17 junho 2006

E Venha o SUBSIDIO

E Caiu uma trovoada um pouco fora de epoca, um granizo a destempo e pronto grita-se por Estado de calamidade ou melhor por SUBSIDIO.

Esta é a agricultura que temos.

Chove - Subsidio
Seca - Subsidio
Nem Chove nem Seca - Subsidio

Os agricultures, pessoas de indubitavel importancia e merecedoras do maior respeito, estão muito mal habituados.

Nunca precisaram de planear as suas actividades porque o Governo - Nós os cidadãos pagadores de impostos - dá um subsidio.

Imaginem dá um subsidio para o Seguro de Colheita, dá um para a colheita perdida, dá outro para o excesso de produção para compensar o preço baixo, dá e dá e dá.

E assim a agricultura portuguesa vai desaparecendo.

Mas nos outros países é assim ?

O Estado dá ?

Eu cá me parece que não, e por isso os agricultores são profissionais e especializam-se e conseguem rendimentos das terras.

Aqui o meu protesto , o seguro do carro e o de acidentes de trabalho são obrigatorios e o Estado não comparticipa. E se eu nao tiver seguro do carro pago uma multa ou coima ou lá o que é, apreende-me o carro e tenho que pagar do meu bolso eventuais estragos.

Na Agricola, não sendo obrigatorio, o Estado subvenciona e no fim ainda Subsidia.

Fiquei satisfeito por ouvir o Sr. Ministro dizer hoje que antes de dar subsidios teria que analisar cada caso, e que os senhores agricultores deveriam fazer o seguro de colheita que é comparticipado em 75 % pelo Estado.

Força Sr. MInistro ponha ordem nisto que uns pagarem para outros serem subsidiados é injusto.

Quanto aos senhores agricultores, repensem a forma de fazer as coisas, profissionalizem-se, ou entao larguem tudo.

Os subsidios que não seriam pagos se não houvesse agricultura dariam seguramente para importar tudo o que precisamos e ainda poupavamos algum que serviria para reduzir o deficit publico.

Bom fim de semana

JoséSR

1 comentário:

Rui Bandeira disse...

... e como dizia o outro, força José, avança, estou contigo...
Pois meu querido José, acho que tens razão !
Como sabes fui empresário durante uma "pipa" de anos, sem ter nada a ver com pescas, agricultura e quejandos.
E quando tinha lucro pagava impostos... E quando tinha prejuizo pagava impostos...
Quando em 1995 o País parou à espera das decisões de Sua Ex., que tinha os tabus engasgados, a minha empresa teve mais de 30 mil contos (na época era assim) de prejuizo, estive meses a receber raspas para poder pagar a quem de mim dependia e tentar não despedir ninguém, e se me safei foi à custa das reservas que entretanto havia feito, prudentemente. Do estado tudo o que consegui foram pagamento com 90, 120 ou o que calhava, dias de atraso. Alguns hospitais tinham facturas minhas por pagar mais de 24 meses!
Claro que a Agricultura merece o maior respeito, tal como a pesca, e a caça, e a pecuária, e... e... e...
Então e as outras actividades existem apenas para pagar ? Onde já se viram subsídios para os empresários dos serviços ? Então e os que ficam a arder com as falências, quantas vezes fraudolentas (senão legalmente, pelo menos efectivamente fraudolentas!) ?
Pois como diz o outro, avança José, estou contigo e com o Ministro.
Um abraço.