdade nunca na minha vida dei uma aula, fui professor, nem sequer eduquei filhos, porque não os tenho, mas acho que aprendi bastante sobre maçonaria, e que é meu dever partilhar o que sei.

Decidi portanto criar eu próprio a minha escola. Não uma escola com bancos e quadro e giz e essas coisas  ( hoje é mais quadro electrónico, computador, projector....  mas desculpem eu ainda sou muito antigo ainda uso papel e caneta para muitas coisas )  mas escola no sentido de criar coisas novas e tentar que outros venham a seguir o que estou a por em prática.

Pode parecer imodesto pretender ser o percursor de uma forma de passagem de conhecimento, mas na verdade e a meu conhecimento aqui na GLLP até agora ninguém fez nada parecido com o que tenho vindo a fazer nos últimos meses.

Ao longo dos tempos fui ficando absolutamente convencido que a forma tradicional de instrução, embora de grande utilidade, era escassa e logo seria fundamental criar algo em complemento. Não foi de um dia para o outro que cheguei lá. 

Mas aqui há uns meses um Irmão abordou-me e disse :

- Oh Ruah, achas que podias ir lá à minha Loja e falar sobre.....
respondi:
- Claro que sim, se achas que é necessário eu faço isso com o maior prazer.

Mal acabara de aceitar o desafio e já estava com um problema enorme. Como fazer o que me era pedido, para que fosse bem aceite pela Loja a que se destinava e que no fim produzisse efeitos.

Tive a sorte de que a visita foi adiada, e que na tarde do dia  em que finalmente ocorreu ter tido que ficar, no meu âmbito profissional, à espera fechado numa sala de reuniões durante 45 minutos. Nesse tempo escrevi 4 paginas A4 ( a caneta ) com o alinhamento do que iria ser a sessão dessa noite.

O resultado foi muito acima do que esperava.

Interrompo aqui a minha prosa, porque na Maçonaria há sempre um "peixe maior e mais experiente" que nós e por isso aprendi com o Rui Bandeira que se fraccionarmos os textos, temos para mais semanas e os leitores chateiam-se menos.

Até para a semana

José Ruah

10 março 2009

Curso para formação de instrutores para o curso de Oficiais eleitos

A dinâmica Grande Secretaria de Cultura e Educação Maçônicas do Grande Oriente de São Paulo, Brasil, conjuntamente com a Grande Secretaria de Orientação Ritualística do mesmo Grande Oriente, quanto ao curso de formadores para Mestre de Cerimónias, vai levar a cabo no próximo sábado, dia 14 de março de 2009, entre as 10 e as 17,30 horas, na sede daquela Obediência, sita na Rua São Joaquim, 457 - Liberdade, um Curso para formação de instrutores para o curso de oficiais eleitos. Para frequentar este curso de formadores, é necessária inscrição prévia, através do endereço de correio eletrónico biblioteca@gosp.org.br ou do telefone de São Paulo 11.3346.7088, ramal (extensão) 150. O curso é gratuito, mas é solicitada a cada participante a doação de um quilo de alimento não perecível, para fins de beneficência.

Providenciando este Grande Oriente cursos de formação para os vários ofícios de Loja, tem necessidade de proceder a formação de formadores, de forma a manter uma estrutura apta à prossecução dos objetivos fixados. O Curso destina-se a Mestres Maçons ativos e regulares do Grande Oriente de São Paulo, preferencialmente que tenham exercido cargos em loja.

Os trabalhos tocarão um vasto leque de temas, relativos a diversos ofícios. Os ofícios tratados serão os de Venerável Mestre, 1o. e 2o. Vigilantes, Orador, Secretário, Tesoureiro e Mestre de Cerimónias (este em parceria com a Grande Secretaria de Orientação Ritualística).

Eis os temas que serão tratados, relativamente a cada ofício:

VENERÁVEL MESTRE E VIGILANTES

a. - Participação do Venerável Mestre nas documentações de iniciações, filiações e regularizações.

b. - Distribuição das sindicâncias.

c. - Importância e acompanhamento das comissões.

d. - Colações de graus: Responsabilidades e funcionamento.

e. - Prerrogativas do Mestre Instalado.

f. - Sessões e ordem dos trabalhos.

g. - Deveres do Venerável Mestre conforme RGF (Regulamento Geral Federal).

h. - Deveres dos Vigilantes conforme RGF.

i. - MOMENTO ADMINISTRATIVO.

j. - Candidatura/Componentes/Falta de Tempo.

l. - Planeamento.

m. - Tempo de Estudos.

n. - Leitura de Rituais.

o. - Atividades sociais, culturais e filantrópicas.

p. - Os cuidados com a ritualística.

