tag:blogger.com,1999:blog-29267133.post7023321100198499044..comments2023-10-26T08:25:41.543+01:00Comments on A PARTIR PEDRA: MAÇONARIA E AMBIENTE: e=mc2Paulo M.http://www.blogger.com/profile/01670712489053994604noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-29267133.post-14998389713332276352008-01-04T10:29:00.000+00:002008-01-04T10:29:00.000+00:00Um dos grandes problemas das energias renováveis é...Um dos grandes problemas das energias renováveis é a possibilidade frequente de a sua baixa eficiência levar ao seu alto custo. Não nos esqueçamos de que, contrariamente à biomassa, os painéis são fabricados (não nascem nas árvores...). O seu fabrico consome matéria-prima e energia, e deixa resíduos no fim. Um simples painel de energia solar para aquecimento de água demora uns quantos anos a pagar-se a si mesmo - e, se não tivermos cuidado, a sua vida útil pode terminar antes que isso aconteça, traduzindo-se num prejuízo.<BR/><BR/>O nuclear vê a sua maior justificação no custo. Claro que, idealmente, todos comeríamos vegetais cultivados organicamente; contudo, os recursos disponíveis não chegam para alimentar todos dessa forma, sendo necessário que nos alimentemos com vegetais provenientes da agro-química. O bom é inimigo do óptimo... e por vezes tem que se fazer compromissos, sempre sem tirar os olhos do objectivo final.<BR/><BR/>Nos painéis foto-voltaicos (que geram energia eléctrica a partir de energia solar) conseguiu-se, fruto da investigação, um aumento para o triplo da eficiência nos últimos anos, o que quer dizer que se consegue gerar a mesma energia com um painel de 1/3 do tamanho - que, por sinal, tende a ser mais barato. A investigação é cara, e só o alto preço do petróleo pode justificar a procura de alternativas. Depois de justificada economicamente a opção, mais cedo ou mais tarde alguém surgirá com uma solução... Esperemos que mais cedo.<BR/><BR/>Um abraço,<BR/><BR/>Simple AureolePaulo M.https://www.blogger.com/profile/01670712489053994604noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29267133.post-57599085872121119892008-01-04T02:33:00.000+00:002008-01-04T02:33:00.000+00:00Boa, Simple, e pertinente. Só vi o comentário depo...Boa, Simple, e pertinente. Só vi o comentário depois do meu próprio post publicado, o que não altera nada, mas é um pormenor. Quanto à extensão... dificilmente poderia ser mais curto para conter o que contém. Pela minha parte já deixei aí algures no blog que nuclear... não obrigado, mas inteiramente de acordo com pesquiza, experiência, tentativa de mais e melhor energia, na convicção de que há muito para aproveitar do Sol, do Vento, das Marés, da Geotermia, das Hidricas,... <BR/>Há sempre uma maneira diferente e melhor de conseguir um resultado ! É essa a fórmula.J.Paiva Setúbalhttps://www.blogger.com/profile/02930414897262558973noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29267133.post-46454461022089529902008-01-03T23:35:00.000+00:002008-01-03T23:35:00.000+00:00O Rui, como nos tem habituado, começou bem e acabo...O Rui, como nos tem habituado, começou bem e acabou melhor. De facto, estamos em plena fase de transição de uma forma de energia (o petróleo) para outra (sabe-se lá qual...) e temos que ser cautelosos com o rumo que tomarmos. Pelo meio, contudo, o Rui vacilou um bocadinho - não é a sua área, e não tem obrigação de a dominar com precisão. Vou tentar, já que o Rui abordou o assunto - que, reconheça-se, não é nada simples - aclarar um ou outro ponto.<BR/><BR/>Como descobriu Lavoisier, <I>"nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"</I>. Contrariamente ao que parece empiricamente, na combustão não há transformação de matéria em energia; o que há é libertação de energia por se passar de matéria de um estado "mais energético" para um outro "menos energético". Mas o que é que isso quer dizer? Queimar algo é como que deixar cair um peso de uma certa altura; a queda do peso liberta energia (que pode ser usada para gerar movimento, por exemplo) mas o peso não se transforma em energia; continua a pesar e a ser feito precisamente do mesmo. Para voltar a colocar o peso na posição inicial temos que dispender energia - pelo menos tanta, mas normalmente mais, do que aquela que ganhámos ao deixá-lo cair.