17 outubro 2008

A ajuda

Dizem que uma imagem vale por mil palavras.

E um encadeado de imagens e de sons num filme, por quantas palavras vale?

Hoje não vos trago um texto como base de reflexão. Hoje trago-vos um filme.

A situação é a seguinte:

Uma menina de 13 anos ganhou um prémio e foi cantar o hino nacional dos Estados Unidos nu jogo da NBA, liga de basquetebol profissional daquele país. Vinte mil pessoas no pavilhão, ela afinadinha. Então o braço tremeu, ela engasga-se e esquece-se da letra...Una branca !!!


Treze anos. Sozinha, ali no meio... O público, estupefacto, ameaça uma vaia. De repente, Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, aparece ao seu lado e começa a cantar, incentivando-a a ela e ao público. E a menina recupera e reganha confiança e acaba de cantar o hino, com força e vigor. E o público, que esteve a ponto de vaiar, acompanhou e aplaudiu. Bonita cena! Mas só porque alguém soube intervir acertadamente na hora adequada! Só porque alguém foi solidário e agiu, em vez de ficar apenas a ver!


Note-se: só o técnico é que tomou a iniciativa de ajudar, enquanto os demais só observavam estupefactos...

Ele demonstrou o que é ser verdadeiramente líder. Mostrou como uma atitude de liderança e solidariedade, no momento exato, pode fazer a diferença para ajudar um ser humano e mudar a história do jogo da vida.

E, assim, para mim mostrou que também sabe intervir quando necessário para ajudar os seus jogadores a mudar o rumo de um jogo. Se eu fosse dirigente de um clube de basquetebol, este era o técnico que eu procuraria contratar para a minha equipa. Não basta saber de técnicas e de táticas. Saber ser líder, saber ser solidário, saber atuar na hora certa, no momento exato, são as qualidades que muitas vezes fazem a diferença.

Espero que os Portland Trail Blazers tenham ganho este jogo! Ganharam, pelo menos, mais um adepto!

E nós? Estamos no mundo para ajudar ou para vaiar? Para assistir passiva e placidamente à queda dos outros, ou para intervir e ajudar quem precisa de ajuda, no momento em que ela é necessária?

Pensem nisso enquanto veem o filme!



Rui Bandeira

2 comentários:

WAMozart disse...

Excelente. Parabéns ao Rui. Mais um texto de enorme significado e valor ético. Continua.

Paulo M. disse...

Esta história fez-me lembrar uma outra algo semelhante em que um americano autista estava também a cantar o hino quando lhe deu um ataque de riso nervoso. Desta vez ninguém se mexeu - até porque, por entre as risadas, ele ia conseguindo cantar - mas a multidão nas bancadas começou a cantar com ele!

São momentos poderosos em que nos apercebemos da nossa pequenez e da nossa fraqueza, e de quanto precisamos uns dos outros para ser felizes - e de que se é, frequentemente, mais feliz dando do que recebendo.

Obrigado, Rui.

Um abraço,
Simple