ORADOR

a. - Deveres e direitos individuais dos maçons, conforme a Constituição.

b. - Deveres e direitos das lojas.

c. - Fusão e incorporação de lojas.

d. - Mudança de rito.

e. - Mudança de oriente.

f. - Competência do orador conforme RGF.

g. - Datas históricas.

h. - Oratória.

i. - Postura.

SECRETÁRIO

a. - Processamento de admissão.

b. - Função dos livros negro e amarelo.

c. - Sindicâncias.

d. - Estatutos.

e. - Regimento interno.

f. - Imposto de renda.

g. - Competência do Secretário conforme RGF.

h. - Importância das Correspondências e Arquivos.

i. - Arquivo digital.

j. - Internet.

l. - Importância da comunicação virtual.

CHANCELER

a. - Compromisso de frequência.

b. - Filiação e Regularização.

c. - Ingresso de maçons.

d. - Atividade antimaçónica.

e. - Competência do Chanceler conforme RGF.

f. - Identificação e qualificação dos irmãos do quadro.

g. - Controle de aniversários de irmãos, cunhadas, sobrinhos(as) e outras datas importantes para a Loja.

TESOUREIRO

a. - Compromisso de pagamento.

b. - Inadimplência.

c. - Competência do Tesoureiro conforme RGF.

d. - Escrituração contábil.

e. - Balancetes.

f. - Contactos com a Secretaria de Finanças do GOSP/GOB.

Rui Bandeira

25 fevereiro 2009

Curso para Aprendizes e Companheiros (2)

No dia 10, publiquei aqui o texto Curso para Aprendizes e Companheiros. Verifiquei depois que este texto serviu de fonte para um texto informativo idêntico publicado no blogue italiano Arco Reale Rito de York. A Internet é assim, possibilita que uma notícia corra mundo com grande celeridade.

Nas informações incluídas no mencionado texto, constaram apenas os temas dos primeiros módulos de Aprendiz e Companheiro - porque só relativamente a esses obtive informação. Entretanto, posso agora completá-la.

O segundo módulo de Aprendiz será dedicado ao tema Arcabouço legal da Maçonaria, Regulamento Geral Federal, Constituição e Landmarks. O segundo módulo de Companheiro tratará o tema Simbolismo do grau e compreensão do ritual. Estes módulos serão ministrados no dia 7 de março.

No dia 4 de abril, lecionar-se-ão os terceiros módulos de Aprendiz e de Companheiro, com os temas, respetivamente, Comentários e estudo do ritual e As sete ciências e as sete artes liberais.

Finalmente, no dia 9 de maio, os quartos e últimos módulos serão disponibilizados. O tema para os Aprendizes será Simbolismo e esoterismo do grau. Os Companheiros dedicar-se-ão também ao Esoterismo do grau.

Para mais informações, reler o texto acima mencionado ou consultar o blogue da Grande Secretaria de Cultura e Educação do Grande Oriente de São Paulo.

Rui Bandeira

10 fevereiro 2009

Curso para Aprendizes e Companheiros

O Grande Oriente de São Paulo (Brasil) inicia no próximo sábado, dia 14 de fevereiro, pelas 10 horas, um curso para Aprendizes e Companheiros, em quatro módulos.

O primeiro módulo de Aprendiz é dedicado ao tema Origens históricas da Maçonaria no Brasil e no mundo.

O primeiro módulo de Companheiro tratará dos temas Origem e história do grau e Particularidades do rito.

Embora o curso se destine diretamente a Aprendizes e Companheiros, a Grande Secretaria de Cultura e Educação Maçônicas do Grande Oriente de São Paulo, entidade organizadora, anuncia que o seu público alvo inclui, não só os maçons destes graus, mas também os Mestres. Que, acrescento eu, se devem sempre considerar eternos Aprendizes, se efetivamente aprenderam algo que valha a pena.

Serão emitidos e entregues certificados aos Irmãos que tiverem frequentado pelo menos 75 % do Curso, ou seja, pelo menos três dos quatro módulos.

O curso será dado no Palácio Maçónico do Grande Oriente de São Paulo, sito na Rua São Joaquim, n.º 457, Liberdade, São Paulo. (E que bem que soa que o Palácio Maçónico se situa na Liberdade...)

O curso é ministrado gratuitamente, mas é solicitada a doação de um quilo de alimentos não perecíveis - a que, obviamente, será dado o adequado uso solidário. (Excelente princípio!)

Para melhor organização das sessões, os interessados devem inscrever-se para a frequência do curso, seja através do endereço de correio eletrónico biblioteca@gosp.org.br, seja através do telefone da rede de
São Paulo, Brasil, 11-3346-7088, extensão (como se diz em Portugal) ou ramal (como se refere no Brasil) 150.

Rui Bandeira