<BR/><BR/>Do mesmo modo, a lenha, o carvão ou o petróleo (mais energéticos) decompõem-se em cinza, em água e em CO2 (menos energéticos), e pelo caminho libertam a energia que consubstancia a diferença entre os dois estados. Se pegarmos numa semente, água, cinza e CO2 podemos reverter o processo, fazendo uma árvore outra vez - desde que forneçamos energia, concretamente energia solar. Essa energia permitirá elevar, de novo, o potencial energético. A matéria envolvida é, contudo, sempre a mesma; é sempre a mesma quantidade de oxigénio, carbono e hidrogénio; esses átomos não são criados nem destruídos, antes se recombinando sob a forma de substâncias diferentes. Podemos, por isso, dizer sem errar que a lenha, o carvão e o petróleo têm energia solar acumulada. Os combustíveis fósseis e a biomassa (lenha, carvão vegetal e afins) apenas "devolvem" a energia que as plantas que lhes deram origem receberam do Sol.<BR/><BR/>Já Einstein foi um pouco além de Lavoisier: descobriu que a matéria pode, de facto, ser destruída, e que essa destruição liberta uma enorme quantidade de energia (e daí vem a famosa equaçãozinha referida pelo Rui). É esse o princípio de funcionamento dos reactores nucleares: pega-se numa pequena quantidade de matéria instável e, nas condições propícias, parte desta transforma-se em energia; no processo, a matéria desaparece. É, de resto, esse o processo que se dá no interior do Sol, que é um enorme reactor nuclear. Curiosamente, até aqui Lavoisier tinha alguma razão: podemos, desde que disponhamos de uma colossal quantidade de energia, criar matéria a partir do nada - bom, do nada, não: a partir da energia que fornecemos. <BR/><BR/>Os combustíveis fósseis, o vento (fruto das diferenças causadas pelas diferenças de calor na Terra aquecida pelo Sol), as centrais hidro-eléctricas (baseadas no ciclo da água, de que faz parte a evaporação causada pelo calor do Sol), são formas indirectas de energia solar. O Sol é, incontornavelmente, a fonte de energia a que, de uma forma ou de outra, mais vezes recorremos. Já uma que nada parece ter que ver com o Sol é a proveniente de centrais nucleares. Na verdade não temos grande alternativa: ou usamos, directamente, a energia de uma central nuclear pequena e feita por nós - com o problema da escassez de recursos naturais e da poluição dos resíduos resultantes do processo - ou usamos, de forma mais ou menos indirecta, a energia que emana dessa enorme central nuclear que é o Sol. Há ainda a energia geo-térmica, mas é ainda pouco explorada. Quem sabe...<BR/><BR/>Seria desejável que a "nova fonte de energia" que substitua o petróleo fosse o menos poluente possível. Contudo, procurar o mais barato, através da "lei do menor esforço", sempre foi um grande motor de desenvolvimento, e poderá imedir que isso aconteça. O que irá, no fim, determinar a escolha será, estritamente, o factor económico. É possível que a próxima fonte seja, por exemplo, a energia nuclear. O petróleo é o mais usado porque, até agora, tem sido barato. Ao aumentar a escassez não diminuindo a procura, ensina a Economia que o preço sobe - o que tem acontecido. A partir de certo ponto, será mais barato produzir energia a partir de qualquer outra coisa; nesse ponto, a procura de petróleo declinará - como declinou a procura de locomotivas a carvão - mas não antes. Pretender que o mais barato seja o melhor e o menos poluente... bom... isso é já <I>wishful thinking</I>... pode ser que sim, mas pode ser que não. <BR/><BR/>Subscrevo o voto que faz o Rui: saibamos escolher bem. É que o tal "aquecimento global", longe de ser o fim da Terra, seria não obstante, e como bem o diz o Rui, o fim do mundo <B>tal como o conhecemos</B>. Ao mesmo tempo que levaria ao florescimento de uma infinidade de espécies que achariam o clima quente mais propício - como as nossas amigas melgas - levaria, eventualmente, à extinção (ou forte declínio) de muitas espécies - nomeadamente da nossa. E, com o devido respeito pelas melgas, prefiro que estas sucumbam e deixem a Terra para os nossos filhos.<BR/><BR/>Um abraço,<BR/><BR/>Simple Aureole<BR/><BR/>P.S.: Desculpem lá a extensão do comentário, mas não foi por falta de tentar encurtá-lo...Paulo M.https://www.blogger.com/profile/01670712489053994604noreply@blogger.com